domingo, 14 de dezembro de 2008

Pelo fim da militarização no Serviço Público


MUSPE - Dia 16 de dezembro Servidores Estaduais realizam a Ceia da Miséria na Cinelândia e convoca todos à participarem.

O Movimento Unificados dos Servidores Públicos Estaduais (MUSPE) realiza no dia 16 de dezembro (terça-feira) a Ceia da Miséria, um protesto contra os baixos salários dos servidores do estado. O evento, que tem o apoio e participação de categorias de servidores das diversas áreas do Serviço Público Estadual como Educação, Saúde, Segurança e os Adminisrativos, e Ocorrerá na Cinelândia, às 12h. Será servido um sopão aos populares no local, com o onjetivo de denunciar à população a situação do servidor.

Região de Chico Mendes ainda é ameaçada pela devastação

Em 22 de dezembro de 1988, um tiro disparado no meio da floresta amazônica ecoou no mundo. Chovia no começo da noite em Xapuri, no interior do Acre, quando o líder seringueiro Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, foi assassinado pelo fazendeiro Darci Alves Pereira, a mando do pai Darly Alves da Silva. A eliminação tinha como objetivo tirar do caminho dos pecuaristas o principal empecilho às derrubadas de árvores seculares da floresta para que a área fosse transformada em pasto para o gado. O crime mudou a visão do país e do mundo em relação ao meio ambiente, chamou a atenção para os conflitos fundiários e revelou a violência contra trabalhadores rurais.
No entanto, a bala que matou Chico não parou a ação das motosserras, que hoje transformam em um grande pasto o seringal onde ele nasceu e pelo qual foi assassinado. No local, seringueiros que antes acordavam de madrugada para coletar o látex, hoje fazem o mesmo para tanger o gado.
Depois da morte do líder seringueiro, o governo despertou para a questão ambiental. Mas não conseguiu diminuir o ritmo da devastação e da transformação das florestas de seringueiras em pasto. Nos últimos 20 anos, as queimadas e derrubadas destruíram 370 mil km² de florestas primárias (leia na página 17). Uma das áreas atingidas foi o seringal Cachoeira, onde nasceu Chico Mendes e que depois de sua morte foi transformado em uma reserva extrativista que leva o nome dele. Dos 970 mil hectares na zona rural dos municípios de Xapuri, Brasiléia, Rio Branco, Sena Madureira e Capixaba, 5% já foram derrubados. A castanheira e a seringueira, que antes garantiam o sustento dos povos da floresta, aos poucos deram lugar a 10 mil cabeças de gado, o dobro do permitido pela lei ambiental. É tudo o que Chico Mendes não queria.
“Se eu disser que todos os ideais de Chico Mendes foram realizados, não estarei dizendo a verdade. Há muito a ser feito, como na reserva que foi criada. O governo não deu condições para seus moradores, que estão transformando suas colocações em pastos”, afirma a viúva do líder seringueiro, Ilzamar Gadelha Mendes. Ela também preside a fundação que leva o nome do marido. Segundo ela, por falta de alternativas, os seringueiros estão trocando as atividades extrativistas pela criação de gado. “O pessoal cria boi para viver. Tem que ter mais investimentos na área”, acrescenta aviúva.
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Assembléia aprecia emendas

A Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Controle da Assembléia Legislativa do Rio reúne-se na segunda-feira para analisar e votar o parecer do presidente da comissão, deputado Edson Albertassi (PMDB), sobre as 6.836 emendas apresentadas pelos deputados ao orçamento do Estado para 2009 (projeto de lei 1.787/08, do Poder Executivo).
As emendas foram publicadas no Diário Oficial do Poder Legislativo que circulou ontem. Elas são divididas entre as de prioridade, que não trazem valores, e as de despesa, que têm a garantia do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) de que serão cumpridas até o teto de R$ 1 milhão.
"Conseguimos, mais uma vez, que o Governo assumisse compromisso com as emendas de R$ 1 milhão, que vêm sendo cumpridas. Elas asseguram aos parlamentares condições reais de auxílio a seus municípios de origem e o desenvolvimento de áreas prioritárias, como Saúde e Educação", defende Edson Albertassi.
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Polícia prende seis empresários por sonegação fiscal

RIO - Policiais da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD) prenderam na manhã desta sexta-feira seis empresários acusados de sonegação fiscal e adulteração de combustíveis. A operação comandada pelo delegado Eduardo Freitas.cumpre nove mandados de busca e apreensão em vários bairros dos municípios do Rio e de Caxias, na Baixada.
Os presos foram levados para delegacia de Serviços Delegados, em São Cristóvão, Zona norte. De acordo com o delegado Eduardo Freitas, os mandados serão cumpridos em endereços nobres, como condomínios de luxo na Barra da Tijuca.

Venezuela e Cuba reafirmam laços em visita de Raúl Castro

CARACAS - Venezuela e Cuba reafirmaram no sábado sua estreita aliança ideológica e comercial com a visita do presidente cubano, Raúl Castro, que escolheu Caracas para realizar sua primeira viagem ao exterior desde que assumiu o poder na ilha caribenha.
De terno cinza e óculos escuros, Castro foi recebido com as devidas honras de chefe de Estado pelo presidente Hugo Chávez, para posteriormente se reunirem e discutir novos acordos bilaterais entre a ilha e seu principal sócio comercial.
O visitante elogiou os mecanismos de integração alcançados nos últimos anos entre as duas nações e agradeceu a Chávez sua solidariedade com a revolução cubana, que disse ter permitido superar os anos difíceis do embargo dos Estados Unidos.
- Ele se deve não somente à nossa unidade e espírito de resistência, mas também ao decisivo apoio recebido da Venezuela bolivariana - disse durante um ato protocolar.
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A Arrogância Colonialista

O presidente Hugo Chávez é descuidado e franco no que fala. Usa, em sua retórica antiimperialista, metáforas quase divertidas, como chamar Bush de diabo. Mas não exagerou ao qualificar o ex-primeiro-ministro espanhol José Maria Aznar de fascista. Aznar, produto típico da Opus Dei, que se reorganiza com novo alento na Espanha, sempre tratou a América Latina com desdém. Em 2002, em Madri, atreveu-se a dar ordens ao presidente Eduardo Duhalde, da Argentina, para que aceitasse e cumprisse as exigências do FMI. Reincidiu na grosseria, ao telefonar a Buenos Aires, logo depois, como um dono de fazenda telefona para seu capataz, a fim de determinar-lhe a assinatura imediata do acordo com o órgão.
Conforme disse o próprio ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Angel Moratinos, Aznar deu ordens ao embaixador da Espanha em Caracas para que apoiasse o golpe contra Chávez em 2002. Com o presidente eleito preso pelos golpistas, o embaixador foi o primeiro a cumprimentar o empresário Pedro Carmona, que, também com o entusiasmado aplauso do representante dos Estados Unidos, tomava posse do governo, para ser desalojado do Palácio de Miraflores horas depois.
Não se pode pedir a Chávez que trate bem o ex-primeiro ministro espanhol, embora talvez lhe tivesse sido melhor ignorá-lo no encontro de Santiago. Mas, como comentou, na edição de ontem de El País, o jornalista Peru Egurdide, há um crescente mal-estar na América Latina com a presença econômica espanhola, identificada como “segunda conquista”. A Espanha opera hoje serviços como os bancários, de água, energia, telefonia e estradas, que não satisfazem os usuários. Ainda na noite de sexta-feira, em reunião fechada, Lula e Bachelet trataram do assunto com Zapatero, de forma veemente - longe dos jornalistas.
Mas se Chávez, mestiço venezuelano, homem do povo, fugiu à linguagem diplomática, o rei Juan Carlos foi imperial e grosseiro, ao dizer-lhe que se calasse. O rei, criado por Franco, tem deixado a majestade de lado para intervir cada vez mais na política espanhola - conforme o El País critica em seu editorial de ontem. Em razão disso, as reivindicações federalistas dos povos espanhóis (sobretudo dos catalães e dos bascos) se exacerbam e indicam uma tendência para a forma republicana de governo. Pequenos episódios revelam o conflito latente entre os espanhóis e seu rei. Já em 1981, quando do frustrado golpe contra o Parlamento Espanhol, o comportamento de sua majestade deixou dúvidas. Ele levou algumas horas antes de se definir pela legalidade democrática. Para muitos, o golpe chefiado por Millan del Bosch pretendia que todos os poderes fossem conferidos a Juan Carlos, em um franquismo coroado.
Os dirigentes latino-americanos tentarão, diplomaticamente, amenizar a repercussão do estrago, mas o “cala a boca” de Juan Carlos doeu em todos os homens honrados do continente. O rei atuou com intolerável arrogância, como se fossem os tempos de Carlos V ou Filipe II. A linguagem de Zapatero foi de outra natureza: pediu a Chávez que moderasse a linguagem. Como súdito em um regime monárquico, não pôde exigir de Juan Carlos o mesmo comportamento - o que seria lógico no incidente.
Durante os últimos anos de Franco, a oposição republicana espanhola se referia ao príncipe com certo desdém, considerando-o pouco inteligente. Na realidade, ele nada tinha de bobo, mas, sim, de astuto, vencendo outros pretendentes ao trono e assumindo a chefia do Estado. Agora, no entanto, merece que a América Latina lhe devolva, e com razão, a ofensa: é melhor que se cale. (Transcrito do Jornal do Brasil de 12/11/2007)

Livro debate o "mito do colapso do poder americano"

Os professores José Luís Fiori, Carlos Medeiros e Franklin Serrano (foto), do Núcleo de Estudos Internacionais do Instituto de Economia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lançam livro defendendo que a crise atual não significa o fim do poder dos EUA ou do capitalismo. Lançamento ocorre nesta quinta, na Livraria Argumento, no Rio de Janeiro.
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Tomada de fábrica por operários vira luta nacional nos EUA

A tomada de uma fábrica por seus trabalhadores demitidos em Chicago se converteu em um símbolo nacional de que o resgate do setor financeiro por Washington não se traduziu em um apoio para as maiorias. Desde o presidente eleito Barack Obama e parlamentares federais e locais até o governador de Illinois já expressaram apoio às demandas dos operários.
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Pará se prepara para receber Fórum Social Mundial


A pouco mais de um mês do início da próxima edição do Fórum Social Mundial, prioridades do governo estadual são o estabelecimento de uma agenda comum com os movimentos sociais e a adequação logística de Belém para receber cerca de 100 mil pessoas. Evento ocorrerá de 27 de janeiro a 1° de fevereiro de 2009.
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Futuro secretário municipal de transportes presidiu licitações vencidas por empresa investigada pela Prefeitura do Rio

RIO - Futuro secretário municipal de Transportes, o engenheiro Alexandre Sansão Fontes presidiu duas comissões de licitação e participou de outras duas vencidas pela Perkons S.A. - empresa que fez acender o sinal amarelo na transição de governo devido aos R$ 20 milhões acrescentados a um contrato de R$ 13 milhões para operação de 36 radares no Rio.
A Controladoria-Geral do Município abriu uma auditoria que poderá resultar numa sindicância ou num inquérito administrativo. Segundo o presidente da CET-Rio, Marcos Paes, o contrato foi alterado por orientação de Alexandre Sansão. A comissão de licitação que definiu o vencedor da concorrência 003/2005 foi presidida pelo próprio Sansão. Pelo contrato de fornecimento e operação dos radares, a Perkons receberá R$ 77,74 por multa aplicada.
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Cabo absolvido da morte de João Roberto pertenceria à milícia Liga da Justiça


RIO - O cabo PM William de Paula, absolvido pela Justiça na última quarta-feira pelo assassinato do menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, foi indiciado no relatório final da CPI das Milícias da Assembléia Legislativa (Alerj). Além de William, outras 225 pessoas foram incluídas no relatório.
William foi citado por testemunhas ouvidas pela CPI. De acordo com os depoimentos, o cabo pertenceria à milícia "Liga da Justiça", que atua na Zona Oeste do Rio, principalmente em Campo Grande. Segundo testemunhas, o policial não teria papel de destaque no organograma do grupo.
- Há provas contra todos os 226 indiciados no relatório da CPI, inclusive contra o William. Nem ele, nem todos os outros policiais citados podem continuar trabalhando a serviço do Estado - disse o deputado Marcelo Freixo (PSOL), que presidiu a CPI.
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