BRASÍLIA - O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, enviou nesta quarta representação ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, a fim de que "tome as medidas necessárias" relativas a fatos relatados pelo juiz Fausto de Sanctis, na sentença condenatória do banqueiro Daniel Dantas a 10 anos de prisão. Segundo a assessoria de Gilmar Mendes, ele se sentiu diretamente atingido em trechos da sentença de 300 páginas (pp. 281 e 282), na qual o juiz afirma que o coronel da reserva do Exército Sérgio de Souza Cirillo – supostamente ligado ao grupo de Dantas – foi nomeado assessor principal do gabinete do secretário de Segurança do STF, em 30 de julho último, três meses depois de deflagrada a Operação Satiagraha.
Tanto Sérgio Cirillo como seu superior, coronel Joaquim Gabriel Alonso Gonçalves, foram exonerados de seus cargos em outubro por motivos "administrativos", conforme a Secretaria de Comunicação Social do tribunal. Apurou-se que a demissão teve como causa um "entrevero" entre eles e os responsáveis pela segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro, quando eram tomadas providências de rotina referentes à segurança do presidente, que iria ao STF para a inauguração da exposição sobre os 200 anos da Corte.
Objetivos espúrios
Da longa sentença do juiz De Sanctis, consta a seguinte referência ao coronel da reserva que ocupava cargo de confiança na Secretaria de Segurança do Supremo: "O relatório parcial-extrato telefônico elaborado pela Polícia Federal na linha nº 11-XXXX-1950, em confronto com o número utilizado pelo delegado da PF Protógenes Queiroz (61-XXXX-6691), a partir dos extratos solicitados pelas defesas de Hugo Chiaroni e de Humberto José Rocha Braz, demonstra, de forma inequívoca (...), o seguinte: Hugo Chiaroni, que se apresentava como integrante do Instituto Sagres - Política e Gestão Estratégica Aplicadas, segundo ele próprio e os delegados Protógenes Queiroz, Marcos Antônio Lino Ribeiro e Ricardo Saadi, ligou para Sérgio de Souza Cirillo, especialista em guerra eletrônica, com experiência profissional na área de inteligência e contra-inteligência, oficial do Exército e que provavelmente se conheciam porque este também é vinculado ao referido instituto, nove vezes, no período de 4/6/2008 a 7/7/2008 (...). Tal fato revela, pois, que os acusados, para alcançar seus objetivos espúrios, dias antes de oferecer e pagar vantagem às autoridades policiais, atuavam sem medir esforços em suas ações na tentativa de obstrução de procedimento criminal, tentando espraiar suas ações em outras instituições. Sérgio de Souza Cirillo foi, posteriormente, nomeado, em 30/7/2008, como assessor, figurando como substituto do secretário de Segurança do STF, e, finalmente, exonerado em 6/10/2008".
O coronel Cirillo disse ao JB que "vai aguardar a comunicação oficial para se manifestar". Admitiu que tinha ligações com Chicarone apenas "por conta de sua participação no Instituto Sagres".
Tanto Sérgio Cirillo como seu superior, coronel Joaquim Gabriel Alonso Gonçalves, foram exonerados de seus cargos em outubro por motivos "administrativos", conforme a Secretaria de Comunicação Social do tribunal. Apurou-se que a demissão teve como causa um "entrevero" entre eles e os responsáveis pela segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro, quando eram tomadas providências de rotina referentes à segurança do presidente, que iria ao STF para a inauguração da exposição sobre os 200 anos da Corte.
Objetivos espúrios
Da longa sentença do juiz De Sanctis, consta a seguinte referência ao coronel da reserva que ocupava cargo de confiança na Secretaria de Segurança do Supremo: "O relatório parcial-extrato telefônico elaborado pela Polícia Federal na linha nº 11-XXXX-1950, em confronto com o número utilizado pelo delegado da PF Protógenes Queiroz (61-XXXX-6691), a partir dos extratos solicitados pelas defesas de Hugo Chiaroni e de Humberto José Rocha Braz, demonstra, de forma inequívoca (...), o seguinte: Hugo Chiaroni, que se apresentava como integrante do Instituto Sagres - Política e Gestão Estratégica Aplicadas, segundo ele próprio e os delegados Protógenes Queiroz, Marcos Antônio Lino Ribeiro e Ricardo Saadi, ligou para Sérgio de Souza Cirillo, especialista em guerra eletrônica, com experiência profissional na área de inteligência e contra-inteligência, oficial do Exército e que provavelmente se conheciam porque este também é vinculado ao referido instituto, nove vezes, no período de 4/6/2008 a 7/7/2008 (...). Tal fato revela, pois, que os acusados, para alcançar seus objetivos espúrios, dias antes de oferecer e pagar vantagem às autoridades policiais, atuavam sem medir esforços em suas ações na tentativa de obstrução de procedimento criminal, tentando espraiar suas ações em outras instituições. Sérgio de Souza Cirillo foi, posteriormente, nomeado, em 30/7/2008, como assessor, figurando como substituto do secretário de Segurança do STF, e, finalmente, exonerado em 6/10/2008".
O coronel Cirillo disse ao JB que "vai aguardar a comunicação oficial para se manifestar". Admitiu que tinha ligações com Chicarone apenas "por conta de sua participação no Instituto Sagres".
Nenhum comentário:
Postar um comentário