quarta-feira, 11 de março de 2009

Grávidas enfrentam filas de cinco horas

Estado convoca médicos para substituir os que pediram demissão
Rio - Grávidas que procurarem a maternidade do Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, terão de contar com a sorte e enfrentar o esquema de emergência montado pela Secretaria estadual de Saúde para suprir a falta de 49 obstetras que pediram demissão. Ontem, o tempo de espera chegava a cinco horas e muitas mulheres saíam sem atendimento. Médicos de outras maternidades estaduais e municipais foram chamados para recompor os plantões da unidade, sem afetar o expediente em seus hospitais de origem. A secretaria afirma que há seis profissionais por plantão e que as grávidas que precisarem de transferência serão levadas, de ambulância ao Hospital Pedro II (Santa Cruz). Segundo a secretaria, até às 18h de ontem houve no Rocha Faria 42 procedimentos, dez internações e nenhuma transferência.Após reunião, os médicos que pediram demissão não aceitaram retornar. A secretaria disse que está convocando novos médicos pela Internet e vai chamar profissionais que passaram no concurso da Fesp, em abril. Os obstetras se demitiram sábado depois de a secretaria determinar cumprimento de 24 horas de plantão por R$ 3 mil. Eles haviam feito acordo com a chefia do hospital, sem a secretaria saber, para fazer, pelo mesmo salário, metade do expediente fixado em contrato.Também sábado, parte do teto da maternidade do Rocha Faria caiu. Bebês tiveram de ser transferidos para a UTI da unidade provisoriamente. O local tem 20 vagas, mas está com 28 bebês. A secretaria diz que apenas quatro foram transferidos e que o atendimento não foi prejudicado.

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