terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O Desabafo de um professor... a toda sociedade.

Carta aberta à futura Secretária de Educação do Rio de Janeiro, Cláudia Costin por Declev Dib-Ferreira em Brasil - país dos absurdos, Desabafo, Educação, Opinião, Política, Reflexões.
Prezada Claudia,
Sou funcionário do município do Rio, professor de Ciências.
Tenho este cargo por mérito próprio, por passar em um concurso, há quase 5 anos - não tenho cargo por indicação política.
Li uma matéria com uma entrevista sua no O Globo, dia 08 de novembro de 2008, página 18. Na ocasião, algumas frases e propostas me chamaram a atenção. Tanto pela inocência quanto pela maldade das mesmas.
Gostaria de, mui respeitosamente, discutir alguns pontos. Vejamos…
1- Você diz que pretende "investir na qualificação de professores, que poderão ganhar computadores portáteis".
Eu agradeço muito o computador, porque estou precisando, pois o meu pifou. Mas isso, sinceramente, não creio que seja investir na qualificação do professor. Já tive a oportunidade de escrever sobre isso por aqui, quando da mesma compra pelo Estado. Tenho um amigo que ficará com 5 computadores portáteis em casa e não sabe o que fazer com tantos. Ele e a esposa são professores, ambos do Estado e da prefeitura do Rio. Já tinham um, ambos ganharam do estado e ambos ganharão da prefeitura. Professores, cara futura Secretária, querem salário decente. Com ele podem comprar seus próprios computadores. E muitos já o fizeram, pois o preço baixou bastante. Eu mesmo ia comprar um - como eu disse, o meu pifou - mas não vou. Estou esperando ganhar. Mas preferia um bom aumento de salário para comprar o que eu próprio escolhesse e ainda aumentar minha renda.
2 - Você faz uma pergunta: "Por que uma cidade que tem tantos mestres e doutores de qualidade não consegue fazer um Ideb compatível com os de países desenvolvidos?". O Demétrio Weber já respondeu, mas eu insisto em te responder esta pergunta também. E o principal motivo é simples: porque mesmo sendo mestres ou doutores de qualidade, temos que trabalhar em dois, três, quatro ou mesmo em cinco lugares diferentes pra poder somar renda e ter um salário "compatível com os de países desenvolvidos"!!! Sem contar as condições em que trabalhamos, Secretária, que nem de longe é "compatível com os de países desenvolvidos".
A pergunta seria ao contrário: "por que não tratamos como os países desenvolvidos os nossos tantos mestres e doutores de qualidade?".
3 - Por fim, sua maior pérola, a frase "Quando um aluno é reprovado, é sinal que o professor falhou".
Fico muito, muito, muito apreensivo que uma pessoa que tenha este pensamento venha a coordenar a maior rede municipal da América Latina.
Pra facilitar o entendimento da minha lógica - que pode ser muito profunda pra quem nunca entrou numa sala de aula do ensino fundamental de uma escola encravada numa favela - farei um paralelo com o médico.
Imaginemos uma pessoa que desde que nasce não tem cuidados médicos, não se cuida, não faz exercícios, não se alimenta direito, bebe, fuma, é sedentário, estressado etc. Essa pessoa passa mal e vai ao médico. O médico receita remédios e faz uma série de recomendações dizendo que, se não seguir, ele pode morrer.
O doutor marca uma nova consulta para daqui a alguns meses, para verificar o seu progresso.
A pessoa não fez nada do que o médico receitou e ainda faltou à consulta. Passa mal de novo e vai ao médico. O doutor dá uma bronca, faz as mesmas recomendações, passa as receitas novamente, marca uma nova consulta.
O paciente, mais uma vez (ou muitas vezes), não faz o que o médico manda e morre. O médico falhou? Pela sua lógica, "quando um paciente morre, é sinal que o médico falhou". Oras… garanto que neste caso a senhora achará que o culpado é o paciente, já que o médico fez de tudo para salvá-lo…
Será que o professor também não o faz? Mas vamos examinar o nosso caso.
Por partes e desde o início.
a) quando a criança foi concebida, quem falhou foram os pais, que souberam gozar, mas não evitar a gravidez;
b) quando a moça estava grávida falharam ela, o pai, a família e o Estado(assistência social, hospitais), que não deram a ela e ao feto um pré-natal decente - ou mesmo nenhum pré-natal;
c) quando ele nasceu e era um bebê cheio de necessidades falharam os pais que colocaram no mundo uma criança sem ter condições mínimas de criá-lo e falhou o Estado (segurança alimentar) em não dar a ele o que necessitava para seu pleno desenvolvimento;
d) quando ele era uma criança falhou o Estado mais uma vez por não oferecer a ele apré-escola, tão importante no desenvolvimento intelectual e psicomotor nesta idade. Não obstante este ser um direito garantido pela Constituição Federal: Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: IV - atendimento em creche epré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
e) nesta mesma idade e até tornar-se o adolescente ao qual a senhora se refere - aluno do fundamental - falham o Estado, as polícias, os bandidos, os "filhinhos de papai", os atores da Globo, os artistas e todos aqueles que usam drogas, ao condená-lo a viver em um local extremamente violento, com disputas entre facções rivais, com invasões desumanas de policiais em suas casas e um cotidiano de estatísticas piores que de guerras;
f) quanto à sua moradia, falham os políticos "filhos da puta", o Estado (habitação), os empresários, os especuladores, por fazê-lo viver em submoradia, sem o mínimo de conforto, sem espaço para ele, com uma densidade demográfica japonesa dentro de sua casa;
g) falhamos publicitários que mentem para que ele não seja ninguém se não tiver o que ele não pode ter;
h) falham as emissoras de televisão ao entrarem diariamente em contato com ele com imbecilidades que não ajudam em nada seu intelecto;
i) falhamos empresários de ônibus que o restringe de andar pela cidade por conta do preço da passagem e do péssimo serviço que oferecem;
j) falhamos locais culturais que são inacessíveis a ele (inacessíveis financeiramente ou mesmo barreira-cultural-invisivelmente);
k) falha a sociedade como um todo que o quer longe;
l) falha a estrutura da escola que só o tem em um pequeno período do dia, deixando-o nas ruas no resto das 24h;
m) falha o Corpo de Bombeiros que carrega bandidos carnavalescos desfilando em carro aberto pelas cidades, ao mostrar que quem tem valor é quem tem dinheiro, não importa de onde vem;
n) falhamos jornais de grande circulação que estampam nas primeiras páginas, praticamente todos os dias, as fotos ecolunas de fofocas de traficantes e outros bandidos – inclusive tenho um ODia que tem a primeira capa toda falando do casamento de um traficante - glorificando quem é bandido, mostrando a ele que esse é o caminho;
o) falha o Conselho Tutelar ao super proteger mesmo quando fazem merda, nada fazendo e não mostrando que além de direitos também tem obrigações;
p) falham as editoras de revistas que só colocam a preço de quase nada as revistas mais imbecis que existem, com fofocas e coisas do gênero;
Enfim, apesar de a Constituição prever que "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade" (Art. 205), a senhora vem me dizer que "quando um aluno é reprovado, é sinal que o médico professor falhou"?
Francamente. É justamente o professor que está lá dentro, cara futura secretária de educação, com o aluno, diariamente, tentando fazer com que ele estude, com que ele dê valor ao estudo, com que ele aprenda!
Veja pelos exemplos abecedários que dei em cima, que o professor é praticamente o único que quer que ele seja alguém pela educação; o professor que dá valor ao estudo; o professor que luta contra toda a merda que a sociedade faz com ele desde antes dele nascer, para que ele se salve. Veja, prezada futura, o que diz a Constituição Federal:
>CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS:
Art.6º. São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Quais destes direitos o Estado - do qual você tem íntima relação, a ver pelos cargos que já ocupou - oferece ao aluno - e com qualidade? Quase nenhum, né?
E você vem me dizer que é o professor que falha, como se só o que fazemos em sala de aula é o que conta, é o que faz um aluno ter sucesso ou não??? Francamente.
Assinado: Um professor mestre doutorando que tem diversos empregos e mesmo assim luta para que seus alunos possam superar toda a merda que a sociedade faz com eles para que possam ser alguém na vida e que, justamente por se sentir incapaz de fazer isso com o que o Estado lhe oferece, não acredita em reprovação.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

NÃO HÁ O QUE DISCUTIR!

Impressionante!Milhares de artigos tentam justificar os “dois lados do conflito”.Não há o que justificar.É simples: de um lado, está a Palestina invadida e ocupada há 60 anos. De outro, europeus invasores.Não há o que discutir!É simples assim!!!E quem diz isso são os fundadores de israel.Leiam, abaixo, Bem Gurion, e tirem vocês suas conclusões.

UMA VERDADE HISTÓRICA!


“… Porque haveriam os árabes de querer a paz? Se eu fosse um líder árabe nunca iria parlamentar com Israel. É óbvio: nós ocupamos a terra deles. É certo que Deus tinha-no-la prometido, mas que significa isso para eles?(...)Houve o anti-semitismo, os nazis, o Hitler, Auschwitz, mas que culpa tiveram eles? Os árabes apenas vêem uma coisa: que viemos para aqui, que roubamos as suas terras. Porque haveriam de aceitar tal coisa?...”
Ex-Primeiro ministro David Ben Gurion - um dos fundadores do estado de israel.

Gaza: crimes contra a humanidade não podem continuar impunes


Por que os responsáveis pelo banho de sangue na Faixa de Gaza permanecem impunes?

A barbárie que Israel vem cometendo na Faixa de Gaza precisa ter uma pronta resposta da comunidade internacional. A partir de agora, não bastam apenas notas oficiais que não produzem resultados concretos. Pressionado, Israel comprometeu-se a interromper os bombardeios por três horas diárias. Seria cômico se não fosse trágico.

E quais poderiam ser as medidas? O Mercosul firmou recentemente um acordo comercial com Israel, então, por que não suspendê-lo em represália aos crimes contra a humanidade em Gaza? Cada governo decidiria se romperia ou não relações diplomáticas com Israel. O da República Bolivariana da Venezuela já deu uma resposta expulsando os representantes diplomáticos e rompendo relações com Israel.

O que não é mais possível é o mundo assistir impassível o que está acontecendo. Na época do apartheid da então racista África do Sul, a comunidade internacional reagiu de forma concreta, sancionando o regime racista .

Na verdade, mais de 60 anos depois do pesadelo do Terceiro Reich, o Ocidente continua respaldando Israel em tudo, numa espécie de complexo de culpa pelo o que aconteceu com os judeus naquele período. Certamente, o que aconteceu não pode ser esquecido, mas daí a aceitar passivamente que os oprimidos de ontem, ou os parentes das vítimas do Holocausto, vistam a camisa do opressor nazista e repitam o que está sendo feito contra um povo sem pátria e vivendo em condições subumanas, como os palestinos, vai uma grande diferença.

Esse conflito iniciado na primeira metade do século passado se prolonga até hoje e agora com mais radicalidade. E nesta guerra desproporcional, civis são os que mais sofrem. O bombardeio israelense contra escolas mantidas pela Organização das Nações Unidas em campos de refugiados palestinos de Gaza é, de fato, um crime contra a humanidade. Deve ser apurado com o máximo rigor. Representantes da ONU garantem que Israel tinha sido avisado sobre o perigo que acarretaria uma incursão naquela área e que por lá não havia combatentes do Hamas. Israel justifica o injustificável afirmando que o local tinha se tornado campo de combate. A ONU é um organismo abalizado e não afirmaria dessa forma se não tivesse certeza sobre o fato.

Diante deste quadro tenebroso, uma comissão internacional deveria ser formada imediatamente para apurar mais uma vez o que aconteceu. Os responsáveis por este crime contra a humanidade deveriam então ser submetidos a um tribunal internacional. Não é mais possível que continue a impunidade, até porque a impunidade estimula novas violências e crimes contra a humanidade.

Depois da Segunda Guerra Mundial, os nazistas responsáveis por crimes contra a humanidade foram julgados e devidamente condenados. Nos dias de hoje, existe um Tribunal internacional para julgar violações dos direitos humanos. Recentemente, foi preso depois de muitos anos foragido - e agora será julgado - um comandante sérvio de nome Radovan Karadzic acusado de ser o responsável por inúmeros crimes nos conflitos étnicos em áreas da antiga Iugoslávia. Slobodan Milosevic, o homem forte da Iugoslávia, preso e enfrentando um processo de julgamento acabou morrendo na prisão, mas certamente seria considerado culpado. Outros acusados de responsabilidade em violações de direitos humanos enfrentam tribunais. Por que então os responsáveis pelo banho de sangue na Faixa de Gaza permanecem impunes?

Por que os sucessivos governos dos Estados Unidos assim o querem?

Mário Augusto Jakobskind é jornalista, correspondente no Brasil do semanário uruguaio Brecha. Foi colaborador do Pasquim e integra o Conselho Editorial do jornal Brasil de Fato.
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/analise/gaza-crimes-contra-a-humanidade-nao-podem-continuar-impunes

Estado vai pagar R$ 23 milhões

Rio - O governo do estado vai pagar este ano R$ 23 milhões em DEAs (Dívidas de Exercícios Anteriores), por meio de folha suplementar, a 4.550 funcionários da Faetec — docentes e pessoal administrativo. O período dessas dívidas é relativo aos anos de 1998 a 2007.

O estado vem trabalhando há dois anos para pagar as dívidas com esse grupo de servidores — a folha de pagamento foi atualizada e implantada a partir de janeiro de 2008. Em novembro do ano passado, foram creditados R$ 2,3 milhões na conta dos funcionários, para acertar as pendências do período de 1997 a 2003. Na ocasião, foram beneficiados 2.159 funcionários. Essa nova etapa complementa a anterior e chega até 2007.

Os acertos que serão pagos este ano, de acordo com o fluxo financeiro do estado, inclui os casos de progressão funcional (por tempo de serviço e por titulação), triênios, abonos de faltas, complementação de servidores cedidos da Secretaria Estadual de Educação e diferenças admissionais, entre outros. Conforme levantamento solicitado pela Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia à Faetec, em 2007, os dois processos que foram pagos anteriormente pelo governo encerraram as pendências financeiras existentes na fundação.

http://odia.terra.com.br/economia/htm/estado_vai_pagar_r_23_milhoes_222809.asp

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

VIGILIA E ATO PÚBLICO NA CINELÂNDIA

Concentração na Cinelândia à partir das 15h Carro de som NO CentroATO PUBLICO ÀS 17 horas
Solicitamos o apoio das diversas organizações do movimento popular, associações árabes e sindicatos para ajudar na convocatória e assim garantir um ato de solidariedade expressivo.É importante recordar que o mês de Janeiro é particularmente ingrato para manifestações, dado o número de militantes, sindicalistas e estudantes de férias.As organizações ou sindicatos que puderem construir seus próprios panfletos convocatórios e organizar panfletagens devem fazê-lo. A comunidade árabe e mulçumana do Estado deve ser mobilizada.Vamos construir um ATO INTERNACIONALISTA que mobilize a população do Rio de janeiro para solidariedade com o povo palestino.
Comitê de Solidariedade à luta do povo Palestino do Rio de Janeiro
Acompanhe os acontecimentos pelo Blog Nacional : Somostodospalestinos.blogspot.com
Manifesto convocatório:
HOLOCAUSTO PALESTINO
Quando as Nações Unidas – ONU – votaram a criação de um Estado Judeu, em 1948, deram início à tragédia palestina. Os massacres, a destruição de aldeias inteiras e a expulsão, pelo terror sanguinário dos grupos sionistas armados, do território natal dão espaço à construção de colônias israelitas estrangeiras que não paravam de chegar à Palestina , com o objetivo da formação de um Estado confessional e apagar do mapa a memória, a língua e a história de um povo inteiro, o povo palestino. Os árabes chamam esse triste dia de maio de 1948 de Nakba – a Tragédia. Essa estratégia de ocupação chama-se "limpeza étnica". Para implementar sua política genocida e fascista, o Estado de Israel conta no campo econômico e militar com seu sócio principal, a burguesia americana e imperialista. Conta com 800 ogivas nucleares de última geração e as mais modernas e sofisticadas armas de destruição em massa. Esse poderio militar descomunal e a política de extermínio físico do povo palestino garantiram a Israel a apropriação de cerca de 92% do território da Palestina histórica, onde os sionistas construíram um Estado militarizado, teocrático, racista e terrorista sobre os escombros das casas, mesquitas, igrejas e, principalmente, do sangue da população palestina. O resultado são mais de seis milhões de palestinos vivendo em condições precárias de sobrevivência em Campos de Refugiados nos países que fazem fronteiras com sua terra ocupada, como o Líbano, a Síria, a Jordânia. São milhares de assassinados pelo exército israelita e onze mil presos entre as lideranças da resistência, mulheres e crianças, submetidos a humilhações e seções de tortura nas cadeias israelenses. Apesar de tudo, nesses 60 anos de ocupação da Palestina, o povo resistiu e lutou, às vezes somente com pedras na "atiradeira" e continua lutando: luta contra a ocupação; a construção do Muro da vergonha na Cisjordânia, que rouba mais terras, separa povoados, separa as famílias e as crianças de suas escolas; luta e resiste contra a limpeza étnica e os crimes de guerra praticados pelo Estado terrorista de Israel. Ao longo desse período a cidade de Gaza, uma cidade Palestina, foi brutalmente semi-destruída e foi severamente castigada por resistir e lutar contra os fascistas que matam, ocupam e roubam seus territórios: a água foi cortada, um bloqueio econômico foi imposto, as fronteiras por onde chegava ajuda internacional foram fechadas, a população foi isolada, sem eletricidade, combustível, remédios, comida e tudo o mais que torna possível a sobrevivência. Ainda assim, Gaza resistiu, construiu túneis para furar o bloqueio econômico e humanitário e se manteve no apoio à resistência dirigida pelo Hamas. Resistiram inclusive às incursões assassinas, que nunca cessaram em 60 anos, dos helicópteros Apaches e pequenos aviões de ultima geração dirigidos por controle remoto cuspindo fogo de metralhadora e matando muita gente, homens, mulheres e crianças.. Em 27 de dezembro de 2009: ISRAEL DECIDE PELA SOLUÇÃO FINAL Há duas semanas, desde 27 de dezembro, o Exército sionista submete a população palestina de Gaza a mais cruel agressão militar dos últimos tempos. A Força aérea israelita passou 8 dias despejando bombas dia e noite sobre a população. Tudo foi destruído: casas, hospitais, universidades, escolas, prédios públicos, mesquitas, redes de água e os túneis por onde passavam a comida e os remédios. No sábado, oitavo dia de agressão brutal e assassina, o Exército nazisionista marcha a caminho de Gaza para completar o Holocausto. A população, sem exército regular, resiste e é submetida a toda espécie de terror impossível de se crer. Corpos e pedaços de seres humanos palestinos se amontoam por toda a parte. As crianças são as principais vítimas desse terror nazista. Enquanto isso, os EUA e a UE dão declarações que Israel esta fazendo ações defensivas, não ofensivas. No dia 3 de janeiro, os EUA vetaram uma proposta de resolução no Conselho de Segurança da ONU, que exigia a suspensão imediata das agressões, impedindo dessa forma, como sempre, que uma ação internacional pare o Holocausto Palestino. Esses países estão defendendo o interesse das grandes corporações, da burguesia sionista americana e imperialista em manter um Estado títere e super bem armado com ogivas nucleares no Oriente Médio e por isso opta por não reconhecer o Holocausto Palestino, a chacina e o massacre de homens, mulheres e crianças, opta por não reconhecer os crimes de guerra e contra a humanidade praticados pelo Estado de Israel contra o povo palestino, também, como faz o exército americano, com a ajuda sionista, à população do Iraque. Inclui-se nesse contexto como sócios menos confiáveis os governos dos países árabes, como o Egito, a Arábia Saudita entre outros. Tratados comerciais manchados de sangue palestino estão sendo discutidos e assinados por muitos governos na América Latina, como o Brasil e o Chile. Esse Estado terrorista é um inimigo da classe trabalhadora do mundo inteiro. Israel é um exemplo claro de que a burguesia imperialista e sionista não tem mais compromissos com sua democracia liberal, com os direitos humanos ou com uma "ética moral burguesa" em lugar nenhum do mundo.
Somente nós os povos oprimidos levantaremos nossas vozes contra o holocausto palestino. Nesse sentido, os Comitês de Solidariedade juntamente com centenas de organizações do Brasil e do mundo inteiro, estão tomando as principais praças em protesto e manifestação e chamam a união de esforços no sentido de que todas as organizações e simpatizantes incorporem a Campanha de Solidariedade Internacionalista:Campanha para que cessem imediatamente os bombardeios contra Gaza;Denunciar o mais que pudermos o holocausto palestino e o caráter fascista do Estado de Israel; Todo apoio à Resitência Palestina e seu direito de lutar contra o colonizador, usurpador de suas terras; Integração à Campanha Internacional de Boicote aos produtos e corporações sionistas; Campanha contra o cancelamento do Tratado Comercial entre o Brasil e Israel; E que o Brasil rompa diplomaticamente com o Estado terrorista de Israel. Juntos na construção da Palestina Livre! Palestina para os Palestinos!Somente unidos vamos derrotar o imperialismo e o sionismo!
COMITÊ DE SOLIDARIEDADE À LUTA DO POVO PALESTINO DO RIO DE JANEIRO

Ofensiva terrestre deixa 130 membros do Hamas e cinco soldados israelenses mortos


O Exército de Israel informou nesta terça-feira que matou 130 combatentes do movimento islâmico radical Hamas desde o início da ofensiva terrestre na faixa de Gaza, no sábado passado (3). Segundo a imprensa israelense, os combates em terra com o Hamas deixaram ainda cinco soldados israelenses mortos, quatro deles por fogo amigo.
"Durante os últimos dois dias, pelo menos 130 terroristas do Hamas morreram em combates com o Exército na faixa de Gaza", afirma um comunicado militar.
Anja Niedringhaus/AP
Soldado israelense se protege enquanto artilharia lança mais um ataque contra alvos do grupo Hamas no sul da faixa de Gaza
Israel confirmou ainda que lançou mais de 40 bombardeios aéreos desde a madrugada desta terça-feira. Um destes ataque, informam os jornais israelenses "Jerusalem Post" e "Haaretz", atingiu um prédio em Gaza no qual estava abrigado o chefe da divisão de lançamentos de foguetes do Hamas, Ayman Sayam.
Segundo o Exército, Sayam chefia ainda o programa de artilharia do movimento radical em toda a faixa de Gaza.
Há quatro dias consecutivos, milhares de soldados israelenses enfrentam os militantes do Hamas na faixa de Gaza, a segunda etapa da grande ofensiva militar israelense iniciada no último dia 27 e que deixou mais de 500 palestinos mortos e cerca de 2.500 feridos.
Unidades de infantaria, de blindados, de engenharia e de inteligência participam na ofensiva terrestre, com o respaldo da aviação da artilharia e da marinha de guerra.
Segundo Israel, a ofensiva militar é justamente uma resposta à violação --com o lançamento constante de foguetes-- do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente no último dia 19.
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Dengue: 'Quartel-general' do Rio tem salas alagadas, cheias de lixo e mofadas

Rio - Insalubre e subumano: foi assim que o novo secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, classificou as condições de trabalho no Centro de Controle de Vetores, em São Cristóvão, local que deveria ser o ‘quartel-general’ contra a dengue no Rio. Nos almoxarifados onde são guardados materiais usados no combate à doença, as paredes estão repletas de mofo; os telhados, desabando, e o piso, alagado.
A nova equipe da Secretaria Municipal de Saúde levantou que, em 2007, a verba destinada à Vigilância em Saúde, que inclui o combate à dengue, foi de 0,66% do orçamento da pasta, o que equivale a R$ 13 milhões. Foram investidos R$ 2 milhões a menos do que em 2006, quando a fatia destinada à vigilância foi de 1,07% do orçamento. Em algumas salas, o cheiro forte dificulta a permanência: inseticidas e material informativo dividem o mesmo espaço. Ontem de manhã, um funcionário tentava tirar com um rodo a água da chuva de um cômodo. A sala ao lado parecia um lixão: grande quantidade de embalagens de inseticidas, sacos plásticos, botas velhas e roupas usadas pelos técnicos estavam jogadas. “Esses produtos não podem ser descartados devido ao risco de contaminação. Têm que ser incinerados pela Feema”, disse Mauro Blanco, coordenador de vetores da secretaria.
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sábado, 3 de janeiro de 2009

Perversidade

Sei que esse não é o tipo de informação que muita gente gostaria de ler às vésperas de Natal e Ano Novo.
Mas infelizmente não é possível não se indignar.
Vejam o que é perversidade. E depois há quem defenda o sistema.
Depois de trabalhar toda uma vida, idosos roubam para ir para a cadeia em busca de alimento e abrigo.
E isso no Japão.
E se cito o Japão é porque o país sempre foi tido como um exemplo de progresso e dinamismo para o mundo.
De menos de 10 mil em 2000, o número de detidos com mais de 65 anos hoje se aproxima de 30 mil.
É o Le Monde quem informa: “O número de idosos reconhecidos culpados de crimes de delitos se multiplicou por cinco em 20 anos. Ao mesmo tempo, essa população "apenas" duplicou, passando de 13,7 milhões para 27,5 milhões.”
Ainda de acordo com o Le Monde "antigamente os laços de sangue e comunitários serviam para limitar os desvios de comportamento. Cometer um crime significava suicidar-se socialmente. (…)Esse não é mais o caso".(…)
O estigma dos ladrões quase desapareceu".
Pobre humanidade. Numa sociedade eminentemente tradicional, o sistema acabou até “com os laços de sangue".
Idosos que trabalharam a vida toda, agora obrigados a roubar para buscar abrigo nas prisões.
Alguém poderia imaginar que um dia chegaríamos a tamanha monstruosidade?
Tornar-se descartável, quando mais necessita da solidariedade!
É doloroso e deprimente...
http://blogdobourdoukan.blogspot.com/2008/12/perversidade.html

Uma outra relidade que persiste!!!


A um passo do fim do analfabetismo


BOLÍVIA Com a ajuda de Cuba e Venezuela, governo do presidente Evo Morales anunciará, no dia 20, que no seu país todos sabem ler e escrever
NO DIA 20, a Bolívia se tornará o terceiro país da América Latina a erradicar o analfabetismo. O primeiro foi Cuba, em 1961. Depois, foi a vez da Venezuela, em 2005. E, justamente com a ajuda de cubanos e venezuelanos, o governo do presidente Evo Morales, em menos de três anos, pôde ensinar 820 mil pessoas a ler e escrever. O método utilizado foi o Yo, sí puedo, criado pela Revolução Cubana, que também contribuiu com assessores e equipamentos. Na entrevista a seguir, o cubano Javier Labrada Rosabal e o boliviano Pablo Quisber, ambos coordenadores do programa de alfabetização, explicam o método e contam como o projeto se desenvolveu e foi implementado na Bolívia.
Brasil de Fato – Como funciona o programa Yo, sí puedo? Como foi aplicado na Bolívia?
Javier Labrada Rosabal – Na Bolívia, foi iniciativa do presidente eleito. Em Havana, antes de tomar posse, Evo Morales firmou um convênio com o então presidente cubano Fidel Castro para o projeto de desenvolvimento do programa nacional de alfabetização em seu país. No último dia da campanha presidencial de Evo, um jornalista perguntou a ele: “para que o senhor quer ser presidente?”. Ele respondeu: “para muita coisa, mas, principalmente, valorizar o meu povo”. Essa era sua máxima aspiração. Então, em Cuba, em dezembro de 2005, em sua primeira viagem como presidente eleito, o governo cubano se comprometeu a desenvolver e enviar todo material didático necessário e também a assessoria para a implementação. Um mês depois, na Bolívia, desenvolvemos junto com Evo, a partir de suas orientações, os moldes do programa, que foi lançado em março de 2006.
Quais sãos os fatores fundamentais dessa campanha?
Javier – Em primeiro lugar, a vontade política do presidente. Em mais de 500 anos de existência da Bolívia e quase 200 de Bolívia republicana, nunca nenhum governo havia implantado, como política, uma campanha de alfabetização. Aqui, houve algumas tentativas, inclusive através de ONGs, mas nunca se consolidou uma verdadeira política como agora. Se houve vontade política, Evo é o fator decisivo neste processo.
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A mídia em Israel toca as trombetas da guerra


Historiador do futuro que algum dia examine os arquivos dos jornais de Israel verá com clareza absoluta: para Israel, 200, 300 e, depois, 400 palestinos assassinados 'não é' manchete. A mídia em Israel é "poupada" de ter de exibir imagens "fortes". Israel abraça e sempre abraçará qualquer guerra, qualquer barbárie. Israel crê-se tão poderosa que se brutalizou, que já não sente. Em Israel a barbárie é regente. A análise é do jornalista israelense Gideon Levy.
Eis como estão as coisas em Israel: opor-se à paz é sempre atitude legítima e patriótica; opor-se à guerra é traição, atitude antipatriótica e atitude que deve ser combatida. Essa semana, falando do seu programa "London & Kirschenbaum", Yaron London, apresentador, deu sinais de que a coisa está ficando difícil: "Tivemos problemas com o programa. Sabemos do amplo consenso a favor da guerra – acabar com eles, bater até que se calem. Mas também há outras vozes, não só dos israelenses-árabes, também de muitos judeus. Encontramos alguns poucos judeus que defendem o fim dos ataques, ou que jamais deveriam ter começado, e que é preciso iniciar negociações. Não é minha opinião. Minha linha é outra, e já a expus em muitos artigos. Mas é preciso ouvir as outras vozes. Falar sozinho leva sempre ao desastre. O problema é que todos têm medo. As vozes da paz estão em silêncio, porque estão aterrorizadas."
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A REPETIÇÃO DE UM ERRO


Israel não aprende!
A história tem mostrado que o colonialismo só sobreviveu intacto, quando a maioria dos nativos usurpados foram exterminados. Algumas vezes, como na Argélia ocupada, os colonizadores tiveram de fugir. A prosseguir a violência de Israel sem que nada a detenha, os palestinos não aceitarão nem a solução de um Estado igualitário, e os colonialistas de Israel serão forçados a sair.
Quando George Bush, presidente dos EUA, pisou pela primeira vez na Casa Branca como comandante-em-chefe, em 2001, os palestinos estavam sendo mortos na intifada de al-Aqsa. Oito anos depois, quando Bush prepara-se para sair de lá, Israel realiza um dos maiores massacres dos seus 60 anos como potência ocupante, na Palestina. Antes, como hoje, os EUA decididamente apóiam a ofensiva israelense, e dizem, até, que seria defensiva.Recentemente, um general israelense ameaçou usar força militar para obrigar Gaza a "retroceder décadas", a mesma linguagem usada antes de Israel invadir o Líbano, em 2006. Mas, apesar de Israel ter devastado o Líbano, o Hizbóllah emergiu vitorioso, e o movimento social e de resistência dos xiitas emergiu como herói do mundo árabe. Hoje, Israel está próximo de cometer erro idêntico, na luta contra o Hamás.
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Prefeito participa de ação contra a dengue em Paquetá


RIO - A Secretaria municipal de Saúde e Defesa Civil realizou no sábado, em Paquetá, o primeiro ato de combate a dengue integrado na cidade. Foram à ilha o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para visitar casas e estabelecimentos comerciais junto com agentes de combate ao Aedes aegypt, para procurar focos do mosquito e orientar a população.
Cerca de 280 agentes de endemia e 200 bombeiros participam da ação, além de um grupo de música que cantará marchinhas de carnaval e canções com orientações sobre como combater o mosquito. A ação em Paquetá é a primeira de uma série que deverá percorrer todos os bairros da cidade no primeiro semestre de 2009. A previsão é de que a próxima seja entre os dias 19 e 23 de janeiro, em São Francisco Xavier e no Rocha, no Grande Méier.
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Plano de saúde: meta é reduzir valor pago pelo funcionalismo

Rio - O secretário municipal de Administração do Rio, Paulo Jobim Filho, antecipou à Coluna que a abertura de licitação para a operadora de plano de saúde é uma das prioridades de sua gestão. A finalidade é oferecer um serviço mais digno, com maior rede de atendimento e coberturas mais amplas. Além de um novo modelo, mais adequado às necessidades dos funcionários.
Segundo Jobim, o padrão atual é ineficaz. “São várias empresas prestando um serviço que algumas vezes não atende todas as necessidades dos servidores. O importante não é quantidade e, sim, qualidade”, disse. Jobim também pretende que os servidores paguem menos pelo plano de saúde: “Tudo vai depender dos resultados, mas é a nossa meta”.
Os detalhes da futura licitação estão em fase de estudo. Mas o secretário explicou que, se durante o processo licitatório uma empresa se enquadar nos padrões exigidos pela prefeitura, poderá ser a única escolhida. Jobim afirmou que a principal motivação para abrir a licitação logo nos primeiros meses de sua gestão foi o grande número de queixas de servidores. Disse que muitos ficam presos aos contratos e não podem mudar de plano: “Isso é injusto. Quem quiser trocar pode procurar a gente para mudar. Vamos negociar isso com mais calma”. Porém, o secretário aconselhou que os servidores esperem até que a nova operadora inicie as atividades. Todos os contratos com as operadoras de saúde vencem em julho.
Atualmente, quatro operadoras prestam o serviço. Um dos problemas mais recentes foi o descredenciamento de alguns hospitais que eram conveniados da Assim, plano com maior número de servidores associados. A operadora teve que apresentar uma defesa ao Conselho Gestor de Acompanhamento e Avaliação do Plano do Servidor Municipal, que pediu explicações sobre a falta de aviso aos seus clientes. Para a diretora da Associação de Servidores Públicos Municipais do Rio, Francisca Tallarico, a nova licitação é fundamental para a classe.

Informe O Dia: Pente-fino na folha

Rio - A secretária municipal de Fazenda, Eduarda La Rocque, decidiu fazer uma auditoria na folha de pagamento da Prefeitura do Rio. Quer saber por que as despesas com o funcionalismo aumentaram tanto.
O orçamento para 2009, feito por Cesar Maia, prevê um aumento de R$ 600 milhões no gasto com pessoal. A nova folha supera em R$ 1 bilhão o que foi pago em 2007. De acordo com o orçamento, a prefeitura deve gastar com o funcionalismo quase 48% dos R$ 12 bilhões que prevê arrecadar.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

2008 ............. 2009


Estado vai pagar R$ 1,3 milhão

Rio - O estado paga na sexta-feira, primeiro dia útil de 2009, o 3º lote do auxílio-funeral para 1.269 requerentes de servidores ativos e inativos falecidos em 2005. Os valores somam R$ 1,3 milhão. Do total, 355 requerentes vão receber o benefício em conta corrente do banco Itaú. Outros 914 receberão o auxílio-funeral por ordem de pagamento (em dinheiro), que poderá ser retirada em qualquer agência do banco Itaú, mediante apresentação da identidade e do CPF. Vale lembrar que o dinheiro vai ficar disponível por 60 dias corridos. No site da Secretaria Estadual de Planejamento (http://www.planejamento.rj.gov.br) será possível conferir os nomes dos beneficiários. Além da Central de Atendimento ao Servidor, que funciona na Avenida Erasmo Braga 118, térreo, Centro, há os postos da Secretaria de Planejamento e, ainda, os telefones (21) 2299-1000 e 2292-5100, ramais 217, 226 e 311. O benefício referente ao período de 2006 a 15 de maio deste ano deve ser quitado até o fim de 2009. O auxílio, no valor de 15 UFERJs, é concedido a quem comprova despesas com o funeral do servidor.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Ano novo, novas lutas

Se permanecermos passivos, já conhecemos a saída do capital: mais exploração, menos empregos, menos direitos. Portanto, todos à luta em 2009!
A crise do sistema financeiro internacional ainda não atingiu seu ápice. Essa é a avaliação dos principais analistas de esquerda em todo o mundo. No entanto, as primeiras conseqüências da tal “marolinha”, como definiu o presidente Lula - já dão sinais da gravidade dessa crise e o que virá no próximo ano. Somente nos Estados Unidos, já são 11 milhões de desempregados atualmente. A previsão é de 25 milhões de desempregados em todo o mundo no próximo ano.
No Brasil, o cenário não é diferente: demissões, férias coletivas em montadoras, queda da produção industrial, diminuição da capacidade produtiva, queda nos empregos formais em dezembro, diminuição do consumo, etc.
A crise também tem revelado uma profunda e cínica sinceridade por parte dos capitalistas. Vide as declarações de Roger Agnelli, testa-de-ferro do capital financeiro na Vale – ex-estatal Companhia Vale do Rio Doce - exigindo flexibilização dos direitos trabalhistas. Ou os desesperados pedidos de recursos públicos, justamente pelos setores que mais especularam e absorveram dinheiro público nos últimos anos: as montadoras e o agronegócio.
É verdade que o Estado pode ser o fiel da balança desta crise. Poderia adotar medidas como a redução da jornada de trabalho, o estímulo ao mercado interno, a regulamentação do mercado financeiro e a construção de uma saída integrada com os países sul-americanos através da Alternativa Bolivariana para as Américas, como propõem a Carta dos Movimentos Sociais, entregue há duas semanas.
No entanto, infelizmente, o governo Lula parece mais disposto a salvar mais uma vez bancos, especuladores e transnacionais. O pacote de medidas do governo, anunciado há poucos dias dá um pequeno fôlego para a classe média e permite que as montadoras possam enviar mais lucros para suas matrizes falidas no exterior. Mas não consegue – ou não pretende – atingir os problemas estruturais desta crise. Mais preocupado com o projeto “Dilma 2010”, o governo parece querer salvar primeiro os habituais financiadores de campanha do que os trabalhadores.
Segundo a própria Agência Brasil, da estatal EBC, o governo federal já injetou R$ 360 bilhões para conter a “marolinha” e a maior parte destes investimentos no setor financeiro, como R$ 98 bilhões para que os bancos disponibilizassem créditos. Neste caso, os recursos não foram transformados em créditos, mas reaplicados pelos próprios bancos na compra de títulos do governo. Ou seja, voltaram para o carrossel financeiro, sem gerar empregos, nem créditos.
Porém, o governo e os empresários não são os únicos atores. Para a classe trabalhadora, a crise pode um importante momento para fazer lutas. Ou seja, representar uma saída para o descenço de massas que assola o país nos últimos anos.
As manifestações de petroleiros e movimentos sociais contra os leilões de petróleo na última semana podem ser indícios de que, finalmente, entraremos em um novo período mobolizações. Nesse sentido, é fundamental a unidade da esquerda para enfrentar a crise e defender os direitos da classe trabalhadora. Assim, vemos com bons olhos a decisão das centrais sindicais de realizarem, em janeiro, mobilizações conjuntas para defenderem os empregos de metalúrgicos. Essas iniciativias são sinais de que as lutas virão, e com elas, as conqustas.
A derrocada dos projetos de monocultivo de celulose no Sul do país, dando lugar à expansão dos assentamentos naquela região, representados na conquista da Fazenda Southall, neste mês, são sinais de que, fazendo luta, as vitórias são possíveis.
O fato é que os cenários para a crise ainda estão em aberto. Se a classe trabalhadora demonstrar unidade, clareza nos seus alvos, capacidade de organização e força de mobilização, estimulando as lutas sociais, poderemos ter uma saída pelo projeto da classe trabalhadora. Se resolver apenas antecipar o calendário eleitoral, seremos derrotados de antemão. E, se permanecermos passivos, já conhecemos a saída do capital: mais exploração, menos empregos, menos direitos. Portanto, todos à luta em 2009!
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/analise/ano-novo-novas-lutas

Entidades responsabilizam Estado brasileiro por política de extermínio

TRIBUNAL POPULAR Julgamento não-oficial organizado por mais de 70 entidades condena a sistemática violência estatal contra a população pobre e negra e a criminalização oficial dos movimentos sociais

CONDENAÇÃO por unanimidade. Esse foi o resultado do Tribunal Popular – O Estado brasileiro no banco dos réus, realizado entre os dias 4 e 6 de dezembro na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. A iniciativa, organizada por mais de 70 entidades, julgou o Estado pela sistemática violência contra a população mais pobre, especialmente negra, e pela repressão e criminalização dos movimentos sociais. O Tribunal foi dividido em quatro sessões de instrução e uma sessão final – que apresentou o veredicto –, nas quais foram apresentados, com documentos e relatos de familiares e de amigos de vítimas, quatro casos considerados emblemáticos de violações de direitos humanos: operações militares no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em 2007; sistema carcerário e execuções de jovens negros na Bahia; execuções na periferia de São Paulo, em maio de 2006; e a criminalização dos movimentos sindicais, de luta pela terra, pelos direitos indígenas e quilombolas no Rio Grande do Sul.
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BLOQUEIO E ATAQUES DE ISRAEL


Se Gaza cair, Cisjordânia cairá depois
O que está acontecendo em Gaza, ante nossos olhos, é a destruição de toda uma sociedade e nenhum clamor se ouve, além dos avisos da Organização das Nações Unidas (ONU), que são ignorados pela comunidade internacional. Com o bloqueio praticado por Israel, população da região (cerca da metade é composta por crianças) está sem alimentos e remédios. A análise é de Sara Roy, professora do Harvard's Center for Middle Eastern Studies.
O sítio de Gaza, por Israel, começou em 5 de novembro, um dia depois de Israel ter atacado a Faixa, ataque feito sem possibilidade de dúvida para pôr fim à trégua estabelecida em junho entre Israel e o Hamás. Embora os dois lados tenham violado antes o acordo, nunca antes acontecera qualquer violação em tão grande escala. O Hamás respondeu com foguetes, e desde então a violência não recrudesceu. Com o sítio, Israel visa a dois principais objetivos. Um, reforçar a idéia de que os palestinos são problema exclusivamente humanitário, como pedintes, mendigos sem qualquer identidade política e, portanto, sem reivindicações políticas. Segundo, impingir a questão de Gaza, ao Egito.
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Nove mil vagas no estado

Governador Sérgio Cabral garante abertura de vários concursos no ano que vem. Polícia Civil, PM e Degase são alguns órgãos com processos seletivos anunciados
Rio - O próximo ano promete ser bom para os concurseiros que sonham com uma vaga no serviço público estadual. Diversas seleções já foram prometidas pelo governador Sérgio Cabral. Algumas, inclusive, já estão em andamento. A expectativa é que cerca de 9 mil vagas sejam abertas ao longo de 2009, em cargos de todos os níveis de escolaridade.
No início do mês, Sérgio Cabral anunciou a abertura de novas seleções para a área de Segurança Pública. A oferta será de 8 mil vagas: 4 mil para a Polícia Militar e outras 4 mil para a Polícia Civil. Na ocasião, o governador afirmou: “Acredito em concurso público sobretudo nas áreas essenciais”.
DISTRIBUIÇÃO
Um estudo já está sendo feito pela PM, para avaliar a distribuição das vagas pela capital e no interior e se desta vez será permitida a participação de mulheres. A previsão é que as inscrições comecem em abril e as provas sejam realizadas em junho. O concurso exige Nível Médio completo, idade entre 21 e 30 anos, carteira de motorista (B) e altura mínima de 1,68 m (descalço).
Já na Polícia Civil, Cabral disse que algumas das 4 mil vagas serão destinadas ao cargo de delegado, que exige Nível Superior em Direito e tem remuneração em torno de R$ 5 mil. “Para delegados, estamos entre 100 e 150 novos cargos. E tem mais de 4 mil vagas sendo processadas para peritos, inspetores”, anunciou. No momento, a Polícia Civil está com 300 vagas para oficial de cartório, que requer formação Superior. Inscrições no site www.concurso.fgv.br.
DETRO E DEGASE
No dia 12, Cabral e o presidente do Detro (Departamento de Transportes Rodoviários), Rogério Onofre, anunciaram um novo concurso. A Fesp já está garantida como organizadora. A oferta deve ficar em torno de 100 a 200 oportunidades — 50% a 70% serão para fiscais. A Secretaria de Fazenda também vai abrir dois concursos para fiscais, cada um com oferta de 70 vagas. Segundo o secretário Joaquim Levy, o primeiro edital sai logo no início do ano, para que em meados de 2009 os aprovados estejam trabalhando. Outro órgão com concurso previsto é o Degase. Devem ser oferecidas mais de 400 vagas.
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
Quem quiser tentar logo uma vaga no governo do estado pode aproveitar o concurso para a Procuradoria Geral do Estado, que já tem edital publicado. São oferecidas 129 vagas em cargos dos níveis Médio e Superior. Do total, 126 são para o Rio. As demais serão para lotação em Brasília. Os vencimentos iniciais, de acordo com a escolaridade, são de R$ 2.389 e R$ 2.942. As inscrições serão aceitas no período de 26 de janeiro a 13 de fevereiro, no site www.concursosfcc.com.br e nas agências credenciadas dos Correios. Na capital, por exemplo, há atendimento na Rua Primeiro de Março 64, Centro; e na Rua Almirante Cochrane 255, lojas A e B, Tijuca. Taxas de participação nos valores de R$ 70 e R$ 90. Há chances para graduados em Administração, Arquitetura, Biblioteconomia, Contabilidade, Direito, Engenharia Civil, Medicina e em diversas áreas de Informática.

Ano novo, emprego público

Concursos federais oferecem 1.400 vagas com salários de até R$ 8.389. Há chances para o Rio
Rio - Os concursos federais com inscrições abertas ou que vão abrir no início do próximo ano oferecem 1.400 vagas com salários que podem chegar a R$ 8.389. Todos terão provas no Rio.
São chances para os candidatos com níveis Médio e Superior. Os interessados devem estar atentos nos prazos de inscrições e valores das taxas para não perder as oportunidades. Além de intensificar os estudos com a proximidade das provas.
As agências reguladoras, por exemplo, têm vagas para o Rio. Agência Nacional de Águas é uma das carreiras com os salários mais altos, com vencimentos iniciais de R$ 8.389. As inscrições são aceitas no site www.esaf.fazenda.gov.br, mediante pagamento de taxa de R$ 100. As oportunidades são para graduados em Administração, Arquivologia, Biblioteconomia, Ciências Contábeis e Econômicas, Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade) e Tecnologia da Informação e Comunicação, entre outros.
Quem quiser concorrer a uma das 227 vagas oferecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações deve acessar o site www.cespe.unb.br/concursos/anatel2008 até o dia 27 de janeiro. Chances para Jornalismo e Direito, entre outros.
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, prorrogou até o dia 4 de janeiro as inscrições para o concurso para 120 vagas, nos cargos de técnico, analista e pesquisador. Os profissionais vão trabalhar no Rio de Janeiro. Os salários vão de R$ 2.956,68 a R$ 7.269,67.
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A crise e os pobres

Texto do Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial."
Vou fazer um slideshow para você. Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia.
"Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa eafagar.
Se quiser, repasse, se não, o que importa?
O nosso almoço tá garantido mesmo...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A simbologia de um sapato


Al Zaide mostrava-se ao mundo como o vingador dos mais de 200 mil iraquianos mortos, representava o sentimento de uma nação destruída

Al Zaide é jovem mesmo. Tem apenas 29 anos. Foi, ainda sob o governo de Saddam Hussein, presidente de uma entidade estudantil. Segundo a emissora Al Jazeera, é membro do partido Comunista Iraquiano. Tem muitos irmãos e alguns deles mortos em combate na resistência contra a ocupação do Iraque por tropas estrangeiras desde 2003. Zaide é jornalista da emissora de TV Al Baghdadiya (cuja central fica no Cairo). Todas as reportagens da TV que ele faz na cidade de Bagdá ele conclui, dizendo, “da Bagdá ocupada”. A própria emissora que o emprega exigiu a sua imediata libertação, assim como o Sindicato dos Jornalistas do Iraque.
Al Zaide virou instantaneamente um herói nacional. E usou a sua arma mais potente, tanto física como simbólica: seus sapatos de sola de borracha pesados. Foi ficando cada vez mais irritado com a entrevista coletiva que Bush vinha dando, com suas mentiras habituais, ao lado do primeiro Ministro fantoche do Iraque, Nuri Al Maliki. Num determinado momento, decidiu arremessar os seus dois sapatos contra Bush. A catatonia dos presentes e mesmo da segurança presidencial foi tamanha, que ele conseguiu inclusive tempo para atirar o segundo sapato.
A frase que ele proferiu, gravada ao vivo por todas as emissoras presentes foi: “É o seu beijo de despedida do povo iraquiano, seu cachorro. Isso é pelas viúvas, órfãos e pelos que foram mortos no Iraque”. E não precisava dizer mais nada. Al Zaide mostrava-se ao mundo como o vingador dos mais de 200 mil iraquianos mortos, representava o sentimento de uma nação destruída, desmontada, aviltada, vendida, entregue à sanha imperialista e com quase toda a sua infra-estrutura destruída e vendida ao setor privado (doadas, na verdade).
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Na Grécia, uma revolta anunciada

Os encapuzados nas ruas de Atenas tiram a mascara de um sistema falido e iluminam o natal com bancos em chamas
Em 6 de dezembro o Estado grego assassinou Alexis Grigoropoulos, de 15 anos com um tiro no coração. Mais uma vítima numa longa lista de estudantes, imigrantes, trabalhadores, pessoas comuns que tiveram a infelicidade de serem jovens, revoltados, desesperados por uma vida nova.
Ao contrário do que o Estado e a maioria dos meios de comunicação hipocritamente alegam, não foi uma questão de falta de treinamento dos policiais gregos que atiram sempre “acidentalmente”. Não foi uma questão de estar no lugar errado, no momento errado. O Estado grego sempre atira no alvo de propósito e com precisão. Às vezes porque, mesmo após três décadas e meia de ditadura militar e seis após a guerra civil que terminou com a derrota da esquerda, a polícia e o Estado continuam carregando uma mentalidade fascista, racista e totalitária, que gerou milhares de vítimas desde a Segunda Guerra Mundial nesta chamada terra da democracia. Às vezes apenas para praticar sua brutalidade, mostrar sua determinação e esclarecer quem é o dono do pedaço. Às vezes só para acalmar a burguesia ameaçada - dentro da sua ilusão de segurança - pela esquerda extra-parlamentar, a juventude rebelde e inconformada, pelos imigrantes famintos, “escuros” ou estranhos demais para esta sociedade conservadora e perdida entre sua realidade Balcânica-oriental e sua vontade de se mostrar ocidental.
Na mesma noite de 6 de dezembro, entre 90 minutos após a notícia ter se espalhado através de fóruns eletrônicos e celulares, centenas de estudantes e trabalhadores saíram nas ruas para protestar contra o assassinato. E nestas duas semanas, diariamente, em todo o país, as ruas das cidades são tomadas pela raiva, pela revolta, mas também pela esperança de mudar a realidade grega. Mais de 300 bancos e dezenas de lojas de empresas nacionais e transnacionais foram destruídas e queimadas, e quase todos os ministérios no centro do capital e os departamentos policias foram atacados.
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A crise é grave, será prolongada e irá alterar a economia mundial

O alerta é de economistas que, reunidos em seminário - organizado pelo governo do Paraná, entre os dias 7 e 11 de dezembro, em Curitiba, concluíram que o neoliberalismo se esgotou. Sugerem medidas que devem ser colocadas em prática imediatamente, entre as quais, o fim do Consenso de Washington e a integração latino-americana, não apenas econômica, mas cultural e política
A crise financeira, desencadeada a partir do centro do imperialismo estadunidense, e que já se reflete na economia real de todos os países - industrializados e emergentes - foi o tema do seminário Crise – Rumos e Verdades, organizado pelo governo do Paraná. O evento aconteceu entre os dias 7 e 11 de dezembro, em Curitiba (PR), e reuniu quase 40 especialistas, sendo 20 brasileiros e os demais argentinos, equatorianos, venezuelanos, ingleses, italianos, russos, mexicanos e alemães. Além um uruguaio, representante da Organização das Nações Unidas (ONU), em oito mesas de debates.
A maioria dos participantes lembrou que a atual crise era previsível em função da vasta especulação financeira que se abateu sobre a economia mundial e remete ao fim do período neoliberal dos últimos 25 anos. Foram cinco dias de intensos debates, com enfoques analíticos diversos, mas com alguns consensos, como, por exemplo, que a crise é grave, será prolongada e alterará profundamente a economia mundial.
Os economistas sugeriram algumas medidas para enfrentar a crise e que devem ser colocadas em prática imediatamente, entre as quais, a centralização e estatização do câmbio, aceleração dos investimentos públicos, revitalização dos Estados nacionais, o fim do Consenso de Washington e a integração latino-americana, não apenas econômica, mas cultural e política.
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Do Roda Viva ao CQC

A insensibilidade de Gilmar Mendes revelou-se por inteiro ao responder à pergunta da jornalista: um rapaz rouba uma correntinha e uma jovem picha uma sala vazia da Bienal de São Paulo. Ambos são presos e ficam na cadeia, enquanto um banqueiro com larga folha corrida se livra das grades, graças à ação direta do entrevistado.
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Os acontecimentos de 2008 e sua evolução em 2009


Os últimos quatro meses foram muito reveladores dos dois mundos em que o mundo está dividido, o mundo dos ricos e o mundo dos pobres, separados mas unidos para que o mundo dos pobres continue a financiar o mundo dos ricos. Muito do que se desencadeou em 2008 vai continuar, sem qualquer solução de continuidade, em 2009 e mais além. O sociólogo Boaventura de Sousa Santos analisa algumas destas continuidades.
Boaventura de Sousa Santos
Tudo leva a crer que o ano de 2008 não termine em 31 de dezembro. O tempo inerte do calendário cederá o passo ao tempo incerto das transformações sociais. Muito do que se desencadeou em 2008 vai continuar, sem qualquer solução de continuidade, em 2009 e mais além. Analisemos algumas das principais continuidades.
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“O país não pode mais contar com o BC; governo deve investir pesado no gasto social".


Em entrevista à Carta Maior, a economista Maria da Conceição Tavares diz que o Brasil não pode mais contar com o BC. "A partir de agora, o Banco Central tornou-se uma peça menor no xadrez econômico". Para ela, a grande batalha de 2009 é fortalecer o emprego e o poder aquisitivo do povo. Ao falar sobre 2010, manifesta apoio a Dilma Roussef e diz que ela mais consistente do que José Serra. E lança um desafio ao PT: "o partido precisa submeter seus projetos e ideais à nova realidade mundial.
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Bolívia é o 3° país da América Latina livre de analfabetismo


Depois de Cuba e Venezuela, a Bolívia tornou-se, dia 20 de dezembro, área livre de analfabetismo. Mais de 819 mil pessoas foram alfabetizadas em um universo de 824.101 analfabetos detectados. Mobilização envolveu trabalho de 130 assessores cubanos e 47 venezuelanos que capacitaram técnicos bolivianos na aplicação do método audiovisual cubano "Yo sí puedo". Programa Nacional de Alfabetização teve um custo estimado de 36,7 milhões de dólares.
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INVESTIMENTO NA POLÍCIA CIVIL


Programa Delegacia Legal deve receber R$ 157 milhões do BNDES
O governo do estado autorizou o Grupo Executivo do Programa Delegacia Legal a contratar operação de crédito no valor de R$ 157 milhões para conclusão do projeto. O dinheiro virá do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os recursos vão garantir a implantação de delegacias distritais e especializadas, casas de custódia, e Postos Regionais de Polícia Técnica (PRPTs); além da nova sede do Instituto de Criminalista Carlos Éboli (ICCE), da Casa Abrigo para mulheres vítimas de violência em São Gonçalo, e da Cidade da Polícia. Atualmente 107 delegacias já foram incorporadas ao Programa Delegacia Legal, que foi iniciado em 1999.
Na sua opinião, qual das atuais "delegacias tradicionais" deveria ser a primeira a ser transformada em "legal"?

Informe do DIA: Quem for multado por radar não aferido pode recorrer

Rio - Mais lenha na fogueira das multas: o Instituto de Pesos e Medidas disponibilizou em seu site (www.ipem.rj.gov.br) consulta à relação de equipamentos aferidos em todo o Estado.
Quem for punido com base em informações de pardais ou lombadas que não receberam a certificação poderá pedir o cancelamento da multa.
De acordo com a presidente do Ipem, Soraya Santos, é importante que as informações disponibilizadas no site sejam impressas e anexadas ao pedido.
JUSTIFICATIVA
Caso os equipamentos não tenham sido aferidos, eles serão considerados como fora das normas estabelecidas por lei, o que possibilita o recurso e a anulação da multa.

INSS volta a pagar

Segurados que recebem até R$ 415 e têm cartão com final 3 embolsam hoje os benefícios referentes ao mês de dezembro
Rio - O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) recomeça hoje o pagamento dos benefícios do mês de dezembro. Recebem os segurados que ganham até um salário mínimo (R$ 415) e têm cartão de pagamento de final 3, sem considerar o dígito.
Segundo o Ministério da Previdência Social, o pagamento não foi liberado no dia 24 para evitar o acúmulo de pessoas nas agências bancárias na véspera do Natal, quando o horário de atendimento nas instituições foi reduzido a duas horas. Aposentados e pensionistas com cartão de finais 1 e 2 tiveram os benefícios antecipados em dois dias — receberam nos dias 22 e 23 deste mês.
O ministro da Previdência, José Pimentel, destaca que as datas em que o expediente bancário ocorre em horário reduzido não são consideradas dias úteis para a liberação dos depósitos.
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Menos verba federal para as escolas do Rio de Janeiro

Repasse sobre a merenda será afetado porque houve 8% a menos de matrículas em todo o estado. A diferença é de 337.791 estudantes
Rio - Escolas municipais e estaduais do Rio de Janeiro vão receber menos recursos do Governo federal em 2009. O Censo Escolar da Educação Básica de 2007, principal referência para o financiamento de todos os programas educacionais do Ministério da Educação (MEC), registrou queda de 8% no número de matrículas. Os dados estão reunidos na Sinopse Estatística da Educação Básica 2007, com base no Censo Escolar nas escolas públicas e particulares.
Em 2007, o estado do Rio matriculou 3,8 milhões de crianças e jovens na Educação Básica, o que corresponde a uma redução de 8% em relação a 2006, quando foram registradas 4,2 milhões de matrículas. Como o repasse é feito de acordo com o total de alunos na rede pública, na ponta do lápis significa menos dinheiro em sala de aula.
O Censo Escolar serve de base para transferências de recursos da União para ONGs, estados e municípios. Entre eles, o PNAE (Programa de Alimentação Escolar), PDDE (Dinheiro Direto na Escola), PNATE (Transporte Escolar) e PAED (Portadores de Necessidades Especiais).
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Estado anuncia recadastramento de aposentados

Pensionistas também serão convocadas pelo Rio Previdência para atualizar seus dados em 2009
Rio - Em 2009, o Rio Previdência, em parceria com a Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão, vai iniciar o recadastramento de todos os aposentados e pensionistas do Estado do Rio. O projeto está em fase de estudo. O objetivo é atualizar os dados, mas o presidente do Rio Previdência, Wilson Risolia, faz questão de destacar que tudo será feito de forma a não prejudicar pensionistas ou aposentados: “Vamos preparar um esquema especial para receber as pessoas. Quem não tiver condições para ir ao nosso encontro vai receber em casa a visita de membros da nossa equipe, que estarão capacitados para tirar as dúvidas e atender a todos”.Risolia também anunciou que, no primeiro trimestre de 2009, o Rio Previdência vai abrir um dos principais postos de atendimento na Cidade do Rio. A nova agência, que provavelmente será na Avenida Rio Branco, vai oferecer a mesma estrutura moderna e informatizada disponível nos postos reformados este ano. Segundo o secretário estadual de Fazenda, Joaquim Levy, o novo posto terá o nível que todos os servidores e pensionistas merecem. O presidente do Rio Previdência também garantiu que, em 2009, todas as agências no Estado do Rio serão reformadas.
Outra iniciativa da instituição será a elaboração de um projeto que visa criar um plano de cargos e salários para os 400 servidores do Rio Previdência. Se aprovado, o plano pode começar a valer em 2010. A idéia é criar um estímulo entre os funcionários e garantir remunerações mais justas. Durante a reunião institucional dos funcionários do Rio Previdência, realizada no auditório da Caixa Econômica Federal, a equipe divulgou um vídeo que futuramente será distribuído para as secretarias. O ‘Rio Prev TV’ mostra os principais serviços oferecidos e também as respostas para as dúvidas mais freqüentes dos inativos.
Além de Levy, participaram da reunião o vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, o secretário de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa, o secretário da Casa Civil, Regis Fichtner, e o superintendente da Caixa Econômica Federal, José Domingos Vargas.

Picciani sugere divulgar salários pela internet

O presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, deputado Jorge Picciani (PMDB), defendeu, na semana passada, a divulgação da folha de pagamento da Alerj na internet. O anunciou foi feito durante entrevista coletiva em que Picciani fez um balanço sobre a atuação do Legislativo em 2008.
O tema foi abordado quando o presidente da Alerj defendeu seu projeto de lei que obriga agentes públicos a apresentar à Comissão de Orçamento da Alerj declarações de bens com fonte de renda. A proposta aguarda a sanção do governador Sérgio Cabral.
"Já li depoimentos de pessoas ligadas ao Judiciário dizendo que vão entrar na Justiça contra o projeto. Se isto acontecer, vou defender a divulgação da nossa folha salarial pela Internet, para darmos o exemplo, e vou propor que façam o mesmo", disse Picciani, antes de afirmar que as declarações entregues à Alerj não serão divulgadas.
"Vamos respeitar o sigilo fiscal, mas precisamos destas informações na hora de votar um orçamento ou de avaliar, por exemplo, um projeto de aumento salarial", argumentou.
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Estado deve garantir direito à saúde no trabalho

A Rede de Saúde e Trabalho da Associação Latino-americana de Medicina Social (Alames) publicou o Informe Continental sobre a Situação do Direito à Saúde no Trabalho em 2008. O documento reúne informações de seis países e uma cidade: Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, México, Uruguai e Quebec. Com isso, a Rede pretende criar um instrumento útil para a discussão e as ações orientadas para a defesa, proteção e exigibilidade do direito à saúde no trabalho.
Segundo o relatório, vivemos atualmente um momento histórico por conta do colapso do sistema capitalista que trará profundas repercussões sobre o mundo do trabalho. Um dos desafios enfrentados pelos trabalhadores dá-se na construção de sistemas próprios de informação, que permitam contrastar a informação produzida por organismos internacionais como a OMS, OPS e OIT.
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domingo, 14 de dezembro de 2008

Pelo fim da militarização no Serviço Público


MUSPE - Dia 16 de dezembro Servidores Estaduais realizam a Ceia da Miséria na Cinelândia e convoca todos à participarem.

O Movimento Unificados dos Servidores Públicos Estaduais (MUSPE) realiza no dia 16 de dezembro (terça-feira) a Ceia da Miséria, um protesto contra os baixos salários dos servidores do estado. O evento, que tem o apoio e participação de categorias de servidores das diversas áreas do Serviço Público Estadual como Educação, Saúde, Segurança e os Adminisrativos, e Ocorrerá na Cinelândia, às 12h. Será servido um sopão aos populares no local, com o onjetivo de denunciar à população a situação do servidor.

Região de Chico Mendes ainda é ameaçada pela devastação

Em 22 de dezembro de 1988, um tiro disparado no meio da floresta amazônica ecoou no mundo. Chovia no começo da noite em Xapuri, no interior do Acre, quando o líder seringueiro Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, foi assassinado pelo fazendeiro Darci Alves Pereira, a mando do pai Darly Alves da Silva. A eliminação tinha como objetivo tirar do caminho dos pecuaristas o principal empecilho às derrubadas de árvores seculares da floresta para que a área fosse transformada em pasto para o gado. O crime mudou a visão do país e do mundo em relação ao meio ambiente, chamou a atenção para os conflitos fundiários e revelou a violência contra trabalhadores rurais.
No entanto, a bala que matou Chico não parou a ação das motosserras, que hoje transformam em um grande pasto o seringal onde ele nasceu e pelo qual foi assassinado. No local, seringueiros que antes acordavam de madrugada para coletar o látex, hoje fazem o mesmo para tanger o gado.
Depois da morte do líder seringueiro, o governo despertou para a questão ambiental. Mas não conseguiu diminuir o ritmo da devastação e da transformação das florestas de seringueiras em pasto. Nos últimos 20 anos, as queimadas e derrubadas destruíram 370 mil km² de florestas primárias (leia na página 17). Uma das áreas atingidas foi o seringal Cachoeira, onde nasceu Chico Mendes e que depois de sua morte foi transformado em uma reserva extrativista que leva o nome dele. Dos 970 mil hectares na zona rural dos municípios de Xapuri, Brasiléia, Rio Branco, Sena Madureira e Capixaba, 5% já foram derrubados. A castanheira e a seringueira, que antes garantiam o sustento dos povos da floresta, aos poucos deram lugar a 10 mil cabeças de gado, o dobro do permitido pela lei ambiental. É tudo o que Chico Mendes não queria.
“Se eu disser que todos os ideais de Chico Mendes foram realizados, não estarei dizendo a verdade. Há muito a ser feito, como na reserva que foi criada. O governo não deu condições para seus moradores, que estão transformando suas colocações em pastos”, afirma a viúva do líder seringueiro, Ilzamar Gadelha Mendes. Ela também preside a fundação que leva o nome do marido. Segundo ela, por falta de alternativas, os seringueiros estão trocando as atividades extrativistas pela criação de gado. “O pessoal cria boi para viver. Tem que ter mais investimentos na área”, acrescenta aviúva.
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Assembléia aprecia emendas

A Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Controle da Assembléia Legislativa do Rio reúne-se na segunda-feira para analisar e votar o parecer do presidente da comissão, deputado Edson Albertassi (PMDB), sobre as 6.836 emendas apresentadas pelos deputados ao orçamento do Estado para 2009 (projeto de lei 1.787/08, do Poder Executivo).
As emendas foram publicadas no Diário Oficial do Poder Legislativo que circulou ontem. Elas são divididas entre as de prioridade, que não trazem valores, e as de despesa, que têm a garantia do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) de que serão cumpridas até o teto de R$ 1 milhão.
"Conseguimos, mais uma vez, que o Governo assumisse compromisso com as emendas de R$ 1 milhão, que vêm sendo cumpridas. Elas asseguram aos parlamentares condições reais de auxílio a seus municípios de origem e o desenvolvimento de áreas prioritárias, como Saúde e Educação", defende Edson Albertassi.
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Polícia prende seis empresários por sonegação fiscal

RIO - Policiais da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD) prenderam na manhã desta sexta-feira seis empresários acusados de sonegação fiscal e adulteração de combustíveis. A operação comandada pelo delegado Eduardo Freitas.cumpre nove mandados de busca e apreensão em vários bairros dos municípios do Rio e de Caxias, na Baixada.
Os presos foram levados para delegacia de Serviços Delegados, em São Cristóvão, Zona norte. De acordo com o delegado Eduardo Freitas, os mandados serão cumpridos em endereços nobres, como condomínios de luxo na Barra da Tijuca.

Venezuela e Cuba reafirmam laços em visita de Raúl Castro

CARACAS - Venezuela e Cuba reafirmaram no sábado sua estreita aliança ideológica e comercial com a visita do presidente cubano, Raúl Castro, que escolheu Caracas para realizar sua primeira viagem ao exterior desde que assumiu o poder na ilha caribenha.
De terno cinza e óculos escuros, Castro foi recebido com as devidas honras de chefe de Estado pelo presidente Hugo Chávez, para posteriormente se reunirem e discutir novos acordos bilaterais entre a ilha e seu principal sócio comercial.
O visitante elogiou os mecanismos de integração alcançados nos últimos anos entre as duas nações e agradeceu a Chávez sua solidariedade com a revolução cubana, que disse ter permitido superar os anos difíceis do embargo dos Estados Unidos.
- Ele se deve não somente à nossa unidade e espírito de resistência, mas também ao decisivo apoio recebido da Venezuela bolivariana - disse durante um ato protocolar.
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A Arrogância Colonialista

O presidente Hugo Chávez é descuidado e franco no que fala. Usa, em sua retórica antiimperialista, metáforas quase divertidas, como chamar Bush de diabo. Mas não exagerou ao qualificar o ex-primeiro-ministro espanhol José Maria Aznar de fascista. Aznar, produto típico da Opus Dei, que se reorganiza com novo alento na Espanha, sempre tratou a América Latina com desdém. Em 2002, em Madri, atreveu-se a dar ordens ao presidente Eduardo Duhalde, da Argentina, para que aceitasse e cumprisse as exigências do FMI. Reincidiu na grosseria, ao telefonar a Buenos Aires, logo depois, como um dono de fazenda telefona para seu capataz, a fim de determinar-lhe a assinatura imediata do acordo com o órgão.
Conforme disse o próprio ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Angel Moratinos, Aznar deu ordens ao embaixador da Espanha em Caracas para que apoiasse o golpe contra Chávez em 2002. Com o presidente eleito preso pelos golpistas, o embaixador foi o primeiro a cumprimentar o empresário Pedro Carmona, que, também com o entusiasmado aplauso do representante dos Estados Unidos, tomava posse do governo, para ser desalojado do Palácio de Miraflores horas depois.
Não se pode pedir a Chávez que trate bem o ex-primeiro ministro espanhol, embora talvez lhe tivesse sido melhor ignorá-lo no encontro de Santiago. Mas, como comentou, na edição de ontem de El País, o jornalista Peru Egurdide, há um crescente mal-estar na América Latina com a presença econômica espanhola, identificada como “segunda conquista”. A Espanha opera hoje serviços como os bancários, de água, energia, telefonia e estradas, que não satisfazem os usuários. Ainda na noite de sexta-feira, em reunião fechada, Lula e Bachelet trataram do assunto com Zapatero, de forma veemente - longe dos jornalistas.
Mas se Chávez, mestiço venezuelano, homem do povo, fugiu à linguagem diplomática, o rei Juan Carlos foi imperial e grosseiro, ao dizer-lhe que se calasse. O rei, criado por Franco, tem deixado a majestade de lado para intervir cada vez mais na política espanhola - conforme o El País critica em seu editorial de ontem. Em razão disso, as reivindicações federalistas dos povos espanhóis (sobretudo dos catalães e dos bascos) se exacerbam e indicam uma tendência para a forma republicana de governo. Pequenos episódios revelam o conflito latente entre os espanhóis e seu rei. Já em 1981, quando do frustrado golpe contra o Parlamento Espanhol, o comportamento de sua majestade deixou dúvidas. Ele levou algumas horas antes de se definir pela legalidade democrática. Para muitos, o golpe chefiado por Millan del Bosch pretendia que todos os poderes fossem conferidos a Juan Carlos, em um franquismo coroado.
Os dirigentes latino-americanos tentarão, diplomaticamente, amenizar a repercussão do estrago, mas o “cala a boca” de Juan Carlos doeu em todos os homens honrados do continente. O rei atuou com intolerável arrogância, como se fossem os tempos de Carlos V ou Filipe II. A linguagem de Zapatero foi de outra natureza: pediu a Chávez que moderasse a linguagem. Como súdito em um regime monárquico, não pôde exigir de Juan Carlos o mesmo comportamento - o que seria lógico no incidente.
Durante os últimos anos de Franco, a oposição republicana espanhola se referia ao príncipe com certo desdém, considerando-o pouco inteligente. Na realidade, ele nada tinha de bobo, mas, sim, de astuto, vencendo outros pretendentes ao trono e assumindo a chefia do Estado. Agora, no entanto, merece que a América Latina lhe devolva, e com razão, a ofensa: é melhor que se cale. (Transcrito do Jornal do Brasil de 12/11/2007)

Livro debate o "mito do colapso do poder americano"

Os professores José Luís Fiori, Carlos Medeiros e Franklin Serrano (foto), do Núcleo de Estudos Internacionais do Instituto de Economia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lançam livro defendendo que a crise atual não significa o fim do poder dos EUA ou do capitalismo. Lançamento ocorre nesta quinta, na Livraria Argumento, no Rio de Janeiro.
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Tomada de fábrica por operários vira luta nacional nos EUA

A tomada de uma fábrica por seus trabalhadores demitidos em Chicago se converteu em um símbolo nacional de que o resgate do setor financeiro por Washington não se traduziu em um apoio para as maiorias. Desde o presidente eleito Barack Obama e parlamentares federais e locais até o governador de Illinois já expressaram apoio às demandas dos operários.
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Pará se prepara para receber Fórum Social Mundial


A pouco mais de um mês do início da próxima edição do Fórum Social Mundial, prioridades do governo estadual são o estabelecimento de uma agenda comum com os movimentos sociais e a adequação logística de Belém para receber cerca de 100 mil pessoas. Evento ocorrerá de 27 de janeiro a 1° de fevereiro de 2009.
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Futuro secretário municipal de transportes presidiu licitações vencidas por empresa investigada pela Prefeitura do Rio

RIO - Futuro secretário municipal de Transportes, o engenheiro Alexandre Sansão Fontes presidiu duas comissões de licitação e participou de outras duas vencidas pela Perkons S.A. - empresa que fez acender o sinal amarelo na transição de governo devido aos R$ 20 milhões acrescentados a um contrato de R$ 13 milhões para operação de 36 radares no Rio.
A Controladoria-Geral do Município abriu uma auditoria que poderá resultar numa sindicância ou num inquérito administrativo. Segundo o presidente da CET-Rio, Marcos Paes, o contrato foi alterado por orientação de Alexandre Sansão. A comissão de licitação que definiu o vencedor da concorrência 003/2005 foi presidida pelo próprio Sansão. Pelo contrato de fornecimento e operação dos radares, a Perkons receberá R$ 77,74 por multa aplicada.
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Cabo absolvido da morte de João Roberto pertenceria à milícia Liga da Justiça


RIO - O cabo PM William de Paula, absolvido pela Justiça na última quarta-feira pelo assassinato do menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, foi indiciado no relatório final da CPI das Milícias da Assembléia Legislativa (Alerj). Além de William, outras 225 pessoas foram incluídas no relatório.
William foi citado por testemunhas ouvidas pela CPI. De acordo com os depoimentos, o cabo pertenceria à milícia "Liga da Justiça", que atua na Zona Oeste do Rio, principalmente em Campo Grande. Segundo testemunhas, o policial não teria papel de destaque no organograma do grupo.
- Há provas contra todos os 226 indiciados no relatório da CPI, inclusive contra o William. Nem ele, nem todos os outros policiais citados podem continuar trabalhando a serviço do Estado - disse o deputado Marcelo Freixo (PSOL), que presidiu a CPI.
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