sábado, 29 de novembro de 2008

Artigo do jornalista Mauro Santayana sobre a crise financeira mundial evoca a análise de Biondi sobre o tema

“É de se lamentar que o grande cidadão e jornalista Aloysio Biondi não possa estar assistindo ao fim do mito neoliberal”, escreveu recentemente o jornalista Mauro Santayana, no Jornal do Brasil, em artigo sobre a crise financeira mundial, liderada com empenho pelos Estados Unidos. “Aloysio assumia, com coragem, a defesa da responsabilidade do Estado em encabrestar o mercado, e foi – até sua morte prematura, há oito anos – obstinado combatente contra o processo de privatização das grandes empresas estatais pelo governo Fernando Henrique Cardoso.”
Continua o colunista do JB, no artigo, intitulado O mito neoliberal e o custo da coerência: “Entendemos que os meios de comunicação, salvo alguns, se tenham somado aos arautos do mercado livre. O sistema capitalista tem as suas regras, e os acionistas dos grandes jornais – mais uma vez sejam respeitadas as exceções – não são sacerdotes, nem militantes ideológicos. Mas recomenda a verdade reconhecer que não foi necessária sua pressão sobre alguns jornalistas, para que esses louvassem o fim do Estado e se dedicassem ao agradável convívio com os banqueiros e seus prepostos. Aloysio, ao denunciar o caráter perverso do novo liberalismo e a capitulação da maioria dos políticos brasileiros, foi dos mais coerentes e rigorosos no exame dos números.”
No que toca à megaciranda das bolsas e sua relação com o desvario do crédito nos Estados Unidos, uma pesquisa neste site, com a palavra-chave “EUA”, traz bons apontamentos. Durante outra grande crise nos mercados, precursora do crack de agora, Aloysio Biondi escreveu em 2000, entre outros, os textos Freio para a crise mundial e Fim das loucuras nos EUA?. Neles, mostra a desregulamentação das movimentações de fundos financeiros, como o LTCM, e o ciclo vicioso entre a euforia nas bolsas e o consumo desmedido das famílias norte-americanas.
http://www.aloysiobiondi.com.br/spip.php?article1199

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