domingo, 23 de novembro de 2008

Crack assusta região dos Lagos no Rio

Violência preocupa a Região dos Lagos
CABO FRIO - Entreposto clandestino, nos séculos 16 e 17 – de pau-brasil, sal e escravos – a Região dos Lagos, ao final dos anos 70, passou a conviver com o tráfico de drogas operado por varejistas de classe média e alta. O negócio evolui agora, no entanto, no âmbito da miséria, no ritmo acelerado da favelização dos balneários. Cabo Frio, por exemplo, com 126.894 habitantes, tornou-se sede de franquias de facções do crime organizado que atuam a 148 quilômetros de distância, na capital.
E o produto da vez é o crack.
Houve em Cabo Frio duas mortes relacionadas ao tráfico na última semana. No domingo passado, na favela do Jacaré, a Polícia Militar, em confronto, matou o chefe local. Em protesto, fogo foi ateado em lixo espalhado pelas ruas. Tumulto, correria e imposição de luto na área, com ordem para o fechamento do comércio e de três escolas públicas em torno, foram as conseqüências. Na quinta-feira, na favela do Lixo, nova morte de traficante, crime creditado a uma disputa entre bandos.
– O problema vem para cá com o crescimento da cidade e do turismo, forte o ano inteiro. E os moradores não consomem pouco – constata o delegado da 126ª DP (Cabo Frio), Rodrigo Santoro.
Segundo o delegado, 80% dos homicídios em Cabo Frio decorrem do tráfico. As estatísticas apontam ainda para o incremento do furto de veículos – 49 a mais do primeiro semestre de 2007 para o de 2008 (ISP) – e de roubo a transeuntes (50 a mais), fenômeno coincidente com a estréia do crack. Subiu de zero, em 2007, para 1.428, este ano, o número de pedras da droga apreendidas na região, a maioria em Cabo Frio.
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