sábado, 4 de outubro de 2008

Recapitulando: montando a armadilha

Retrocesso: hospital do estado vai virar fundação de direito privado
A Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e o governo Sérgio Cabral voltam a mostrar a sua face antidemocrática, ignorando as indicações dos fóruns de saúde. Dominada por conservadores, a Alerj aprovou por 43 votos a 4 (quatro) a transformação dos hospitais públicos em fundações estatais de direito privado. Uma das conseqüências é o rompimento com o Regime Jurídico Único (RJU), em desacordo com a Constituição, que estabelece a necessidade de concursos e contratações pelo RJU para as instituições públicas. Agora os servidores dos hospitais estaduais poderão ser contratados pelas regras estabelecidas na CLT.
O raciocínio da maioria dos deputados estaduais que aprovou o projeto encaminhado pelo governador Sérgio Cabral segue a visão distorcida de que “funcionário público não trabalha”, uma falsa idéia fabricada pela grande mídia, mas que tem conseguido manipular a opinião de boa parte da população. Mas só quem trabalha em hospitais públicos, sem recursos, sem medicamentos, sem equipamentos e que sofre junto com os pacientes com a falta de condições de trabalho é capaz de avaliar como certas mentiras, tantas vezes repetidas, acabam soando como se fossem verdades.
A aprovação das fundações de direito privado, para gerir os hospitais do estado, rompe com preceitos constitucionais, esconde a intenção de privatizar o serviço público e, mais do que isso, desrespeita toda uma discussão acumulada. Durante a última greve nas instituições federais de ensino, o Sintuff também deu a sua contribuição. Colocou o debate sobre as fundações no centro das discussões junto à categoria e à sociedade. Realizou, inclusive, audiência pública na Câmara de Vereadores de Niterói e encaminhou à Brasília um extenso abaixo-assinado contra as fundações.
Essa proposta foi condenada veementemente em conferências de saúde, municipais e estaduais. Na 13ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília, que reuniu cerca de 4 mil pessoas, as fundações foram rejeitadas por unanimidade: os dez grupos que discutiam o tema disseram não às fundações e, por isso, o assunto sequer foi à plenária final para ser votado. Mas o governo Sérgio Cabral e seus deputados preferiram dar às costas aos anseios da sociedade.

Entidades sindicais entregam manifesto ao governador

A lei que transforma em fundações de direito privado os hospitais do Rio agora só depende da sanção do governador, inconformados com o que aconteceu na Alerj, dirigentes de vários sindicatos entregaram um manifesto a Sérgio Cabral:
“ Nós, representantes de entidades de servidores e profissionais potencialmente atingidos pela recente aprovação por parte da Alerj de projeto do Executivo estadual criando as fundações de direito privado, no âmbito do setor de Saúde do estado, temos a obrigação de denunciar o perigo para a sociedade brasileira de uma medida que, a um só tempo, vai piorar os serviços prestados pelo SUS e golpear os direitos dos trabalhadores, com o fim da estabilidade e a rotatividade da mão-de-obra. No afã de aprovar a toque de caixa o projeto do governo Sérgio Cabral, sem discuti-lo profundamente com a sociedade, a Assembléia Legislativa deu de ombros até mesmo para a 13ª Conferência Nacional de Saúde, realizada de 14 a 18 de novembro últimos, que derrotou fragorosamente as propostas de criação das fundações de direito privado. Em peso, os
delegados do maior evento da saúde publica brasileira apontaram o aprofundamento das políticas universalistas e de recursos humanos do SUS e a aprovação da Emenda Constitucional 29 como as saídas para a saúde pública brasileira. Não aceitamos que os servidores públicos e a população se tornem cobaias de um projeto que institui o paradigma do lucro no setor público, interrompe a consolidação do SUS (se chocando com seus princípios) e abandona o projeto de construção de uma carreira única para os profissionais de saúde. Sem falar no precedente que abre para a implementação das fundações em diferentes áreas do serviço público, conforme consta do projeto de lei complementar que o governo federal enviou ao Congresso Nacional. Não podemos permitir que o serviço público se torne ainda mais vulnerável às interferências políticas (o que certamente ocorrerá com o fim da estabilidade), nem que a grave situação dos serviços públicos, especialmente nas áreas de saúde e educação, recaia sobre os servidores públicos e o povo brasileiro. A hora é de somar esforços para impedir esse grave retrocesso e reafirmar o direito à saúde pública de qualidade como uma inegociável conquista republicana e democrática.”
Assinam: Sindisprev, Sintuperj, Sinmed-RJ, Sindicato dos Assistentes Sociais (Saserj), Sindicato dos Fonoaudiólogos (Sindfonorj), Sindicato dos Psicólogos ( Sindpsi-RJ), Sindicato dos Servidores das Justiças Federais (Sisejufe / RJ) , Sindicato dos Enfermeiros (Sindenfrj), Federação Nacional dos Assistentes Socias , Andes-SN, CUT e Conlutas.
Atualizado em 16/12/07 22:10

Paes lidera e Gabeira e Crivella estão empatados no Rio, diz Datafolha

Considerando os votos válidos, Paes (PMDB) obtém 33%. Fernando Gabeira (PV) tem 20%, e Crivella (PRB), 19%.

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (4) pelo RJTV, da TV Globo, aponta empate técnico entre Fernando Gabeira (PV) e Marcelo Crivella (PRB) em segundo lugar, enquanto Eduardo Paes (PMDB) lidera a disputa pela Prefeitura do Rio.

Consideradas as intenções de votos totais da pesquisa (que incluem brancos e nulos), Eduardo Paes oscilou positivamente um ponto percentual em relação ao levantamento anterior, de 29% para 30% das intenções de voto. Gabeira também oscilou um ponto para cima, de 17% para 18%, enquanto Crivella oscilou negativamente de 19% para 17%.

Jandira Feghali (PC do B) permanece com o mesmo percentual do levantamento anterior: 12%. O candidato do PT, Alessandro Molon, também se manteve estável, com 4%. Solange Amaral (DEM) oscilou negativamente de 5% para 3%.
Globo.com - 04/10/2008.

Sérgio Cabral Filho não cumpre promessa, é vaiado e foge correndo

Cabral não cumpre promessa e foge correndo.
Servidores da Justiça também protestam contra Cabral. Governador, tornado conhecido por usas ofensas aos médicos e por suas promessas não cumpridas, ia se encontrar com Lula na ABL. Havia sessão solene pelo centenário da morte de Machado de Assis. Os servidores exibiram uma gravação com as promessas não cumpridas do Governador. Cabral Filho chegou a dar uma corridinha para escapar dos manifestantes. O ex-blog do César Maia afirma que a popularidade de Cabral e a aprovação de seu governo estão em queda livre. Não é de se duvidar. Apagão da saúde e não cumprimento de promessas calam fundo no cidadão.
A matéria do GLOBO, publicada em 29/09/2008, pode ser lida em http://tinyurl.com/4gej9b.
Gritando palavras de ordem e chamando Cabral de mentiroso, os servidores chegaram a reproduzir no carro de som uma gravação em que o governador dizia que o estado teria recursos para honrar os compromissos com o funcionalismo.
Ao atravessar a área externa da ABL, o governador chegou a esboçar uma corrida para evitar as vaias dos servidores. A vice-presidente do Sindjustiça, Marta Borçante, afirma que ao negar o reajuste de 7% à categoria, Sérgio Cabral está chamando o presidente do TJ, Murta Ribeiro, de mentiroso.

Passeata Denuncia Desastre na Saúde

Sérgio Cabral, conhecido pelo não cumprimento de suas promessas, virou um boneco chamado de “governador Pinóquio”, conduzido por servidores público estaduais em passeata de protesto contra o tratamento recebido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. A FENAM - Federação Nacional dos Médicos, esteve representada na manifestação, que teve também a presença do Dr. Jorge Darze, Presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro.
Um número de aproximadamente 400 funcionários públicos estaduais, com um expressivo número de médicos, marchou até a frente do Palácio Guanabara, sede do Governo. A manifestação foi no dia 02 de outubro e começou no Largo do Machado. Foi patrocinada pelo MUSPE, Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais do Rio de Janeiro, do qual faz parte o Sindicato dos Médicos. O protesto foi contra as péssimas condições de atendimento à população do Rio e contra os salários vexatórios. O Governador Sérgio Cabral Filho recusou-se a receber uma delegação de manifestantes, para tentar estabelecer um canal de negociações. O governador, até aqui, além de não cumprir promessas, mantém uma atitude intransigente, agressiva e beligerante em relação aos trabalhadores públicos.
Além da passeata e da manifestação no Palácio, outro protesto dos médicos paralisou por 48 horas os hospitais Albert Schweitzer, Carlos Chagas, Pedro II, Rocha Faria e Getúlio Vargas, onde trabalham os cinco médicos chamados de vagabundos e safados pelo governador do Rio na semana passada, e que gerou uma onda de protestos por parte das entidades médicas.
Fonte: Imprensa FENAM - Publicado em 03/10/2008
Sobre o não cumprimento de promessas por Sérgio Cabral, as provas estão em
1-documento assinado pelo Governador, então candidato, com o Sindicato dos Médicos:
http://www.sinmedrj.org.br/avisos/200a/termo_compromisso_candidato.pdf
2-vídeo com promessas feitas aos servidores públicos estaduais, pelo então candidato. Como Governador não cumpriu as promessas. A imagem atesta os fatos.
http://www.seperj.org.br/site/RE/2008/fala_sergio_cabral_1.wma
Sobre a postura de Sérgio Cabral, em agosto de 2008, já anunciando uma política autoritária e repressiva de recursos humanos para a área de Saúde. Era como se ele já anunciasse que queria fazer o sistema público de saúde funcionar à base do chicote aplicado no lombo de seus funcionários mal remunerados.
http://tinyurl.com/3gn6nz
A conduta do Governo de Sérgio Cabral relativamente à política de recursos humanos tem sido marcada pelo espírito da precarização. Consta que essas distorções na contratação de médicos para atividade-fim no serviço público estão associadas às faltas de equipes completas de plantão nos hospitais estaduais do Rio. Confira em: http://tinyurl.com/4dd74x .
O Governador Sérgio Cabral e seus aios acreditam que o remédio falsificado das fundações públicas sejam salvação para a gestão da Saúde. O sonho deles é achar que podendo demitir médicos conseguem fazer o sistema funcionar na base da repressão e da ameaça. Estão na contramão da história e mal escondem suas aspirações de oficializar o assédio moral. Sabemos igualmente que há uma grande resistência no movimento sindical, nas autarquias públicas responsáveis pela regulamentação e fiscalização do exercício da Medicina (Conselhos profissionais) e no Conselho Nacional de Saúde contra o negócio das fundações públicas de direito privado. Confira em http://tinyurl.com/47eu2x e http://tinyurl.com/3r5apj .
A idéia das fundações é um falso remédio preparado para enganar a opinião pública e as autoridades. Na verdade os seus autores ganharão um tempo, até que as deficiências do sistema, perfeitamente previsíveis, venham à tona. Esse tipo de gestão no serviço público tem maus antecedentes. Sua legalidade é questionável. Confira em http://faxsindical.wordpress.com/2008/08/31/privatizacao-do-servico-publico-por-fundacoes-levara-a-corrupcao/ .
Esse mesmo Sérgio Cabral Filho está patrocinando a candidatura de Eduardo Paes à Prefeitura do Rio de Janeiro.