quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Foi mal o PMDB do seu Cabral


Que papelão fez o PMDB do governador Sérgio Cabral nos 10 municípios do Rio de Janeiro com mais de 200 mil eleitores. Disputou a eleição do último domingo em todos eles com candidatos próprios - nove apoiados por Cabral, um pelo ex-governador Garotinho. No que deu?
O PMDB de Cabral perdeu em sete dos nove municípios que disputou. Foi para o segundo turno em dois - a capital e Petrópolis. Garotinho elegeu Rosinha, sua mulher, prefeita de Campos. Hoje, dos 10 municípios, o PMDB governa três.
No resto do país, o PMDB se deu bem. Elegeu mais de mil prefeitos.
Cabral apoiou o candidato do PT em Niterói. O PDT ganhou ali.
Com mais do dobro dos votos, o PDT derrotou o candidato de Cabral em São Gonçalo.
Cabral foi com Lula inaugurar um hospital em Duque de Caxias. Aproveitou para cacifar o prefeito Washington Reis de Oliveira (PMDB), candidato à reeleição. Ganhou Zito, do PSDB.
O candidato de Cabral em Nova Iguaçu, Nelson Bornier (PMDB), levou uma surra do atual prefeito Lindberg Farias, do PT, reeleito com 65,35% dos votos válidos
Maria Lúcia Netto dos Santos (PMDB) é prefeita de Belford Roxo. Mas o candidato do partido foi Sula. Venceu Alcides Rolim (PT) com 66,4% dos votos.
O PMDB apoiou em São João do Meriti o candidato do PHS. Também perdeu.
Alvíssaras! O PMDB de Cabral reelegeu o prefeito de Volta Redonda, Antonio Francisco Neto.
Vale destacar a performance do PMDB em algumas cidades com menos de 200 mil eleitores, mas que têm lá sua importância por uma razão ou outra.
É o caso de Rezende, por exemplo, cidade industrial. O DEM emplacou o prefeito.
Em Saquarema, na região dos Lagos, a candidata do PMDB era a mulher do líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Paulo Melo. Ela perdeu.
O PMDB perdeu a eleição em Itaperuna, principal município do noroeste, para um candidato do PSDB de 90 anos de idade. Deve ter sido praga de Rosinha, que nasceu ali.
Perdeu a eleição em Nova Friburgo para um candidato do PP de 86 anos.
Alvíssaras, de novo. Em Itaguaí, cidade portuária que fica no final da rodovia Rio-Santos, o PMDB ganhou.
Para o projeto de Cabral de se reeleger governador se não conseguir ser vice na chapa de Dilma Rousseff, candidata à sucessão de Lula, foi ruim o resultado da eleição de domingo. Ruim para dizer o mínimo.
A sorte de Cabral foi o tropeço do governador Aécio Neves (PSDB), de Minas Gerais, que não elegeu no primeiro turno seu candidato a prefeito de Belo Horizonte. O tropeço ocupou o espaço nobre da mídia.
O Globo - Blog do Noblat - 8/10/2008.

Um comentário:

Anônimo disse...

Candidato do casal Garotinho ao Governo do estado do Rio, Sérgio Cabral se tornou o aluno prodígio da dupla ao se envolver em todo tipo de desmando e falcatrua ao longo dos anos.

Como líder da máfia dos fiscais, Serginho chegou ao auge de sua carreira nas penumbras do crime acumulando vasta fortuna e posses que incluem luxuosas casas de praia, iates e uma frota particular de carros importados.

Porém nem tudo são flores no mundo do crime e como todo delinqüente sabe, mais cedo ou mais tarde a polícia vem bater na sua porta. E foi o que aconteceu com Serginho. Em meados de 2003 seus comparsas começaram a ser presos em operações da Polícia Federal: Silveirinha, Rômulo Gonçalves.. o propinoduto foi desmontado.

Com sua quadrilha em frangalhos, Serginho se viu em busca de novos esquemas, novas contravenções. Daí a decisão de se candidatar ao governo do estado do Rio. Como governador, ele herdaria dos Garotinhos o esquema das ONG's e da máfia dos combustíveis.

Será que é isso que o Rio quer?