quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

DIA 23 DE JANEIRO

CAMINHADA DO SAARA ATÉ O ITAMARATY (AV. MARECHAL FLORIANO, próximo ao Ministério do Exército)
CONCENTRAÇÃO: 15 HORAS - Saara: ESQUINA DA BUENOS AIRES COM REGENTE FEIJÓ
Vamos realizar um grande ato de repúdio ao massacre! Ajude a construir mais essa atividade de solidariedade à luta dos palestinos contra o genocídio;
Traga bonecas e velas. Traga fotos reproduzidas da Internet e prepare cartazes com elas.
Do Saara, seguiremos em caminhada até o Itamaraty, onde entregaremos carta pública à representação da ONU exigindo:
Condenação e punição do governo de Israel por crimes de guerra contra a população palestina;
Abertura das fronteiras da Faixa de Gaza; .
Fim do bloqueio econômico.

Cidadão do mundo

Seringueiro, visionário, Chico Mendes via na defesa da floresta a melhor forma de proteger também a vida das pessoas, da Amazônia e fora dela
Por Cristina Uchôa e Glauco Faria
Percorrer a selva, extrair látex e produzir borracha era a rotina de Francisco Alves Mendes Filho, que faria 68 anos neste 15 de dezembro. Nascido no Acre, aos 9 anos Chico já seguia os passos do pai. E não tardaria para que a exploração predatória, sobre trabalhadores e a floresta, o conduzisse à trajetória que o tornaria mundialmente respeitado. Na década de 70, o governo militar estimulou a criação de gado na Amazônia. Para garantir o pasto, seringais e castanheiras eram destruídos, minando uma importante atividade dos moradores. Alfabetizado aos 18 anos por Euclides Távora, um ex-integrante da Coluna Prestes, o jovem seringueiro aprendeu também a ler o que ocorria a sua volta. Ajudou a criar o primeiro sindicato rural do Acre, em Brasiléia, fundado por Wilson Pinheiro em 1976. Após o assassinato de Pinheiro, em 21 de julho de 1980, Chico Mendes, então vereador em Xapuri, exigiu Justiça pela morte do companheiro num contundente discurso. O então líder metalúrgico Luiz Inácio da Silva estava presente. O episódio deu subsídios para que a ditadura enquadrasse a ambos na Lei de Segurança Nacional.
Àquela altura, Chico combinava o movimento social com a disputa política institucional. Não se elegeu deputado estadual devido ao baixo coeficiente eleitoral do PT no Acre (hoje o partido tem sete dos 24 deputados e 12 dos 22 prefeitos no estado).Nos embates políticos, predominava o discurso contra o desmatamento; na atuação social, isso se dava na prática, sobretudo empregando a estratégia do “empate”. O advogado Gomercindo Rodrigues, que atuava ao lado dos trabalhadores rurais, conta como era: “Algumas dezenas de trabalhadores, muitos com suas esposas e filhos, formavam um contingente considerável de seringueiros. Ao chegar ao desmatamento, conversavam com os homens que estavam fazendo a ‘broca’ (preparando o desmate)”. A descrição está em seu livro Caminhando na Floresta. Os manifestantes mostravam aos cortadores, em geral pessoas simples e muitos ex-seringueiros, o quanto aquilo era prejudicial e poderia comprometer o futuro de todos. Na maioria das vezes, surtia efeito.
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Crise na alma do homem

Do momento em que desperta ao momento em que o cansaço o prostra, o homem moderno está preso à engrenagem da vida econômica, como o inseto à teia da aranha
A crise econômica mundial é muito mais do que a desorganização do sistema financeiro, em consequência da roubalheira dos administradores dos grandes bancos e de outras entidades de créditos e seguros. O dinheiro é produto do sistema econômico, isto é, dos processos de produção. Assim é o método moderno de produção capitalista, grande responsável pelo mal-estar da sociedade contemporânea, que coloca o lucro em primeiro lugar e abomina a distribuição de renda do trabalho.
Até o século 19, a ideia da produção estava associada à necessidade dos nobres e dos trabalhadores. Produzia-se para comer, para vestir, para educar-se, emocionar-se (com a arte), em suma, para viver. A ciência não tinha o propósito de se transformar imediatamente em tecnologia, a não ser na aplicação militar, porque os povos sempre quiseram contar com armas mais práticas e mais letais. Fora disso, até o século 19, a evolução dos processos de manufatura foram lentos: dos gregos até a máquina a vapor a força motriz era a dos animais e dos moinhos. O uso dos motores a vapor iniciou a Revolução Industrial, que utilizou os recursos monetários disponíveis (o ouro e a prata da América) para estabelecer, com o comércio e as armas, o Império Britânico.
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Nós e Obama

Obama é ainda um livro de páginas em branco, com capa negra, esperando as cores das tintas que ali se vai escrever. Como Roosevelt era na década de 30, basta ler o artigo de Cardim aqui ao lado. Se houver o que o empurre para um lado, ele irá. Para o outro, também.
Longe de mim querer polemizar com o Emir. Muito menos contra o Emir, do nosso blogue logo aí abaixo. Portanto, essas observações estão na verdade em direção paralela aos seus comentários. Mas vão em sentido contrário. Porque o que eu levanto é: “não pergunte o que Obama pode fazer por nós, na América Latina, mas o que nós podemos fazer com ele”. “Com”, aqui, significa tanto “a favor”, “contra”, “aceitando”, “negando”, etc. Isso quer dizer que o nosso destino está, sobretudo, em nossas mãos.
Não escondi, e não continuo escondendo o entusiasmo que me despertou a candidatura, a eleição e agora a posse de Barack Hussein Obama. Esse entusiasmo me veio do ponto de vista simbólico.
“Simbólico”, aqui, não significa apenas um ícone pendurado na parede, ou um fetiche que neutralize as condições reais que ficam submersas sob o véu das retóricas sombrias ou reluzentes. “Simbólico” traduz o signo onde as contradições e as realizações se revelam.
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MASSACRE EM GAZA


Operação Chumbo Impune
Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais. Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel executa a matança de Gaza? Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos? O artigo é de Eduardo Galeano.
Este artigo é dedicado a meus amigos judeus assassinados pelas ditaduras latinoamericanas que Israel assessorou.
Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los.
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Mínimo será de R$ 465

Lula confirma valor a sindicalistas em reunião que discutiu medidas para conter demissões
BRASÍLIA - O governo federal anunciou ontem o novo valor do salário mínimo. A partir de 1º fevereiro, o piso nacional passará a R$ 465, reajuste de 12,05%. Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sindicalistas chegaram a pedir reajuste de 15% para o mínimo, redução de dois pontos percentuais da taxa básica de juros, ampliação do número de parcelas do seguro-desemprego e garantia de estabilidade. No dia em que o Ministério do Trabalho e Emprego anunciou o fechamento de 654.946 vagas formais em dezembro, as centrais tentaram obter do governo compromisso de endurecer com empresários e frear a onda de demissões.
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Aposentados perdem 45%

Em seis anos, aumenta o abismo entre o salário mínimo e os demais benefícios da Previdência
Rio - Com o anúncio do reajuste de 12,05% para o salário mínimo, que passará dos atuais R$ 415 para R$ 465 no dia 1º de fevereiro, o abismo entre os benefícios do INSS acima desse valor e do piso previdenciário será de 45%, desde 2003 (primeiro ano do governo Lula), e de 85% a 95%, desde 1991 (quando o marco regulatório da Lei de Previdência Social desvinculou os reajustes). Aposentados e pensionistas viam no Projeto de Lei nº 01/07, que prevê aumento único para todos, esperança para este ano, mas a proposta foi retirada de pauta, frustrando os segurados.
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