segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Eleições nos EUA. As propostas de Michael Moore para Barack Obama*

Dez decretos presidenciais para os primeiros 10 dias na Casa Branca
Vitorioso Obama, Michael Moore (1) tem algumas propostas a fazer. A primeira é que no dia 20 de janeiro de 2009, ele proponha "uma exemplar procissão de detidos que saia da ala oeste da Casa Branca, uma fila de homens - e também uma mulher - algemados e encadeados entre si que abandonem o edifício conduzidos por agentes do FBI". "Os senhores Bush, Cheney, Rumsfeld, Rove, Wolfowitz, Abrams e outros - e a senhora Rice - não podem simplesmente ir embora. Falta demasiado dinheiro, foram destruídas demasiadas famílias e correu demasiado sangue pelas suas mãos". Não podem simplesmente ter um processo político. Devem ser submetidos eles e seus crimes à ação da Justiça.
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http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?idioma=PT&cod=35881

Mendes prefere silêncio à polêmica sobre anistia

BRASÍLIA - Depois de ter dito que o terrorismo "também" é um crime imprescritível aumentando a polêmica em torno da anistia, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, optou ontem pelo silêncio, mesmo diante das declarações do ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, de que ele deveria evitar ser simpático à ditadura. A opção pelo silêncio tem o objetivo de não aumentar a polêmica sobre um assunto que será julgado, em breve, pelo plenário do STF.
As declarações de Mendes de que o terrorismo também é um crime que não prescreve foram interpretadas por assessores do Planalto como uma resposta à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roousseff, que militou em um grupo contrário ao regime militar. A ministra tinha dito que crime de tortura não deveria prescrever.
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Lula defende revisão do Consenso de Washington

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira a criação de um novo Consenso de Washington para resolver a crise financeira mundial.
"Esta crise é uma oportunidade extraordinária para fazermos uma reflexão sobre tudo o que fizemos de errado a partir do Consenso de Washington e criarmos um novo consenso em que o ser humano, o trabalhador e a produção agrícola e industrial sejam a razão de ser da economia, e não a especulação financeira", disse Lula em um pronunciamento à imprensa durante sua viagem de Estado de quatro dias à Itália.
O Consenso de Washington foi um termo cunhado pelo economista John Williamson, em 1989, que elaborou políticas neoliberais que foram aplicadas pelos Estados Unidos para lidar com os países da América Latina, em crise naquela época.
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COOPERATIVAS E HOSPITAIS CONTRA DIREITOS TRABALHISTAS DOS MÉDICOS

COOPERATIVAS E HOSPITAIS QUEREM ABOLIR DIREITOS TRABALHISTAS.
COOPERATIVAS DE TRABALHO E DONOS DE HOSPITAIS QUEREM FLEXIBILIZAR DIREITOS DO TRABALHADORES E TIRAR AO MÉDICO O DIREITO DA CARTEIRA ASSINADA. PROJETO DO TUCANO MINEIRO JOSÉ RAFAEL GUERRA ATACA OS DIREITOS DE OUTRAS CATEGORIAS NA ÁREA DA SAÚDE.
A crise econômica americana foi a queda do muro de Berlim do neoliberalismo. Mas algumas idéias neoliberais, sobreviventes da era FHC, persistem em insistir. Uma delas é a flexibilização dos direitos do trabalhador, tão duramente conquistados.
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Participação do sindicalismo nas eleições norte-americanas.

Nos Estados Unidos existe uma preferência tradicional das principais organizações sindicais pelos candidatosdo Partido Democrata. Isso se confirmou na atual e comentada eleição de Barack Hussein Obama.
“Os líderes sindicalistas estão orgulhosos de terem desempenhado o papel principal na formação da opinião pública em relação ao modo como Obama vê a economia - que o julgou mais qualificado que McCain para tratar a crise financeira que atropela o país.”
A principal central sindical dos Estados Unidos, a ”AFL-CIO teve 250 mil voluntários e 4 mil trabalhadores pagos, que trabalharam em 20 estados decisivos na corrida presidencial, na corrida para o senado e para a câmara de representantes. em alguns estados, como Minnesota, Oregon e New Hampshire, os sindicatos se envolveram em campanhas para o senado e para a presidência. Em New Hampshire eles também trabalharam pró-Obama.”
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Paes anuncia ex-ministro de FHC

Rio - O ex-ministro do Trabalho e Emprego, Paulo Jobim Filho será o secretário municipal de Administração. O nome dele foi anunciado nesta segunda-feira, pelo prefeito eleito Eduardo Paes, na Fundação Getúlio Vargas, onde foi instalado o gabinete de transição. Jobim assume com o compromisso de modernizar a máquina pública, com a valorização do servidor e do cidadão. - A Prefeitura tem um serviço público de enorme qualidade. O futuro secretário Paulo Jobim vai respeitar os direitos e garantias do servidor e fazer as mudanças que nós entendemos como fundamentais na maneira de gerir a máquina pública, introduzir novos métodos, novos conceitos e novos elementos que possam permitir que a máquina pública funcione melhor, com mais eficiência para atender ao cidadão – disse Eduardo Paes.
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Torturadores de 'terroristas'

A polêmica esquenta. É sempre assim quando um assunto não é resolvido. De um lado, o ministro José Antonio Toffoli, da Advocacia Geral da União, o ministro Nelson Jobim, o presidente do STF, Gilmar Mendes. De outro, os ministros Tarso Genro, Paulo Vannuchi e Dilma Roussef.
Os primeiros defendem que se coloque uma pedra sobre o passado: a Lei da Anistia teria perdoado torturadores e “terroristas”. “Temos que olhar para frente e não pelo espelho retrovisor”, dizem.
Os outros discordam: “tortura não é crime político”, falou o presidente da OAB, Cezar Britto em apoio. Não era há quarenta anos, não é nos dias de hoje: os jornais noticiam um triste exemplo ocorrido dia 5 de novembro de 2008: um rapaz de 16 anos foi flagrado fumando maconha numa área militar no Rio de Janeiro. Foi espancado, levou choques elétricos e queimado com ácido por cinco militares.
Também nos dias de hoje, aqui ao lado, no país que tem Maradona como técnico da sua seleção de futebol, a Justiça acaba de condenar dois ex-brigadeiros, os dois com 82 anos de idade, a 25 anos de prisão e um ex-coronel, de 80 anos, à prisão perpétua. Os três dirigiram durante os anos da ditadura militar argentina um centro de detenção ilegal, onde foram presos, torturados e mortos dezenas de homens e mulheres que eles consideravam terroristas.
Enquanto isso, os brasileiros que cometeram iguais delitos por aqui durante a ditadura, nos porões da delegacia da Rua Tutóia ou nos sítios e chácaras cedidos por empresários, circulam livres pelas ruas. Nenhum, absolutamente nenhum, recebeu qualquer tipo de punição. Alguns já morreram de velhice.
Já os “terroristas”, atenção às aspas, aos quais militares argentinos e brasileiros se referiam, compunham uma categoria um tanto quanto ampla. Naqueles tempos, eram assim caracterizados os militantes de organizações de esquerda que decidiram pegar em armas para enfrentar os governos tiranos e ilegítimos que tomaram o poder mediante o uso das armas. Mas não só eles. Ganhavam o rótulo também os militantes de partidos e organizações de esquerda que não usavam das armas para enfrentar o regime. Mas não só eles. Também eram considerados “terroristas” muitos sindicalistas que jamais atuariam em qualquer grupo partidário. Mas não só eles. Também foram considerados “terroristas” muitos parentes e amigos de sindicalistas e militantes de organizações de esquerda. Enfim, para simplificar, “terrorista” era quem tinha a coragem de se opor aos regimes mais totalitários das histórias dos dois países.
Na terra de Maradona, os “terroristas”, vamos dizer assim, genuínos, aqueles que pegaram em armas – a meu ver equivocadamente - para enfrentar o governo que pegava em armas para enfrentar o seu povo foram presos, torturados, mortos, exilados ou perseguidos. Praticamente sem exceções.
Na terra de Dunga, os “terroristas”, vamos dizer assim, genuínos, aqueles que pegaram em armas – a meu ver equivocadamente - para enfrentar o governo que pegava em armas para enfrentar o seu povo foram presos, torturados, mortos, exilados ou perseguidos. Praticamente sem exceções.
Mas hoje, na terra de Maradona, a tortura é considerada crime de lesa-humanidade. Lá torturador merece punição.
Já na terra de Dunga, não é assim. Aqueles homens que colocaram os “terroristas” no pau-de-arara, que os encheram de choques elétricos e porradas, que os afogaram em tanques de água ou em baldes de excrementos, que os deixavam desnudos em celas infectas, que perseguiam seus parentes e amigos, que atiravam neles pelas costas, que os jogavam no mar do alto de helicópteros, estes homens abjetos circulam entre nós.
Jobim, Toffoli e Gilmar querem que apaguemos estas infâmias da memória. Vannuchi, Tarso e Dilma não concordam.
Desta vez, o presidente Lula não pode ter dúvidas entre os dois lados. Podia se aconselhar com o presidente da OAB, que disse também: “anistia não é amnésia”. Ou com a presidenta Cristina Krichner. Neste caso, vale a pena.
Carta Capital - 10/11/2008

Temporão não descarta nova epidemia de dengue no Rio

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, não descartou hoje a possibilidade de uma nova epidemia de dengue no Rio, Estado que tem um dos piores índices de infestação da doença. Ele discordou da opinião de alguns epidemiologistas que afirmam que dificilmente ocorrerá novos surtos nos mesmos locais do ano passado. "Essa é uma posição acadêmica muito perigosa, de que não é preciso fazer muita coisa porque o vírus já circulou muito. Esse é o erro que o Brasil cometeu o tempo todo, uma postura pragmática e meio cínica", afirmou Temporão, antes de fazer uma palestra sobre a doença no encontro com 72 prefeitos eleitos no Estado do Rio, em Petrópolis.O ministro disse que as prefeituras têm que estar preparadas para o pior cenário no caso de uma nova infestação do mosquito Aedes aegypti, causador da doença. "Caldo de galinha e prudência não fazem mal a ninguém. Se o pior não vier, ótimo. Mas se vier, temos que estar preparados para enfrentá-lo", afirmou, acrescentando que irá trabalhar todos os anos independentemente de ter ou não epidemia, porque "só assim será possível controlar efetivamente ou erradicar a médio ou longo prazos essa doença."