quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Nós e Obama

Obama é ainda um livro de páginas em branco, com capa negra, esperando as cores das tintas que ali se vai escrever. Como Roosevelt era na década de 30, basta ler o artigo de Cardim aqui ao lado. Se houver o que o empurre para um lado, ele irá. Para o outro, também.
Longe de mim querer polemizar com o Emir. Muito menos contra o Emir, do nosso blogue logo aí abaixo. Portanto, essas observações estão na verdade em direção paralela aos seus comentários. Mas vão em sentido contrário. Porque o que eu levanto é: “não pergunte o que Obama pode fazer por nós, na América Latina, mas o que nós podemos fazer com ele”. “Com”, aqui, significa tanto “a favor”, “contra”, “aceitando”, “negando”, etc. Isso quer dizer que o nosso destino está, sobretudo, em nossas mãos.
Não escondi, e não continuo escondendo o entusiasmo que me despertou a candidatura, a eleição e agora a posse de Barack Hussein Obama. Esse entusiasmo me veio do ponto de vista simbólico.
“Simbólico”, aqui, não significa apenas um ícone pendurado na parede, ou um fetiche que neutralize as condições reais que ficam submersas sob o véu das retóricas sombrias ou reluzentes. “Simbólico” traduz o signo onde as contradições e as realizações se revelam.
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