sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Professor combate uso precoce do computador

Para Valdemar Setzer, da USP, é preciso barrar a tecnologia na rotina das crianças
Felipe Werneck escreve do Rio para "O Estado de SP":
"Deixe as crianças serem infantis: não lhes permita o acesso a TV, joguinhos eletrônicos e computadores!" O alerta está no site do professor da USP Valdemar Setzer, de 64 anos.
Titular do Depto. de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística da USP, ele defende que o computador seja utilizado somente a partir dos 17 anos. Mas admite que isso hoje é "meio utópico".
Contra o Uso de Computadores por Crianças e Jovens é o título de um dos artigos de Setzer, doutor em engenharia.
"Cheguei há muito tempo à conclusão de que o pensamento abstrato forçado pelo computador prejudica os jovens até 16, 17 anos, forçando-os a usarem uma linguagem e um tipo de pensamento que é totalmente inadequado para crianças e jovens antes de terem uma maturidade intelectual adequada."
A Escola de Educação Infantil Jardim Michaelis, no Catete, zona sul do Rio, é a única na cidade a adotar a pedagogia Waldorf, introduzida pelo austríaco Rudolf Steiner em 1919, na Alemanha, que critica o uso precoce da tecnologia e é difundida no Brasil por especialistas como Setzer. Ali, não há computadores nem TV.
Os dias são preenchidos com atividades artísticas e artesanais.
As crianças não usam uniformes, brincam com bonecos confeccionados por elas, sobem na árvore plantada por professores no quintal, ouvem em rodas histórias do folclore nacional, lancham só pratos naturais - feitos com a ajuda delas a partir de receitas dos pais - e fazem teatro de marionetes com cirandas e poesia. E não conhecem as músicas da Xuxa.
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Globalização e Mercosul

A reorganização política mundial, acelerada após o final da Guerra Fria, faz blocos econômicos emergirem em diferentes regiões do planeta, como a União Européia, o Nafta e a Bacia do Pacífico. Nesse contexto, surge o MERCOSUL, que integra economicamente a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a economia capitalista vive uma fase de expansão e enriquecimento. Na década de 70 e início dos anos 80, essa prosperidade é abalada pela crise do petróleo, que provoca recessão e inflação nos países do Primeiro Mundo.Também nos anos 70, desenvolvem-se novos métodos e técnicas na produção. O processo de automação, robotização e terceirização aumenta a produtividade e reduz a necessidade de mão-de-obra.
A informática, a biotecnologia e a química fina desenvolvem novas matérias-primas artificiais e novas tecnologias. Mas a contínua incorporação dessa tecnologia de ponta no processo produtivo exige investimentos pesados. E os equipamentos ficam obsoletos rapidamente.
O dinheiro dos investimentos começa a circular para além de fronteiras nacionais, buscando melhores condições financeiras e maiores mercados. Grandes corporações internacionais passam a liderar uma nova fase de integração dos mercados mundiais: é a chamada GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA. A divisão política entre os blocos soviético e norte-americano modifica-se com o fim da Guerra Fria.
Uma nova ordem econômica estrutura-se em torno de outros centros de poder: os Estados Unidos, a Europa e o Japão. Em torno destes centros são organizados os principais blocos econômicos supranacionais, que facilitam a circulação de mercadorias e de capitais.
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Orçamento do Estado recebe 6 mil emendas


Com o término, na última quarta-feira, do prazo para os 70 parlamentares que compõem a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) apresentarem suas emendas ao orçamento de 2009 do Governo do Estado, já se pode aferir o volume de pedidos feitos pelos deputados.
Foram contabilizados mais de 6 mil pedidos de emenda ao orçamento do próximo ano. O número, que parece alto, é comum na casa: em 2007 foram enviadas aproximadamente 7,3 mil emendas ao orçamento proposto pelo governador para 2008.
O próximo passo agora é a apreciação do projeto pela Comissão de Orçamento (CO), presidida pelo deputado Edson Albertassi (PMDB). Em seguida, o projeto com as emendas será enviado ao Plenário, para votação final.
As emendas, cujo valor não deve superar R$ 1 milhão, fazem parte da cota a que cada parlamentar tem direito de indicar. Em geral, os deputados estaduais recorrem a esta prerrogativa para beneficiar os seus redutos eleitorais, indicando investimentos em obras e benfeitorias.

Protógenes agora vai cuidar de índios e sem-terra


Em férias, o delegado Protógenes Queiroz volta ao trabalho em janeiro.
Desligado da diretoria de Inteligência da PF, foi alocado em outra repartição.
Chama-se CGDI (Coordenação Geral de Defesa Institucional).
Dedica-se à resolução de encrencas relacionadas à "segurança institucional".
Coisas como conflitos envolvendo índios e trabalhadores rurais sem-terra.
Na CGDI, Protógenes estará subordinado ao chefe da Diretoria Executiva.
Vem a ser Roberto Troncon, o delegado que o afastou da Satiagraha.
Em meio a bordunas e foices, Protógenes aguardará a próxima surpresa.
Que virá do desfecho da investigação que corre contra ele na corregedoria da PF.
Nesse diapasão, o ex-algoz do suspeito-geral da República Daniel Dantas acaba mudando de ramo.
Genro por Genro, talvez se convença de que é melhor trocar Tarso por Luciana.
Convertido em ídolo do PSOL, Protógenes não demora a sentar praça no partido da filha do ministro da Justiça.

Linguajar de Lula molesta os tímpanos do tucanato

Ao temperar um discurso feito no Rio com expressões de calão raso, Lula eriçou os tímpanos do tucanato.
Nesta sexta (5), o PSDB levou ao seu sítio um texto de reprimenda. Traz declarações de deputados do partido.
Entre eles o líder José Aníbal (SP), para quem Lula adota "comportamento inadequado".
Recorre ao "destempero verbal no trato de uma crise que não é imaginária, mas real".
De resto, diz Aníbal, Lula dá de ombros para o fato de que, levado pela mídia, seu "palavreado chulo e grosseiro" chega "à casa das famílias".
Ex-líder do tucanato na Câmara, Carlos Pannunzio (SP) também reprovou:
"Não é com baixo calão, mau gosto e linguajar de campo de futebol que vai se resolver a crise".
Natural que o PSDB torça os ouvidos. Mas convém lembrar um ensinamento de Nelson Rodrigues, cultor da palavra simples:
"Se eu tivesse que dar um conselho, diria aos mais jovens: Não façam literatice. O brasileiro é fascinado pelo chocalho da palavra".
A "diarréia" e o "sifu" foram os chocalhos do discurso de Lula. E o brasileiro, a julgar pelo que informa o Datafolha, está adorando.

Anatel abre novo concurso com 227 vagas

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu concurso com 227 vagas para os cargos de técnico (administrativo e em regulação de serviços públicos de telecomunicações), que exige nível médio, e de analista administrativo e especialista em regulação (nível superior). Segundo o edital, o salário para os profissionais com o antigo 2º grau vai variar de R$ 4.190,07 a R$ 4.205,27. No caso do nível superior, os aprovados receberão R$ 8.389,60.
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Governo resiste em acabar com fator previdenciário.

A discussão sobre o fator previdenciário prossegue na Câmara de Deputados. Argumentos da equipe econômica, avalizados pelo Ministério da Previdência, dificultam o progresso da idéia do fim do fator previdenciário. Os argumentos defendidos pelos economistas são usados contra os argumentos dos que defendem a justiça presente na medida. Os argumentos dos economistas querem convencer as pessoas de que o que é justo não é viável. Os argumentos a favor do fim do fator previdenciário dizem que a sociedade deve fazer prevalecer o que é justo e que a inviabilidade alegada pelos economistas não mostra toda a realidade. Há dinheiro da Previdência sendo usado com outras finalidades que não são o pagamento de aposentadorias, pensões e benefícios. Há distorções graves na distribuição das aposentadorias no serviço público, fazendo com que elas reproduzam o modelo injusto de distribuição de renda existente no Brasil.
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Passagem de ônibus sobe amanhã

Tarifa comum dos coletivos na capital aumenta de R$ 2,10 para R$ 2,20 a partir da meia-noite
Rio - As passagens de ônibus no Rio vão ficar mais caras no primeiro minuto de amanhã. Decreto assinado pelo prefeito Cesar Maia, publicado hoje no Diário Oficial, autoriza o aumento de 4,76%. Com isso, a tarifa mais barata cobrada nos coletivos passa de R$ 2,10 para R$ 2,20.
As passagens nos coletivos com ar-condicionado e nas demais linhas que operam na capital ainda serão definidas pela Secretaria Municipal de Transportes (SMTR). Os valores, no entanto, serão arredondados para cima quando a fração for igual ou maior que R$ 0,06, ou para baixo quando ela for menor.
Os passageiros que usam o vale-transporte para pagar as passagens vão continuar pagando as tarifas antigas, sem o reajuste, até o início de janeiro. Cartazes com o aviso deverão ser afixados na janela frontal dos coletivos e ao lado dos cobradores.
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Pitta vai à Justiça para impedir que PF "vaze" informações da Satiagraha

O ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta protocolou na Justiça Federal de Brasília uma ação com pedido de tutela antecipada para proibir que a Polícia Federal "vaze" informações da Operação Satiagraha que envolvam seu nome, como antecipou a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. A ação foi ajuizada na terça-feira (2) e prevê multa de "valor não inferior" a R$ 50 mil por ato "vazado".
Na última terça-feira o ex-prefeito culpou a repercussão negativa que a operação da PF causou à sua imagem como justificativa para as dificuldades financeiras pelas quais passa atualmente. Segundo ele, após ter sido preso em julho, quando a operação foi deflagrada, muitos de seus clientes cancelaram contratos com ele. Atualmente, Pitta presta consultoria na área financeira.
Na ação, Pitta pede que Justiça "se abstenha de divulgar à imprensa qualquer notícia pertinente ao inquérito policial que denigra, exponha (prévia e covardemente) a imagem do autor frente a opinião pública".
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"Lula tem trunfos para negociar um acordo com o mercado: menos juros, mais crescimento"


“Ou o governo mexe no Banco Central e derruba fortemente as taxas de juros ou o antídoto não funciona e seguimos para baixo”, diz, em entrevista à Carta Maior, o economista José Carlos de Souza Braga, professor da Unicamp. Para ele, o argumento conservador em defesa dos juros é "terrorismo puro e simples".
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