quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Greve de servidores da Justiça vai continuar

RIO - Foi aprovada, há pouco, em votação no Plenário da Alerj, a emenda que prevê reajuste de 5% para os servidores do judiciário com retroatividade a partir de setembro. A emenda do deputado Paulo Ramos, aprovada por 32 a 28 votos, foi vaiada pelos servidores que lotam as galerias. O petista Alessandro Molon criticou a aprovação da emenda.
- Considero uma falta de respeito esta decisão do legislativo e mais grave ainda do que a redução do percentual, foi não respeitar a retroatividade - criticou Molon.
O maior problema, de acordo com Paulo Saboya, presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, é que nem a exigência de que trabalhem 30% dos funcionários para garantir pelo menos o julgamento dos processos emergenciais está sendo cumprida. A Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro (OAB-RJ) teme que a paralisação se estenda até o recesso do fim de ano, que começa no dia 20 de dezembro e vai até 6 de janeiro.
- O judiciário está completamente parado. A greve é um direito constitucional, mas é um instrumento contra o capitalismo. Nesse caso há uma distorção, quem mais sofre é a sociedade – avalia Saboya.
Rafaella Marcolini, advogada especializada em Direito Civil e sócia do Kamenetz & Haimenis Advogados Associados, conta que semana passada, um juiz de Cabo Frio se negou a receber uma petição. Segundo ela, a adesão à greve nas cidades periféricas é maior.
- Nem os casos mais graves e urgentes estão sendo respeitados. Nada está funcionando. Os casos que demoravam cerca de uma semana para serem julgados, agora leva mais de um mês – contou Rafaella que considera as reivindicações justas, mas ressalta que a população não pode ser prejudicada dessa maneira. SindJustiça pode pagar multa diária de R$ 10 mil.
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