PRIMEIRO-MINISTRO DE MITTERRAND,o socialista Michel Rocard se destacou ao criar,em 1988, na contramão do neoliberalismo que se consolidava, um sistema de ajuda do governo aos indigentes franceses, o "revenu mínime d'insertion". É homem conhecido pela coragem de seus atos.Rocard fez o mais duro libero contra os responsáveis pela crise atual, aos quais acusa de terem cometido um crime contra a humanidade. "O que choca" - disse em entrevista ao Le Monde, publicada na semana passada - "é o silêncio da ciência. Os grande economistasse calam, os políticos só falam de finanaças. Eles não ousam chamar um gatao de gato. O fato é que enfiar dívidas podres no colo dos outros, como fizeram os bancos, é ROUBO". (o grife é meu).
De acordo com Rocard, devem ser invertidos os termos de equação: foi a desorganização da economia real - a partir de 1971, com a crise do dólar - que levou o predomínio do capital financeiro e a sua débâcle atual. Assim, Rocard atribui essa desorganização à decisão de Nixon de descolar o valor do dólar do peso do ouro. Ela revogou, e fato, os acordos de Bretton Woods. O comércio mundial, que se orientava pelas taxas fixas de câmbio (desde que lastreadas pelo ouro), passaram a trabalhar com o câmbio variável, logo, instável. Tudo se tornou, então, volátil, imprevisível. Era necessário ao sistema se proteger, com a invenção de expedientes os mais estranhos, a fim de regular o valor dos títulos com que os banqueiros trabalhavam.
Isso segundo Rocard, possibilitou o surgimento dos derivativos, da troca de papis sobre o futuro, sem a troca de produtos reais. A partir de então, a economia passou a ser mais abstrata.
Rocard concorda que é impossível recuar quase 40 anos e restabelecer o padrão ouro,mas é necessário inventar outra forma de regular o mercado. O ex-primeiro ministro discorda de que o liberalismo esteja no fim.
Não pode atribuir a ladroeira de agora aos homens como Am Smith, Malthus e David Ricardo, moralistas que tinham preocupaçao social de integrar a liberdade dos homens na organização da sociedade. Segundo sua análise, o que se encontra em agonia é o "criminoso" ultra-liberalismo de Milton Friedman e da Escola de Chicago, que venderam aos políticos a idéia de que o mercado ase auto-regula sem o controle do Estado.
É necessário, disse, duas coisas para resolver o problema: pragmatismo e regras firmes. Em sua opinião, a direita européia pode usá-la com êxito. Mas só a esquerda pode dar continuidade ao processo de reconstrução, mediante a redistribuição da renda. Rocard teme que a crise, atingindo os países do Norte, golpeie fortemente os povos do Sul. ao reduzir seu mercado externo. Por outro lado,o desemprego conduzirá ao medo da miséria e a mais intolerância para com os estrangeiros.
O que diz o político francês, socialista moderado, se aplica também a nós. Há um excessivo cuidado, tanto da imprensa, quanto nos meios políticos, em dar o nome aos gatos. Pelo contrário. Comentaristas conhecidos, que,segundo Nirlando Beirão, deveriam tirar férias longas,continuam ouvindo os mesmos personagens que antes cantavam loas ao mercado, e que agora, querem que o Estado assuma os micos e preserve os bancos e seus operadores. Os economistas tergiversam, e tentam esconder os gatos. A economia só é eficiente quando é política, ou seja, ética, uma vez que os dois vocábulos, sendpo autenticos, se equivalem. Ao contrário como ciência exata,
a economia perdeu - pela rasteira dialética - seu fundamento na realidade. Não há fraude mais clara do que a dos cálculos que fazem para prever o comportamento da economia e o valor futuro dos títulos de crédito.
Chega a comover o esforço dos arautos do mercado para transformar os gatos em animais de trabalho. E para justificar os crimes cometidos no passado recente, transformando-os em atos virtuosos. A partir da intervenção do Estado, nos países desenvilvidos, para injetar recursos na economia, chrgam alouvar o PROER e a ajuda do Banco Central ao banqueiro Cacciola. O burocrata Chico Lopes, já condenado pela Justiça por crimes capiltulados no Código Penal, é transforamdo em anjo protetor da estabilidade financeira, por personagens do governo passado.
As palavras não podem perder o seu significado. Assim como 'a rose is a rose, is a rose' como definiu Gertrude Stein, 'un chat c'est un chat,c'est un chat' : os perdulários fraudadores são falsário, os criminosos são criminosos."
MAURO SANTAYANA
De acordo com Rocard, devem ser invertidos os termos de equação: foi a desorganização da economia real - a partir de 1971, com a crise do dólar - que levou o predomínio do capital financeiro e a sua débâcle atual. Assim, Rocard atribui essa desorganização à decisão de Nixon de descolar o valor do dólar do peso do ouro. Ela revogou, e fato, os acordos de Bretton Woods. O comércio mundial, que se orientava pelas taxas fixas de câmbio (desde que lastreadas pelo ouro), passaram a trabalhar com o câmbio variável, logo, instável. Tudo se tornou, então, volátil, imprevisível. Era necessário ao sistema se proteger, com a invenção de expedientes os mais estranhos, a fim de regular o valor dos títulos com que os banqueiros trabalhavam.
Isso segundo Rocard, possibilitou o surgimento dos derivativos, da troca de papis sobre o futuro, sem a troca de produtos reais. A partir de então, a economia passou a ser mais abstrata.
Rocard concorda que é impossível recuar quase 40 anos e restabelecer o padrão ouro,mas é necessário inventar outra forma de regular o mercado. O ex-primeiro ministro discorda de que o liberalismo esteja no fim.
Não pode atribuir a ladroeira de agora aos homens como Am Smith, Malthus e David Ricardo, moralistas que tinham preocupaçao social de integrar a liberdade dos homens na organização da sociedade. Segundo sua análise, o que se encontra em agonia é o "criminoso" ultra-liberalismo de Milton Friedman e da Escola de Chicago, que venderam aos políticos a idéia de que o mercado ase auto-regula sem o controle do Estado.
É necessário, disse, duas coisas para resolver o problema: pragmatismo e regras firmes. Em sua opinião, a direita européia pode usá-la com êxito. Mas só a esquerda pode dar continuidade ao processo de reconstrução, mediante a redistribuição da renda. Rocard teme que a crise, atingindo os países do Norte, golpeie fortemente os povos do Sul. ao reduzir seu mercado externo. Por outro lado,o desemprego conduzirá ao medo da miséria e a mais intolerância para com os estrangeiros.
O que diz o político francês, socialista moderado, se aplica também a nós. Há um excessivo cuidado, tanto da imprensa, quanto nos meios políticos, em dar o nome aos gatos. Pelo contrário. Comentaristas conhecidos, que,segundo Nirlando Beirão, deveriam tirar férias longas,continuam ouvindo os mesmos personagens que antes cantavam loas ao mercado, e que agora, querem que o Estado assuma os micos e preserve os bancos e seus operadores. Os economistas tergiversam, e tentam esconder os gatos. A economia só é eficiente quando é política, ou seja, ética, uma vez que os dois vocábulos, sendpo autenticos, se equivalem. Ao contrário como ciência exata,
a economia perdeu - pela rasteira dialética - seu fundamento na realidade. Não há fraude mais clara do que a dos cálculos que fazem para prever o comportamento da economia e o valor futuro dos títulos de crédito.
Chega a comover o esforço dos arautos do mercado para transformar os gatos em animais de trabalho. E para justificar os crimes cometidos no passado recente, transformando-os em atos virtuosos. A partir da intervenção do Estado, nos países desenvilvidos, para injetar recursos na economia, chrgam alouvar o PROER e a ajuda do Banco Central ao banqueiro Cacciola. O burocrata Chico Lopes, já condenado pela Justiça por crimes capiltulados no Código Penal, é transforamdo em anjo protetor da estabilidade financeira, por personagens do governo passado.
As palavras não podem perder o seu significado. Assim como 'a rose is a rose, is a rose' como definiu Gertrude Stein, 'un chat c'est un chat,c'est un chat' : os perdulários fraudadores são falsário, os criminosos são criminosos."
MAURO SANTAYANA
Nenhum comentário:
Postar um comentário