O Rio ficou mais pobre

Acredite. Ao contrário do que ocorreu no País como um todo, as proporções de pobres e indigentes aumentaram na Região Metropolitana do Rio de Janeiro em 2007. A conclusão é do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), a partir dos novos dados da Pnad/IBGE.

RIO NA CONTRAMÃO

Segundo o Iets, a proporção de pobres (pessoas que vivem com renda domiciliar per capita mensal abaixo de R$ 201) no Rio passou de 16,7%, em 2006, para 17,2%, em 2007. Já a de indigentes (renda abaixo de R$ 100) passou de 4,8% para 5,8%, no mesmo período.

E MAIS...

O poder de compra dos 10% mais pobres da Região Metropolitana do Rio encolheu quase 12% em 2007, em relação a 2006. Foram os que mais perderam.

O QUE HOUVE

Esse resultado, segundo André Urani, presidente do Iets, deve-se à combinação da queda de quase 3% na renda domiciliar per capita mensal dos cariocas (de R$ 900 para R$ 875) e da manutenção da desigualdade em patamar elevado (o chamado índice de Gini parou em 0,57).

ENQUANTO ISSO...

No Brasil como um todo, como se sabe, a proporção de pobres caiu de 25,6% para 24,1%, e a de indigentes, de 9,1% para 8,6%. A renda domiciliar per capita mensal passou de R$ 602 para R$ 618 e a desigualdade de renda, medida pelo índice de Gini, diminuiu 1,3%.

Anselmo Góis - Gazeta de Alagoas - 9/10/2008.