
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Keynes e Roosevelt: algumas lições para o presidente Obama

O Desabafo de um professor... a toda sociedade.
Prezada Claudia,
Sou funcionário do município do Rio, professor de Ciências.
Tenho este cargo por mérito próprio, por passar em um concurso, há quase 5 anos - não tenho cargo por indicação política.
Li uma matéria com uma entrevista sua no O Globo, dia 08 de novembro de 2008, página 18. Na ocasião, algumas frases e propostas me chamaram a atenção. Tanto pela inocência quanto pela maldade das mesmas.
Gostaria de, mui respeitosamente, discutir alguns pontos. Vejamos…
1- Você diz que pretende "investir na qualificação de professores, que poderão ganhar computadores portáteis".
Eu agradeço muito o computador, porque estou precisando, pois o meu pifou. Mas isso, sinceramente, não creio que seja investir na qualificação do professor. Já tive a oportunidade de escrever sobre isso por aqui, quando da mesma compra pelo Estado. Tenho um amigo que ficará com 5 computadores portáteis em casa e não sabe o que fazer com tantos. Ele e a esposa são professores, ambos do Estado e da prefeitura do Rio. Já tinham um, ambos ganharam do estado e ambos ganharão da prefeitura. Professores, cara futura Secretária, querem salário decente. Com ele podem comprar seus próprios computadores. E muitos já o fizeram, pois o preço baixou bastante. Eu mesmo ia comprar um - como eu disse, o meu pifou - mas não vou. Estou esperando ganhar. Mas preferia um bom aumento de salário para comprar o que eu próprio escolhesse e ainda aumentar minha renda.
2 - Você faz uma pergunta: "Por que uma cidade que tem tantos mestres e doutores de qualidade não consegue fazer um Ideb compatível com os de países desenvolvidos?". O Demétrio Weber já respondeu, mas eu insisto em te responder esta pergunta também. E o principal motivo é simples: porque mesmo sendo mestres ou doutores de qualidade, temos que trabalhar em dois, três, quatro ou mesmo em cinco lugares diferentes pra poder somar renda e ter um salário "compatível com os de países desenvolvidos"!!! Sem contar as condições em que trabalhamos, Secretária, que nem de longe é "compatível com os de países desenvolvidos".
A pergunta seria ao contrário: "por que não tratamos como os países desenvolvidos os nossos tantos mestres e doutores de qualidade?".
3 - Por fim, sua maior pérola, a frase "Quando um aluno é reprovado, é sinal que o professor falhou".
Fico muito, muito, muito apreensivo que uma pessoa que tenha este pensamento venha a coordenar a maior rede municipal da América Latina.
Pra facilitar o entendimento da minha lógica - que pode ser muito profunda pra quem nunca entrou numa sala de aula do ensino fundamental de uma escola encravada numa favela - farei um paralelo com o médico.
Imaginemos uma pessoa que desde que nasce não tem cuidados médicos, não se cuida, não faz exercícios, não se alimenta direito, bebe, fuma, é sedentário, estressado etc. Essa pessoa passa mal e vai ao médico. O médico receita remédios e faz uma série de recomendações dizendo que, se não seguir, ele pode morrer.
O doutor marca uma nova consulta para daqui a alguns meses, para verificar o seu progresso.
A pessoa não fez nada do que o médico receitou e ainda faltou à consulta. Passa mal de novo e vai ao médico. O doutor dá uma bronca, faz as mesmas recomendações, passa as receitas novamente, marca uma nova consulta.
O paciente, mais uma vez (ou muitas vezes), não faz o que o médico manda e morre. O médico falhou? Pela sua lógica, "quando um paciente morre, é sinal que o médico falhou". Oras… garanto que neste caso a senhora achará que o culpado é o paciente, já que o médico fez de tudo para salvá-lo…
Será que o professor também não o faz? Mas vamos examinar o nosso caso.
Por partes e desde o início.
a) quando a criança foi concebida, quem falhou foram os pais, que souberam gozar, mas não evitar a gravidez;
b) quando a moça estava grávida falharam ela, o pai, a família e o Estado(assistência social, hospitais), que não deram a ela e ao feto um pré-natal decente - ou mesmo nenhum pré-natal;
c) quando ele nasceu e era um bebê cheio de necessidades falharam os pais que colocaram no mundo uma criança sem ter condições mínimas de criá-lo e falhou o Estado (segurança alimentar) em não dar a ele o que necessitava para seu pleno desenvolvimento;
d) quando ele era uma criança falhou o Estado mais uma vez por não oferecer a ele apré-escola, tão importante no desenvolvimento intelectual e psicomotor nesta idade. Não obstante este ser um direito garantido pela Constituição Federal: Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: IV - atendimento em creche epré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
e) nesta mesma idade e até tornar-se o adolescente ao qual a senhora se refere - aluno do fundamental - falham o Estado, as polícias, os bandidos, os "filhinhos de papai", os atores da Globo, os artistas e todos aqueles que usam drogas, ao condená-lo a viver em um local extremamente violento, com disputas entre facções rivais, com invasões desumanas de policiais em suas casas e um cotidiano de estatísticas piores que de guerras;
f) quanto à sua moradia, falham os políticos "filhos da puta", o Estado (habitação), os empresários, os especuladores, por fazê-lo viver em submoradia, sem o mínimo de conforto, sem espaço para ele, com uma densidade demográfica japonesa dentro de sua casa;
g) falhamos publicitários que mentem para que ele não seja ninguém se não tiver o que ele não pode ter;
h) falham as emissoras de televisão ao entrarem diariamente em contato com ele com imbecilidades que não ajudam em nada seu intelecto;
i) falhamos empresários de ônibus que o restringe de andar pela cidade por conta do preço da passagem e do péssimo serviço que oferecem;
j) falhamos locais culturais que são inacessíveis a ele (inacessíveis financeiramente ou mesmo barreira-cultural-invisivelmente);
k) falha a sociedade como um todo que o quer longe;
l) falha a estrutura da escola que só o tem em um pequeno período do dia, deixando-o nas ruas no resto das 24h;
m) falha o Corpo de Bombeiros que carrega bandidos carnavalescos desfilando em carro aberto pelas cidades, ao mostrar que quem tem valor é quem tem dinheiro, não importa de onde vem;
n) falhamos jornais de grande circulação que estampam nas primeiras páginas, praticamente todos os dias, as fotos ecolunas de fofocas de traficantes e outros bandidos – inclusive tenho um ODia que tem a primeira capa toda falando do casamento de um traficante - glorificando quem é bandido, mostrando a ele que esse é o caminho;
o) falha o Conselho Tutelar ao super proteger mesmo quando fazem merda, nada fazendo e não mostrando que além de direitos também tem obrigações;
p) falham as editoras de revistas que só colocam a preço de quase nada as revistas mais imbecis que existem, com fofocas e coisas do gênero;
Enfim, apesar de a Constituição prever que "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade" (Art. 205), a senhora vem me dizer que "quando um aluno é reprovado, é sinal que o médico professor falhou"?
Francamente. É justamente o professor que está lá dentro, cara futura secretária de educação, com o aluno, diariamente, tentando fazer com que ele estude, com que ele dê valor ao estudo, com que ele aprenda!
Veja pelos exemplos abecedários que dei em cima, que o professor é praticamente o único que quer que ele seja alguém pela educação; o professor que dá valor ao estudo; o professor que luta contra toda a merda que a sociedade faz com ele desde antes dele nascer, para que ele se salve. Veja, prezada futura, o que diz a Constituição Federal:
>CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS:
Art.6º. São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Quais destes direitos o Estado - do qual você tem íntima relação, a ver pelos cargos que já ocupou - oferece ao aluno - e com qualidade? Quase nenhum, né?
E você vem me dizer que é o professor que falha, como se só o que fazemos em sala de aula é o que conta, é o que faz um aluno ter sucesso ou não??? Francamente.
Assinado: Um professor mestre doutorando que tem diversos empregos e mesmo assim luta para que seus alunos possam superar toda a merda que a sociedade faz com eles para que possam ser alguém na vida e que, justamente por se sentir incapaz de fazer isso com o que o Estado lhe oferece, não acredita em reprovação.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
NÃO HÁ O QUE DISCUTIR!
UMA VERDADE HISTÓRICA!
Ex-Primeiro ministro David Ben Gurion - um dos fundadores do estado de israel.
Gaza: crimes contra a humanidade não podem continuar impunes

Por que os responsáveis pelo banho de sangue na Faixa de Gaza permanecem impunes?
A barbárie que Israel vem cometendo na Faixa de Gaza precisa ter uma pronta resposta da comunidade internacional. A partir de agora, não bastam apenas notas oficiais que não produzem resultados concretos. Pressionado, Israel comprometeu-se a interromper os bombardeios por três horas diárias. Seria cômico se não fosse trágico.
O que não é mais possível é o mundo assistir impassível o que está acontecendo. Na época do apartheid da então racista África do Sul, a comunidade internacional reagiu de forma concreta, sancionando o regime racista .
Na verdade, mais de 60 anos depois do pesadelo do Terceiro Reich, o Ocidente continua respaldando Israel em tudo, numa espécie de complexo de culpa pelo o que aconteceu com os judeus naquele período. Certamente, o que aconteceu não pode ser esquecido, mas daí a aceitar passivamente que os oprimidos de ontem, ou os parentes das vítimas do Holocausto, vistam a camisa do opressor nazista e repitam o que está sendo feito contra um povo sem pátria e vivendo em condições subumanas, como os palestinos, vai uma grande diferença.
Esse conflito iniciado na primeira metade do século passado se prolonga até hoje e agora com mais radicalidade. E nesta guerra desproporcional, civis são os que mais sofrem. O bombardeio israelense contra escolas mantidas pela Organização das Nações Unidas em campos de refugiados palestinos de Gaza é, de fato, um crime contra a humanidade. Deve ser apurado com o máximo rigor. Representantes da ONU garantem que Israel tinha sido avisado sobre o perigo que acarretaria uma incursão naquela área e que por lá não havia combatentes do Hamas. Israel justifica o injustificável afirmando que o local tinha se tornado campo de combate. A ONU é um organismo abalizado e não afirmaria dessa forma se não tivesse certeza sobre o fato.
Diante deste quadro tenebroso, uma comissão internacional deveria ser formada imediatamente para apurar mais uma vez o que aconteceu. Os responsáveis por este crime contra a humanidade deveriam então ser submetidos a um tribunal internacional. Não é mais possível que continue a impunidade, até porque a impunidade estimula novas violências e crimes contra a humanidade.
Depois da Segunda Guerra Mundial, os nazistas responsáveis por crimes contra a humanidade foram julgados e devidamente condenados. Nos dias de hoje, existe um Tribunal internacional para julgar violações dos direitos humanos. Recentemente, foi preso depois de muitos anos foragido - e agora será julgado - um comandante sérvio de nome Radovan Karadzic acusado de ser o responsável por inúmeros crimes nos conflitos étnicos em áreas da antiga Iugoslávia. Slobodan Milosevic, o homem forte da Iugoslávia, preso e enfrentando um processo de julgamento acabou morrendo na prisão, mas certamente seria considerado culpado. Outros acusados de responsabilidade em violações de direitos humanos enfrentam tribunais. Por que então os responsáveis pelo banho de sangue na Faixa de Gaza permanecem impunes?
Por que os sucessivos governos dos Estados Unidos assim o querem?
Mário Augusto Jakobskind é jornalista, correspondente no Brasil do semanário uruguaio Brecha. Foi colaborador do Pasquim e integra o Conselho Editorial do jornal Brasil de Fato.
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/analise/gaza-crimes-contra-a-humanidade-nao-podem-continuar-impunes
Estado vai pagar R$ 23 milhões
Rio - O governo do estado vai pagar este ano R$ 23 milhões em DEAs (Dívidas de Exercícios Anteriores), por meio de folha suplementar, a 4.550 funcionários da Faetec — docentes e pessoal administrativo. O período dessas dívidas é relativo aos anos de 1998 a 2007.
O estado vem trabalhando há dois anos para pagar as dívidas com esse grupo de servidores — a folha de pagamento foi atualizada e implantada a partir de janeiro de 2008. Em novembro do ano passado, foram creditados R$ 2,3 milhões na conta dos funcionários, para acertar as pendências do período de 1997 a 2003. Na ocasião, foram beneficiados 2.159 funcionários. Essa nova etapa complementa a anterior e chega até 2007.
Os acertos que serão pagos este ano, de acordo com o fluxo financeiro do estado, inclui os casos de progressão funcional (por tempo de serviço e por titulação), triênios, abonos de faltas, complementação de servidores cedidos da Secretaria Estadual de Educação e diferenças admissionais, entre outros. Conforme levantamento solicitado pela Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia à Faetec, em 2007, os dois processos que foram pagos anteriormente pelo governo encerraram as pendências financeiras existentes na fundação.
http://odia.terra.com.br/economia/htm/estado_vai_pagar_r_23_milhoes_222809.asp
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
VIGILIA E ATO PÚBLICO NA CINELÂNDIA
Comitê de Solidariedade à luta do povo Palestino do Rio de Janeiro
Acompanhe os acontecimentos pelo Blog Nacional : Somostodospalestinos.blogspot.com
Manifesto convocatório:
HOLOCAUSTO PALESTINO
Quando as Nações Unidas – ONU – votaram a criação de um Estado Judeu, em 1948, deram início à tragédia palestina. Os massacres, a destruição de aldeias inteiras e a expulsão, pelo terror sanguinário dos grupos sionistas armados, do território natal dão espaço à construção de colônias israelitas estrangeiras que não paravam de chegar à Palestina , com o objetivo da formação de um Estado confessional e apagar do mapa a memória, a língua e a história de um povo inteiro, o povo palestino. Os árabes chamam esse triste dia de maio de 1948 de Nakba – a Tragédia. Essa estratégia de ocupação chama-se "limpeza étnica". Para implementar sua política genocida e fascista, o Estado de Israel conta no campo econômico e militar com seu sócio principal, a burguesia americana e imperialista. Conta com 800 ogivas nucleares de última geração e as mais modernas e sofisticadas armas de destruição em massa. Esse poderio militar descomunal e a política de extermínio físico do povo palestino garantiram a Israel a apropriação de cerca de 92% do território da Palestina histórica, onde os sionistas construíram um Estado militarizado, teocrático, racista e terrorista sobre os escombros das casas, mesquitas, igrejas e, principalmente, do sangue da população palestina. O resultado são mais de seis milhões de palestinos vivendo em condições precárias de sobrevivência em Campos de Refugiados nos países que fazem fronteiras com sua terra ocupada, como o Líbano, a Síria, a Jordânia. São milhares de assassinados pelo exército israelita e onze mil presos entre as lideranças da resistência, mulheres e crianças, submetidos a humilhações e seções de tortura nas cadeias israelenses. Apesar de tudo, nesses 60 anos de ocupação da Palestina, o povo resistiu e lutou, às vezes somente com pedras na "atiradeira" e continua lutando: luta contra a ocupação; a construção do Muro da vergonha na Cisjordânia, que rouba mais terras, separa povoados, separa as famílias e as crianças de suas escolas; luta e resiste contra a limpeza étnica e os crimes de guerra praticados pelo Estado terrorista de Israel. Ao longo desse período a cidade de Gaza, uma cidade Palestina, foi brutalmente semi-destruída e foi severamente castigada por resistir e lutar contra os fascistas que matam, ocupam e roubam seus territórios: a água foi cortada, um bloqueio econômico foi imposto, as fronteiras por onde chegava ajuda internacional foram fechadas, a população foi isolada, sem eletricidade, combustível, remédios, comida e tudo o mais que torna possível a sobrevivência. Ainda assim, Gaza resistiu, construiu túneis para furar o bloqueio econômico e humanitário e se manteve no apoio à resistência dirigida pelo Hamas. Resistiram inclusive às incursões assassinas, que nunca cessaram em 60 anos, dos helicópteros Apaches e pequenos aviões de ultima geração dirigidos por controle remoto cuspindo fogo de metralhadora e matando muita gente, homens, mulheres e crianças.. Em 27 de dezembro de 2009: ISRAEL DECIDE PELA SOLUÇÃO FINAL Há duas semanas, desde 27 de dezembro, o Exército sionista submete a população palestina de Gaza a mais cruel agressão militar dos últimos tempos. A Força aérea israelita passou 8 dias despejando bombas dia e noite sobre a população. Tudo foi destruído: casas, hospitais, universidades, escolas, prédios públicos, mesquitas, redes de água e os túneis por onde passavam a comida e os remédios. No sábado, oitavo dia de agressão brutal e assassina, o Exército nazisionista marcha a caminho de Gaza para completar o Holocausto. A população, sem exército regular, resiste e é submetida a toda espécie de terror impossível de se crer. Corpos e pedaços de seres humanos palestinos se amontoam por toda a parte. As crianças são as principais vítimas desse terror nazista. Enquanto isso, os EUA e a UE dão declarações que Israel esta fazendo ações defensivas, não ofensivas. No dia 3 de janeiro, os EUA vetaram uma proposta de resolução no Conselho de Segurança da ONU, que exigia a suspensão imediata das agressões, impedindo dessa forma, como sempre, que uma ação internacional pare o Holocausto Palestino. Esses países estão defendendo o interesse das grandes corporações, da burguesia sionista americana e imperialista em manter um Estado títere e super bem armado com ogivas nucleares no Oriente Médio e por isso opta por não reconhecer o Holocausto Palestino, a chacina e o massacre de homens, mulheres e crianças, opta por não reconhecer os crimes de guerra e contra a humanidade praticados pelo Estado de Israel contra o povo palestino, também, como faz o exército americano, com a ajuda sionista, à população do Iraque. Inclui-se nesse contexto como sócios menos confiáveis os governos dos países árabes, como o Egito, a Arábia Saudita entre outros. Tratados comerciais manchados de sangue palestino estão sendo discutidos e assinados por muitos governos na América Latina, como o Brasil e o Chile. Esse Estado terrorista é um inimigo da classe trabalhadora do mundo inteiro. Israel é um exemplo claro de que a burguesia imperialista e sionista não tem mais compromissos com sua democracia liberal, com os direitos humanos ou com uma "ética moral burguesa" em lugar nenhum do mundo.
Somente nós os povos oprimidos levantaremos nossas vozes contra o holocausto palestino. Nesse sentido, os Comitês de Solidariedade juntamente com centenas de organizações do Brasil e do mundo inteiro, estão tomando as principais praças em protesto e manifestação e chamam a união de esforços no sentido de que todas as organizações e simpatizantes incorporem a Campanha de Solidariedade Internacionalista:Campanha para que cessem imediatamente os bombardeios contra Gaza;Denunciar o mais que pudermos o holocausto palestino e o caráter fascista do Estado de Israel; Todo apoio à Resitência Palestina e seu direito de lutar contra o colonizador, usurpador de suas terras; Integração à Campanha Internacional de Boicote aos produtos e corporações sionistas; Campanha contra o cancelamento do Tratado Comercial entre o Brasil e Israel; E que o Brasil rompa diplomaticamente com o Estado terrorista de Israel. Juntos na construção da Palestina Livre! Palestina para os Palestinos!Somente unidos vamos derrotar o imperialismo e o sionismo!
COMITÊ DE SOLIDARIEDADE À LUTA DO POVO PALESTINO DO RIO DE JANEIRO
Ofensiva terrestre deixa 130 membros do Hamas e cinco soldados israelenses mortos

Anja Niedringhaus/AP
Soldado israelense se protege enquanto artilharia lança mais um ataque contra alvos do grupo Hamas no sul da faixa de Gaza
Israel confirmou ainda que lançou mais de 40 bombardeios aéreos desde a madrugada desta terça-feira. Um destes ataque, informam os jornais israelenses "Jerusalem Post" e "Haaretz", atingiu um prédio em Gaza no qual estava abrigado o chefe da divisão de lançamentos de foguetes do Hamas, Ayman Sayam.
Segundo o Exército, Sayam chefia ainda o programa de artilharia do movimento radical em toda a faixa de Gaza.
Há quatro dias consecutivos, milhares de soldados israelenses enfrentam os militantes do Hamas na faixa de Gaza, a segunda etapa da grande ofensiva militar israelense iniciada no último dia 27 e que deixou mais de 500 palestinos mortos e cerca de 2.500 feridos.
Unidades de infantaria, de blindados, de engenharia e de inteligência participam na ofensiva terrestre, com o respaldo da aviação da artilharia e da marinha de guerra.
Segundo Israel, a ofensiva militar é justamente uma resposta à violação --com o lançamento constante de foguetes-- do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente no último dia 19.
Dengue: 'Quartel-general' do Rio tem salas alagadas, cheias de lixo e mofadas
A nova equipe da Secretaria Municipal de Saúde levantou que, em 2007, a verba destinada à Vigilância em Saúde, que inclui o combate à dengue, foi de 0,66% do orçamento da pasta, o que equivale a R$ 13 milhões. Foram investidos R$ 2 milhões a menos do que em 2006, quando a fatia destinada à vigilância foi de 1,07% do orçamento. Em algumas salas, o cheiro forte dificulta a permanência: inseticidas e material informativo dividem o mesmo espaço. Ontem de manhã, um funcionário tentava tirar com um rodo a água da chuva de um cômodo. A sala ao lado parecia um lixão: grande quantidade de embalagens de inseticidas, sacos plásticos, botas velhas e roupas usadas pelos técnicos estavam jogadas. “Esses produtos não podem ser descartados devido ao risco de contaminação. Têm que ser incinerados pela Feema”, disse Mauro Blanco, coordenador de vetores da secretaria.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Perversidade
Mas infelizmente não é possível não se indignar.
Vejam o que é perversidade. E depois há quem defenda o sistema.
Depois de trabalhar toda uma vida, idosos roubam para ir para a cadeia em busca de alimento e abrigo.
E isso no Japão.
E se cito o Japão é porque o país sempre foi tido como um exemplo de progresso e dinamismo para o mundo.
De menos de 10 mil em 2000, o número de detidos com mais de 65 anos hoje se aproxima de 30 mil.
É o Le Monde quem informa: “O número de idosos reconhecidos culpados de crimes de delitos se multiplicou por cinco em 20 anos. Ao mesmo tempo, essa população "apenas" duplicou, passando de 13,7 milhões para 27,5 milhões.”
Ainda de acordo com o Le Monde "antigamente os laços de sangue e comunitários serviam para limitar os desvios de comportamento. Cometer um crime significava suicidar-se socialmente. (…)Esse não é mais o caso".(…)
O estigma dos ladrões quase desapareceu".
Pobre humanidade. Numa sociedade eminentemente tradicional, o sistema acabou até “com os laços de sangue".
Idosos que trabalharam a vida toda, agora obrigados a roubar para buscar abrigo nas prisões.
Alguém poderia imaginar que um dia chegaríamos a tamanha monstruosidade?
Tornar-se descartável, quando mais necessita da solidariedade!
É doloroso e deprimente...
http://blogdobourdoukan.blogspot.com/2008/12/perversidade.html
A um passo do fim do analfabetismo

A mídia em Israel toca as trombetas da guerra

Eis como estão as coisas em Israel: opor-se à paz é sempre atitude legítima e patriótica; opor-se à guerra é traição, atitude antipatriótica e atitude que deve ser combatida. Essa semana, falando do seu programa "London & Kirschenbaum", Yaron London, apresentador, deu sinais de que a coisa está ficando difícil: "Tivemos problemas com o programa. Sabemos do amplo consenso a favor da guerra – acabar com eles, bater até que se calem. Mas também há outras vozes, não só dos israelenses-árabes, também de muitos judeus. Encontramos alguns poucos judeus que defendem o fim dos ataques, ou que jamais deveriam ter começado, e que é preciso iniciar negociações. Não é minha opinião. Minha linha é outra, e já a expus em muitos artigos. Mas é preciso ouvir as outras vozes. Falar sozinho leva sempre ao desastre. O problema é que todos têm medo. As vozes da paz estão em silêncio, porque estão aterrorizadas."
A REPETIÇÃO DE UM ERRO

A história tem mostrado que o colonialismo só sobreviveu intacto, quando a maioria dos nativos usurpados foram exterminados. Algumas vezes, como na Argélia ocupada, os colonizadores tiveram de fugir. A prosseguir a violência de Israel sem que nada a detenha, os palestinos não aceitarão nem a solução de um Estado igualitário, e os colonialistas de Israel serão forçados a sair.
Quando George Bush, presidente dos EUA, pisou pela primeira vez na Casa Branca como comandante-em-chefe, em 2001, os palestinos estavam sendo mortos na intifada de al-Aqsa. Oito anos depois, quando Bush prepara-se para sair de lá, Israel realiza um dos maiores massacres dos seus 60 anos como potência ocupante, na Palestina. Antes, como hoje, os EUA decididamente apóiam a ofensiva israelense, e dizem, até, que seria defensiva.Recentemente, um general israelense ameaçou usar força militar para obrigar Gaza a "retroceder décadas", a mesma linguagem usada antes de Israel invadir o Líbano, em 2006. Mas, apesar de Israel ter devastado o Líbano, o Hizbóllah emergiu vitorioso, e o movimento social e de resistência dos xiitas emergiu como herói do mundo árabe. Hoje, Israel está próximo de cometer erro idêntico, na luta contra o Hamás.
Prefeito participa de ação contra a dengue em Paquetá

Cerca de 280 agentes de endemia e 200 bombeiros participam da ação, além de um grupo de música que cantará marchinhas de carnaval e canções com orientações sobre como combater o mosquito. A ação em Paquetá é a primeira de uma série que deverá percorrer todos os bairros da cidade no primeiro semestre de 2009. A previsão é de que a próxima seja entre os dias 19 e 23 de janeiro, em São Francisco Xavier e no Rocha, no Grande Méier.
Plano de saúde: meta é reduzir valor pago pelo funcionalismo
Informe O Dia: Pente-fino na folha
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Estado vai pagar R$ 1,3 milhão
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Ano novo, novas lutas
A crise do sistema financeiro internacional ainda não atingiu seu ápice. Essa é a avaliação dos principais analistas de esquerda em todo o mundo. No entanto, as primeiras conseqüências da tal “marolinha”, como definiu o presidente Lula - já dão sinais da gravidade dessa crise e o que virá no próximo ano. Somente nos Estados Unidos, já são 11 milhões de desempregados atualmente. A previsão é de 25 milhões de desempregados em todo o mundo no próximo ano.
No Brasil, o cenário não é diferente: demissões, férias coletivas em montadoras, queda da produção industrial, diminuição da capacidade produtiva, queda nos empregos formais em dezembro, diminuição do consumo, etc.
A crise também tem revelado uma profunda e cínica sinceridade por parte dos capitalistas. Vide as declarações de Roger Agnelli, testa-de-ferro do capital financeiro na Vale – ex-estatal Companhia Vale do Rio Doce - exigindo flexibilização dos direitos trabalhistas. Ou os desesperados pedidos de recursos públicos, justamente pelos setores que mais especularam e absorveram dinheiro público nos últimos anos: as montadoras e o agronegócio.
É verdade que o Estado pode ser o fiel da balança desta crise. Poderia adotar medidas como a redução da jornada de trabalho, o estímulo ao mercado interno, a regulamentação do mercado financeiro e a construção de uma saída integrada com os países sul-americanos através da Alternativa Bolivariana para as Américas, como propõem a Carta dos Movimentos Sociais, entregue há duas semanas.
No entanto, infelizmente, o governo Lula parece mais disposto a salvar mais uma vez bancos, especuladores e transnacionais. O pacote de medidas do governo, anunciado há poucos dias dá um pequeno fôlego para a classe média e permite que as montadoras possam enviar mais lucros para suas matrizes falidas no exterior. Mas não consegue – ou não pretende – atingir os problemas estruturais desta crise. Mais preocupado com o projeto “Dilma 2010”, o governo parece querer salvar primeiro os habituais financiadores de campanha do que os trabalhadores.
Segundo a própria Agência Brasil, da estatal EBC, o governo federal já injetou R$ 360 bilhões para conter a “marolinha” e a maior parte destes investimentos no setor financeiro, como R$ 98 bilhões para que os bancos disponibilizassem créditos. Neste caso, os recursos não foram transformados em créditos, mas reaplicados pelos próprios bancos na compra de títulos do governo. Ou seja, voltaram para o carrossel financeiro, sem gerar empregos, nem créditos.
Porém, o governo e os empresários não são os únicos atores. Para a classe trabalhadora, a crise pode um importante momento para fazer lutas. Ou seja, representar uma saída para o descenço de massas que assola o país nos últimos anos.
As manifestações de petroleiros e movimentos sociais contra os leilões de petróleo na última semana podem ser indícios de que, finalmente, entraremos em um novo período mobolizações. Nesse sentido, é fundamental a unidade da esquerda para enfrentar a crise e defender os direitos da classe trabalhadora. Assim, vemos com bons olhos a decisão das centrais sindicais de realizarem, em janeiro, mobilizações conjuntas para defenderem os empregos de metalúrgicos. Essas iniciativias são sinais de que as lutas virão, e com elas, as conqustas.
A derrocada dos projetos de monocultivo de celulose no Sul do país, dando lugar à expansão dos assentamentos naquela região, representados na conquista da Fazenda Southall, neste mês, são sinais de que, fazendo luta, as vitórias são possíveis.
O fato é que os cenários para a crise ainda estão em aberto. Se a classe trabalhadora demonstrar unidade, clareza nos seus alvos, capacidade de organização e força de mobilização, estimulando as lutas sociais, poderemos ter uma saída pelo projeto da classe trabalhadora. Se resolver apenas antecipar o calendário eleitoral, seremos derrotados de antemão. E, se permanecermos passivos, já conhecemos a saída do capital: mais exploração, menos empregos, menos direitos. Portanto, todos à luta em 2009!
Entidades responsabilizam Estado brasileiro por política de extermínio
CONDENAÇÃO por unanimidade. Esse foi o resultado do Tribunal Popular – O Estado brasileiro no banco dos réus, realizado entre os dias 4 e 6 de dezembro na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. A iniciativa, organizada por mais de 70 entidades, julgou o Estado pela sistemática violência contra a população mais pobre, especialmente negra, e pela repressão e criminalização dos movimentos sociais. O Tribunal foi dividido em quatro sessões de instrução e uma sessão final – que apresentou o veredicto –, nas quais foram apresentados, com documentos e relatos de familiares e de amigos de vítimas, quatro casos considerados emblemáticos de violações de direitos humanos: operações militares no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em 2007; sistema carcerário e execuções de jovens negros na Bahia; execuções na periferia de São Paulo, em maio de 2006; e a criminalização dos movimentos sindicais, de luta pela terra, pelos direitos indígenas e quilombolas no Rio Grande do Sul.
BLOQUEIO E ATAQUES DE ISRAEL

O que está acontecendo em Gaza, ante nossos olhos, é a destruição de toda uma sociedade e nenhum clamor se ouve, além dos avisos da Organização das Nações Unidas (ONU), que são ignorados pela comunidade internacional. Com o bloqueio praticado por Israel, população da região (cerca da metade é composta por crianças) está sem alimentos e remédios. A análise é de Sara Roy, professora do Harvard's Center for Middle Eastern Studies.
O sítio de Gaza, por Israel, começou em 5 de novembro, um dia depois de Israel ter atacado a Faixa, ataque feito sem possibilidade de dúvida para pôr fim à trégua estabelecida em junho entre Israel e o Hamás. Embora os dois lados tenham violado antes o acordo, nunca antes acontecera qualquer violação em tão grande escala. O Hamás respondeu com foguetes, e desde então a violência não recrudesceu. Com o sítio, Israel visa a dois principais objetivos. Um, reforçar a idéia de que os palestinos são problema exclusivamente humanitário, como pedintes, mendigos sem qualquer identidade política e, portanto, sem reivindicações políticas. Segundo, impingir a questão de Gaza, ao Egito.
Nove mil vagas no estado
Rio - O próximo ano promete ser bom para os concurseiros que sonham com uma vaga no serviço público estadual. Diversas seleções já foram prometidas pelo governador Sérgio Cabral. Algumas, inclusive, já estão em andamento. A expectativa é que cerca de 9 mil vagas sejam abertas ao longo de 2009, em cargos de todos os níveis de escolaridade.
No início do mês, Sérgio Cabral anunciou a abertura de novas seleções para a área de Segurança Pública. A oferta será de 8 mil vagas: 4 mil para a Polícia Militar e outras 4 mil para a Polícia Civil. Na ocasião, o governador afirmou: “Acredito em concurso público sobretudo nas áreas essenciais”.
DISTRIBUIÇÃO
Um estudo já está sendo feito pela PM, para avaliar a distribuição das vagas pela capital e no interior e se desta vez será permitida a participação de mulheres. A previsão é que as inscrições comecem em abril e as provas sejam realizadas em junho. O concurso exige Nível Médio completo, idade entre 21 e 30 anos, carteira de motorista (B) e altura mínima de 1,68 m (descalço).
Já na Polícia Civil, Cabral disse que algumas das 4 mil vagas serão destinadas ao cargo de delegado, que exige Nível Superior em Direito e tem remuneração em torno de R$ 5 mil. “Para delegados, estamos entre 100 e 150 novos cargos. E tem mais de 4 mil vagas sendo processadas para peritos, inspetores”, anunciou. No momento, a Polícia Civil está com 300 vagas para oficial de cartório, que requer formação Superior. Inscrições no site www.concurso.fgv.br.
DETRO E DEGASE
No dia 12, Cabral e o presidente do Detro (Departamento de Transportes Rodoviários), Rogério Onofre, anunciaram um novo concurso. A Fesp já está garantida como organizadora. A oferta deve ficar em torno de 100 a 200 oportunidades — 50% a 70% serão para fiscais. A Secretaria de Fazenda também vai abrir dois concursos para fiscais, cada um com oferta de 70 vagas. Segundo o secretário Joaquim Levy, o primeiro edital sai logo no início do ano, para que em meados de 2009 os aprovados estejam trabalhando. Outro órgão com concurso previsto é o Degase. Devem ser oferecidas mais de 400 vagas.
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
Quem quiser tentar logo uma vaga no governo do estado pode aproveitar o concurso para a Procuradoria Geral do Estado, que já tem edital publicado. São oferecidas 129 vagas em cargos dos níveis Médio e Superior. Do total, 126 são para o Rio. As demais serão para lotação em Brasília. Os vencimentos iniciais, de acordo com a escolaridade, são de R$ 2.389 e R$ 2.942. As inscrições serão aceitas no período de 26 de janeiro a 13 de fevereiro, no site www.concursosfcc.com.br e nas agências credenciadas dos Correios. Na capital, por exemplo, há atendimento na Rua Primeiro de Março 64, Centro; e na Rua Almirante Cochrane 255, lojas A e B, Tijuca. Taxas de participação nos valores de R$ 70 e R$ 90. Há chances para graduados em Administração, Arquitetura, Biblioteconomia, Contabilidade, Direito, Engenharia Civil, Medicina e em diversas áreas de Informática.
Ano novo, emprego público
Rio - Os concursos federais com inscrições abertas ou que vão abrir no início do próximo ano oferecem 1.400 vagas com salários que podem chegar a R$ 8.389. Todos terão provas no Rio.
São chances para os candidatos com níveis Médio e Superior. Os interessados devem estar atentos nos prazos de inscrições e valores das taxas para não perder as oportunidades. Além de intensificar os estudos com a proximidade das provas.
As agências reguladoras, por exemplo, têm vagas para o Rio. Agência Nacional de Águas é uma das carreiras com os salários mais altos, com vencimentos iniciais de R$ 8.389. As inscrições são aceitas no site www.esaf.fazenda.gov.br, mediante pagamento de taxa de R$ 100. As oportunidades são para graduados em Administração, Arquivologia, Biblioteconomia, Ciências Contábeis e Econômicas, Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade) e Tecnologia da Informação e Comunicação, entre outros.
Quem quiser concorrer a uma das 227 vagas oferecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações deve acessar o site www.cespe.unb.br/concursos/anatel2008 até o dia 27 de janeiro. Chances para Jornalismo e Direito, entre outros.
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, prorrogou até o dia 4 de janeiro as inscrições para o concurso para 120 vagas, nos cargos de técnico, analista e pesquisador. Os profissionais vão trabalhar no Rio de Janeiro. Os salários vão de R$ 2.956,68 a R$ 7.269,67.
A crise e os pobres
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
A simbologia de um sapato

Al Zaide virou instantaneamente um herói nacional. E usou a sua arma mais potente, tanto física como simbólica: seus sapatos de sola de borracha pesados. Foi ficando cada vez mais irritado com a entrevista coletiva que Bush vinha dando, com suas mentiras habituais, ao lado do primeiro Ministro fantoche do Iraque, Nuri Al Maliki. Num determinado momento, decidiu arremessar os seus dois sapatos contra Bush. A catatonia dos presentes e mesmo da segurança presidencial foi tamanha, que ele conseguiu inclusive tempo para atirar o segundo sapato.
A frase que ele proferiu, gravada ao vivo por todas as emissoras presentes foi: “É o seu beijo de despedida do povo iraquiano, seu cachorro. Isso é pelas viúvas, órfãos e pelos que foram mortos no Iraque”. E não precisava dizer mais nada. Al Zaide mostrava-se ao mundo como o vingador dos mais de 200 mil iraquianos mortos, representava o sentimento de uma nação destruída, desmontada, aviltada, vendida, entregue à sanha imperialista e com quase toda a sua infra-estrutura destruída e vendida ao setor privado (doadas, na verdade).
Na Grécia, uma revolta anunciada
Ao contrário do que o Estado e a maioria dos meios de comunicação hipocritamente alegam, não foi uma questão de falta de treinamento dos policiais gregos que atiram sempre “acidentalmente”. Não foi uma questão de estar no lugar errado, no momento errado. O Estado grego sempre atira no alvo de propósito e com precisão. Às vezes porque, mesmo após três décadas e meia de ditadura militar e seis após a guerra civil que terminou com a derrota da esquerda, a polícia e o Estado continuam carregando uma mentalidade fascista, racista e totalitária, que gerou milhares de vítimas desde a Segunda Guerra Mundial nesta chamada terra da democracia. Às vezes apenas para praticar sua brutalidade, mostrar sua determinação e esclarecer quem é o dono do pedaço. Às vezes só para acalmar a burguesia ameaçada - dentro da sua ilusão de segurança - pela esquerda extra-parlamentar, a juventude rebelde e inconformada, pelos imigrantes famintos, “escuros” ou estranhos demais para esta sociedade conservadora e perdida entre sua realidade Balcânica-oriental e sua vontade de se mostrar ocidental.
Na mesma noite de 6 de dezembro, entre 90 minutos após a notícia ter se espalhado através de fóruns eletrônicos e celulares, centenas de estudantes e trabalhadores saíram nas ruas para protestar contra o assassinato. E nestas duas semanas, diariamente, em todo o país, as ruas das cidades são tomadas pela raiva, pela revolta, mas também pela esperança de mudar a realidade grega. Mais de 300 bancos e dezenas de lojas de empresas nacionais e transnacionais foram destruídas e queimadas, e quase todos os ministérios no centro do capital e os departamentos policias foram atacados.
A crise é grave, será prolongada e irá alterar a economia mundial
A maioria dos participantes lembrou que a atual crise era previsível em função da vasta especulação financeira que se abateu sobre a economia mundial e remete ao fim do período neoliberal dos últimos 25 anos. Foram cinco dias de intensos debates, com enfoques analíticos diversos, mas com alguns consensos, como, por exemplo, que a crise é grave, será prolongada e alterará profundamente a economia mundial.
Os economistas sugeriram algumas medidas para enfrentar a crise e que devem ser colocadas em prática imediatamente, entre as quais, a centralização e estatização do câmbio, aceleração dos investimentos públicos, revitalização dos Estados nacionais, o fim do Consenso de Washington e a integração latino-americana, não apenas econômica, mas cultural e política.
Do Roda Viva ao CQC
Os acontecimentos de 2008 e sua evolução em 2009

Boaventura de Sousa Santos
Tudo leva a crer que o ano de 2008 não termine em 31 de dezembro. O tempo inerte do calendário cederá o passo ao tempo incerto das transformações sociais. Muito do que se desencadeou em 2008 vai continuar, sem qualquer solução de continuidade, em 2009 e mais além. Analisemos algumas das principais continuidades.
“O país não pode mais contar com o BC; governo deve investir pesado no gasto social".

Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo

INVESTIMENTO NA POLÍCIA CIVIL

O governo do estado autorizou o Grupo Executivo do Programa Delegacia Legal a contratar operação de crédito no valor de R$ 157 milhões para conclusão do projeto. O dinheiro virá do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os recursos vão garantir a implantação de delegacias distritais e especializadas, casas de custódia, e Postos Regionais de Polícia Técnica (PRPTs); além da nova sede do Instituto de Criminalista Carlos Éboli (ICCE), da Casa Abrigo para mulheres vítimas de violência em São Gonçalo, e da Cidade da Polícia. Atualmente 107 delegacias já foram incorporadas ao Programa Delegacia Legal, que foi iniciado em 1999.
Na sua opinião, qual das atuais "delegacias tradicionais" deveria ser a primeira a ser transformada em "legal"?
Informe do DIA: Quem for multado por radar não aferido pode recorrer
Quem for punido com base em informações de pardais ou lombadas que não receberam a certificação poderá pedir o cancelamento da multa.
De acordo com a presidente do Ipem, Soraya Santos, é importante que as informações disponibilizadas no site sejam impressas e anexadas ao pedido.
JUSTIFICATIVA
Caso os equipamentos não tenham sido aferidos, eles serão considerados como fora das normas estabelecidas por lei, o que possibilita o recurso e a anulação da multa.
INSS volta a pagar
Rio - O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) recomeça hoje o pagamento dos benefícios do mês de dezembro. Recebem os segurados que ganham até um salário mínimo (R$ 415) e têm cartão de pagamento de final 3, sem considerar o dígito.
Segundo o Ministério da Previdência Social, o pagamento não foi liberado no dia 24 para evitar o acúmulo de pessoas nas agências bancárias na véspera do Natal, quando o horário de atendimento nas instituições foi reduzido a duas horas. Aposentados e pensionistas com cartão de finais 1 e 2 tiveram os benefícios antecipados em dois dias — receberam nos dias 22 e 23 deste mês.
O ministro da Previdência, José Pimentel, destaca que as datas em que o expediente bancário ocorre em horário reduzido não são consideradas dias úteis para a liberação dos depósitos.
Menos verba federal para as escolas do Rio de Janeiro
Rio - Escolas municipais e estaduais do Rio de Janeiro vão receber menos recursos do Governo federal em 2009. O Censo Escolar da Educação Básica de 2007, principal referência para o financiamento de todos os programas educacionais do Ministério da Educação (MEC), registrou queda de 8% no número de matrículas. Os dados estão reunidos na Sinopse Estatística da Educação Básica 2007, com base no Censo Escolar nas escolas públicas e particulares.
Em 2007, o estado do Rio matriculou 3,8 milhões de crianças e jovens na Educação Básica, o que corresponde a uma redução de 8% em relação a 2006, quando foram registradas 4,2 milhões de matrículas. Como o repasse é feito de acordo com o total de alunos na rede pública, na ponta do lápis significa menos dinheiro em sala de aula.
O Censo Escolar serve de base para transferências de recursos da União para ONGs, estados e municípios. Entre eles, o PNAE (Programa de Alimentação Escolar), PDDE (Dinheiro Direto na Escola), PNATE (Transporte Escolar) e PAED (Portadores de Necessidades Especiais).
Estado anuncia recadastramento de aposentados
Rio - Em 2009, o Rio Previdência, em parceria com a Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão, vai iniciar o recadastramento de todos os aposentados e pensionistas do Estado do Rio. O projeto está em fase de estudo. O objetivo é atualizar os dados, mas o presidente do Rio Previdência, Wilson Risolia, faz questão de destacar que tudo será feito de forma a não prejudicar pensionistas ou aposentados: “Vamos preparar um esquema especial para receber as pessoas. Quem não tiver condições para ir ao nosso encontro vai receber em casa a visita de membros da nossa equipe, que estarão capacitados para tirar as dúvidas e atender a todos”.Risolia também anunciou que, no primeiro trimestre de 2009, o Rio Previdência vai abrir um dos principais postos de atendimento na Cidade do Rio. A nova agência, que provavelmente será na Avenida Rio Branco, vai oferecer a mesma estrutura moderna e informatizada disponível nos postos reformados este ano. Segundo o secretário estadual de Fazenda, Joaquim Levy, o novo posto terá o nível que todos os servidores e pensionistas merecem. O presidente do Rio Previdência também garantiu que, em 2009, todas as agências no Estado do Rio serão reformadas.
Outra iniciativa da instituição será a elaboração de um projeto que visa criar um plano de cargos e salários para os 400 servidores do Rio Previdência. Se aprovado, o plano pode começar a valer em 2010. A idéia é criar um estímulo entre os funcionários e garantir remunerações mais justas. Durante a reunião institucional dos funcionários do Rio Previdência, realizada no auditório da Caixa Econômica Federal, a equipe divulgou um vídeo que futuramente será distribuído para as secretarias. O ‘Rio Prev TV’ mostra os principais serviços oferecidos e também as respostas para as dúvidas mais freqüentes dos inativos.
Além de Levy, participaram da reunião o vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, o secretário de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa, o secretário da Casa Civil, Regis Fichtner, e o superintendente da Caixa Econômica Federal, José Domingos Vargas.
Picciani sugere divulgar salários pela internet
O tema foi abordado quando o presidente da Alerj defendeu seu projeto de lei que obriga agentes públicos a apresentar à Comissão de Orçamento da Alerj declarações de bens com fonte de renda. A proposta aguarda a sanção do governador Sérgio Cabral.
"Já li depoimentos de pessoas ligadas ao Judiciário dizendo que vão entrar na Justiça contra o projeto. Se isto acontecer, vou defender a divulgação da nossa folha salarial pela Internet, para darmos o exemplo, e vou propor que façam o mesmo", disse Picciani, antes de afirmar que as declarações entregues à Alerj não serão divulgadas.
"Vamos respeitar o sigilo fiscal, mas precisamos destas informações na hora de votar um orçamento ou de avaliar, por exemplo, um projeto de aumento salarial", argumentou.
Estado deve garantir direito à saúde no trabalho
Segundo o relatório, vivemos atualmente um momento histórico por conta do colapso do sistema capitalista que trará profundas repercussões sobre o mundo do trabalho. Um dos desafios enfrentados pelos trabalhadores dá-se na construção de sistemas próprios de informação, que permitam contrastar a informação produzida por organismos internacionais como a OMS, OPS e OIT.
domingo, 14 de dezembro de 2008
MUSPE - Dia 16 de dezembro Servidores Estaduais realizam a Ceia da Miséria na Cinelândia e convoca todos à participarem.
Região de Chico Mendes ainda é ameaçada pela devastação
Assembléia aprecia emendas
As emendas foram publicadas no Diário Oficial do Poder Legislativo que circulou ontem. Elas são divididas entre as de prioridade, que não trazem valores, e as de despesa, que têm a garantia do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) de que serão cumpridas até o teto de R$ 1 milhão.
"Conseguimos, mais uma vez, que o Governo assumisse compromisso com as emendas de R$ 1 milhão, que vêm sendo cumpridas. Elas asseguram aos parlamentares condições reais de auxílio a seus municípios de origem e o desenvolvimento de áreas prioritárias, como Saúde e Educação", defende Edson Albertassi.
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Polícia prende seis empresários por sonegação fiscal
Os presos foram levados para delegacia de Serviços Delegados, em São Cristóvão, Zona norte. De acordo com o delegado Eduardo Freitas, os mandados serão cumpridos em endereços nobres, como condomínios de luxo na Barra da Tijuca.
Venezuela e Cuba reafirmam laços em visita de Raúl Castro
De terno cinza e óculos escuros, Castro foi recebido com as devidas honras de chefe de Estado pelo presidente Hugo Chávez, para posteriormente se reunirem e discutir novos acordos bilaterais entre a ilha e seu principal sócio comercial.
O visitante elogiou os mecanismos de integração alcançados nos últimos anos entre as duas nações e agradeceu a Chávez sua solidariedade com a revolução cubana, que disse ter permitido superar os anos difíceis do embargo dos Estados Unidos.
- Ele se deve não somente à nossa unidade e espírito de resistência, mas também ao decisivo apoio recebido da Venezuela bolivariana - disse durante um ato protocolar.
A Arrogância Colonialista
Conforme disse o próprio ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Angel Moratinos, Aznar deu ordens ao embaixador da Espanha em Caracas para que apoiasse o golpe contra Chávez em 2002. Com o presidente eleito preso pelos golpistas, o embaixador foi o primeiro a cumprimentar o empresário Pedro Carmona, que, também com o entusiasmado aplauso do representante dos Estados Unidos, tomava posse do governo, para ser desalojado do Palácio de Miraflores horas depois.
Não se pode pedir a Chávez que trate bem o ex-primeiro ministro espanhol, embora talvez lhe tivesse sido melhor ignorá-lo no encontro de Santiago. Mas, como comentou, na edição de ontem de El País, o jornalista Peru Egurdide, há um crescente mal-estar na América Latina com a presença econômica espanhola, identificada como “segunda conquista”. A Espanha opera hoje serviços como os bancários, de água, energia, telefonia e estradas, que não satisfazem os usuários. Ainda na noite de sexta-feira, em reunião fechada, Lula e Bachelet trataram do assunto com Zapatero, de forma veemente - longe dos jornalistas.
Mas se Chávez, mestiço venezuelano, homem do povo, fugiu à linguagem diplomática, o rei Juan Carlos foi imperial e grosseiro, ao dizer-lhe que se calasse. O rei, criado por Franco, tem deixado a majestade de lado para intervir cada vez mais na política espanhola - conforme o El País critica em seu editorial de ontem. Em razão disso, as reivindicações federalistas dos povos espanhóis (sobretudo dos catalães e dos bascos) se exacerbam e indicam uma tendência para a forma republicana de governo. Pequenos episódios revelam o conflito latente entre os espanhóis e seu rei. Já em 1981, quando do frustrado golpe contra o Parlamento Espanhol, o comportamento de sua majestade deixou dúvidas. Ele levou algumas horas antes de se definir pela legalidade democrática. Para muitos, o golpe chefiado por Millan del Bosch pretendia que todos os poderes fossem conferidos a Juan Carlos, em um franquismo coroado.
Os dirigentes latino-americanos tentarão, diplomaticamente, amenizar a repercussão do estrago, mas o “cala a boca” de Juan Carlos doeu em todos os homens honrados do continente. O rei atuou com intolerável arrogância, como se fossem os tempos de Carlos V ou Filipe II. A linguagem de Zapatero foi de outra natureza: pediu a Chávez que moderasse a linguagem. Como súdito em um regime monárquico, não pôde exigir de Juan Carlos o mesmo comportamento - o que seria lógico no incidente.
Durante os últimos anos de Franco, a oposição republicana espanhola se referia ao príncipe com certo desdém, considerando-o pouco inteligente. Na realidade, ele nada tinha de bobo, mas, sim, de astuto, vencendo outros pretendentes ao trono e assumindo a chefia do Estado. Agora, no entanto, merece que a América Latina lhe devolva, e com razão, a ofensa: é melhor que se cale. (Transcrito do Jornal do Brasil de 12/11/2007)