terça-feira, 21 de outubro de 2008

Argentina vai estatizar sistema de previdência

Em meio à crise financeira nos mercados internacionais, o governo da presidente argentina, Cristina Kirchner, deve anunciar hoje a eliminação do sistema de aposentadoria privado (as chamadas AFJPs), que, segundo informações divulgadas pela imprensa local, tem cerca de 70% de seus ativos financeiros investidos em bônus e ações. O sistema foi criado em 1994, durante o governo de Carlos Menem.
A medida seria confirmada hoje pela presidente argentina e pelo diretor da Administração Nacional de Segurança Social (Anses, o INSS argentino), Amado Boudou. Ele teria terminado ontem de definir o texto do projeto de lei que será enviado ao Congresso em reunião com o chefe de Gabinete argentino, Sergio Massa.
De acordo com estimativas de analistas argentinos, as turbulências nos mercados inter$provocaram perdas de até 40% às AFJPs do país, que atualmente tem cerca de cinco milhões de filiados, bem acima dos 3,5 milhões de trabalhadores que optaram pelo sistema estatal.
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A crise financeira e a aceleração da desigualdade

"Ao mesmo tempo em que o emprego mundial cresceu 30% entre o início dos anos 1990 e 2007, ampliou-se o fosso entre os menores e os maiores ingressos familiares. Mais inquietante é que, comparado a outros períodos de expansão econômica, os assalariados têm recebido uma parcela cada vez menor dos frutos do crescimento, como se pode verificar na queda da participação do salário na renda nacional na maioria dos países abrangidos pelo estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O Brasil não foge à regra. Embora o País tenha registrado uma redução da desigualdade desde os anos 1990 e a desigualdade tenha diminuído ainda mais no governo Lula, os trabalhadores não têm sido beneficiados com o forte aumento da produtividade registrado no período – e a OIT destaca que a elevação dos salários no Brasil chegou a ser negativa entre 1990 e 2005 em relação ao crescimento consistente da produtividade. É dizer que os ganhos de produtividade gerados pela expansão econômica dos últimos anos não têm sido transferidos para os salários. Da mesma forma, o crescimento do emprego foi acompanhado de uma redistribuição de renda em detrimento do trabalho. Como resultado, a participação dos salários no Produto Interno Bruto declinou de 45% em 1990 para 39% em 2005. Em outras palavras, quanto mais cresce a economia e o emprego, menor é a participação dos trabalhadores no usufruto desse crescimento – e a tendência, segundo a OIT, é piorar."
O trecho acima faz parte do artigo semanal de Rui Falcão, deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores. Foi deputado federal, presidente do PT e secretário de governo na gestão Marta Suplicy.

Governo eleva proposta para policiais após confronto em SP

Civis receberão 6,5% em 2009 e mais 6,5% em 2010; Estado também cria aposentadoria especial
O governo de São Paulo decidiu ampliar sua proposta de reajuste salarial e as vantagens para as polícias Civil e Militar na esperança de acabar com a greve da Polícia Civil, que já dura 36 dias. Os projetos serão enviados imediatamente à Assembléia Legislativa, apesar de a paralisação continuar. Dirigentes de classe da Polícia Civil consultados pelo Estado consideraram que a nova proposta do governo pode levar ao fim da greve. A decisão foi tomada após o confronto entre as duas polícias, na quinta-feira, 16, próximo ao Palácio dos Bandeirantes.
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Assistencialismo e máquina impulsionam Gabeira e Paes no Rio

Embora se apresentem como renovação, Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV), candidatos a prefeito do Rio, têm em suas bases de apoio velhas práticas: uso da máquina pública e assistencialismo, informa nesta terça-feira reportagem de Italo Nogueira, publicada pela Folha.
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u458442.shtml
Sem alternativa
O assassinato de mais um diretor de presídio no Rio revela o extraordinário poder do crime organizado. Diretor que não se enquadra é trucidado - e ponto final. A situação demonstra a falência da sociedade civil diante dos chefões do tráfico. Não adianta colete, carro blindado e escolta, porque há também o problema da segurança das famílias dos diretores de presídio. Os criminosos sempre acabam controlando as prisões. Portanto, só resta transferir para as Forças Armadas o controle das penitenciárias.
Maconheiros
Sem saber, o candidato Eduardo Paes repetiu a mesma bobagem de Fernando Henrique Cardoso em campanha eleitoral, ao admitir ter experimentado maconha. A única diferença é que FHC disse: "Fumei, mas não traguei", repetindo a famosa frase de Bill Clinton, enquanto Paes foi mais longe: "Traguei, mas não gostei". Gabeira disse que gostava, mas parou. Como em matéria de eleição qualquer tolice pode influenciar nossos eleitores, aguardemos.
Tribuna da Imprensa - 20/10/2008.

O Céu está mais iluminado


O mundo do samba perde um de seus maiores representantes. Morreu, ontem, aos 59 anos, de câncer no intestino, Luiz Carlos da Vila. Um compositor de mão cheia, um intérprete animado e convincente, uma pessoa que amava a vida como poucos. Um agregador, um amigo para todas as horas, um homem afetuoso e humilde diante do talento que expressava em suas músicas. Um ser iluminado. www.luizcarlosdavila.com.br/
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Médicos não recebem salários há dois meses

A Secretaria Municipal de Saúde admitiu nesta segunda-feira que está havendo problemas no repasse de recursos às cooperativas que prestam serviços aos hospitais administrados pela prefeitura. Segundo o Conselho Regional de Medicina (CREMERJ), os médicos ligados às entidades estão sem receber há pelo menos dois meses.
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http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/10/20/medicos_nao_recebem_salario_ha_dois_meses-586041624.asp

Policiais civis de São Paulo agendam duas novas manifestações

SÃO PAULO - Os policiais civis de São Paulo, em greve há mais de um mês, anunciaram hoje duas novas manifestações para cobrar do governo um reajuste salarial para a categoria. A primeira delas está marcada para a próxima quinta-feira, às 13h, na Assembléia Legislativa.
No dia 30 de setembro, os policiais civis já haviam feito uma manifestação na plenária da Assembléia Legislativa pedindo que alguns deputados estaduais intercedessem nas negociações com o governo paulista.
A segunda manifestação foi marcada para o dia 29, às 14h, na Praça da Sé. No mesmo dia e hora, policiais civis de todo o país devem fazer uma paralisação de duas horas como forma de demonstrar apoio aos policiais paulistas.
A categoria pede reajuste de 15% este ano, retroativo a 1º de março (data-base da categoria), mais 12% em 2009 e outros 12% em 2010. Também cobra a incorporação do adicional de local de exercício ao salário, aposentadoria especial e reestruturação da carreira. O governo ofereceu uma proposta de reajuste de 6,2%, que não foi aceita pelos policiais civis.
Na semana passada, a intenção dos policiais civis de ir até ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para forçar a retomada de negociações com o governo, terminou em confronto com policiais militares. Pelo menos 23 pessoas ficaram feridas no confronto.
JB Online - 20/10/2008.

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Milicianos na mira da Alerj

Rio - O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias, deputado Marcelo Freixo (PSOL), informou ontem que já está, junto com a Secretaria de Segurança, elaborando a lista de políticos do Estado que podem ter sido eleitos com o apoio de milícias, como antecipou ontem a coluna Informe do Dia. Além de políticos do município, são investigados vereadores da Baixada Fluminense, em especial de Duque de Caxias e Nova Iguaçu.
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Minas Gerais: servidores públicos da Saúde realizam paralisação vitoriosa.

Diante do descaso do Governo do Estado de Minas Gerais (governador Aécio Neves, PSDB-MG) em negociar uma política de recursos humanos séria e responsável para os trabalhadores do setor público de Saúde, os médicos e servidores cedidos ao município de Juiz de Fora realizaram sua segunda paralisação. A segunda foi muito mais eficiente do que a primeira.
NOVA ASSEMBLÉIA SERÁ DIA 23 DE OUTUBRO.
A paralisação dos servidores públicos estaduais da saúde cedidos ao município alcançou grande êxito. É a segunda paralisação dos servidores públicos estaduais municipalizados em menos de um mês. O protesto é contra itens da política de recursos humanos do Governo do Estado para a área. A discriminação quanto ao pagamento de produtividade, a sonegação do adicional de insalubridade e do reposicionamento por tempo de serviço na tabela remuneratória, a defasagem brutal dos salários.
Há ainda queixas de assédio moral praticado em várias Prefeituras contra os funcionários cedidos (municipalizados).
Em Juiz de Fora várias unidades paralisaram suas atividades parcialmente. PAM Marechal, PAM Andradas, DCE Rua Espírito Santo, Centros de Especialidades Odontológicas e Regionais Norte e Leste. A adesão foi significativa. Houve uma adesão maior do que na primeira paralisação. Prova do amadurecimento dos servidores públicos estaduais da Saúde cedidos à Prefeitura (municipalizados) e de sua disposição para prosseguir na luta.
O movimento teve ampla repercussão na mídia local e na opinião pública, na comunidade médica e entre os usuários de serviços de saúde. Houve esclarecimento aos usuários dos serviços públicos de saúde sobre a forma como o Governo de Aécio Neves tem tratado os trabalhadores do setor público de saúde de Minas Gerais.
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Porto Alegre: protesto contra privatização da saúde.

Há os que, desconhecendo fatos históricos das instituições de saúde no Brasil, acreditam que privatização e precarização de mão-de-obra constituem uma proposta válida de gestão em Saúde. A idéia merece reprovação de todo movimento sindical. O problema da gestão do sistema público da saúde é evidente. O seu principal gargalo é a gestão de pessoas e políticas de recursos humanos. E alguns acham que privatização e precarização são a saída para isso. Entre os simpatizantes do neoliberalismo sanitário estão os que querem privatizar o Hospital Conceição, em Porto Alegre. Encontram guarita no Governo tucano do Rio Grande do Sul.
Já houve manifestações em várias grandes cidades brasileiras contra as fundações públicas de direito privado. Agora foi a vez de Porto Alegre. O Sindicato dos Médicos e outras entidades sindicais e associativas ligadas à Saúde realizaram um ato de protesto em Porto Alegre.
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