quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Maia diz que Sérgio Cabral faz pirotecnia

A espécie de tomada da Bastilha pelo governo do Estado, que retirou da prefeitura a coordenação das ações preventivas contra o mosquito Aedes Aegypti – vetor transmissor da dengue – irritou profundamente o prefeito Cesar Maia. Classificando o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, de "bobalhão que deveria cuidar das epidemias de rubéola, difteria e febre amarela que se espalham pelo país", Maia disparou a sua metralhadora giratória contra o governo do Estado, que segundo ele vem fazendo pirotecnia quando o assunto é a evolução da doença. E garantiu que epidemia de dengue, no município do Rio de Janeiro, se for o caso, só acontecerá mesmo daqui a, pelo menos, três anos.
– Na capital é impossível (uma nova epidemia) durante três anos porque elas (as epidemias) imunizam as pessoas por um período assim – garantiu o prefeito, em entrevista exclusiva ao Jornal do Brasil por e-mail.
Veneno contra Cabral
Porém Maia reservou a parte mais venenosa de seu discurso para o governador Sérgio Cabral, que apadrinhou a candidatura de Eduardo Paes, adversário de Fernando Gabeira, que tem recebido seu discreto apoio.
– (A epidemia) pode ocorrer no interior, pois a curva caminhou naquela direção e a contagem final mostrou esse processo.
O prefeito em fim de mandato vai mais longe. Cesar diz que assina embaixo de suas previsões sobre a doença e diz que basta analisar a curva epidêmica em grandes cidades tropicais, no Rio especialmente, para ver como ela se comporta.
– O Estado assumir o papel da prefeitura é pura coreografia. É preciso saber que ocorreram mais casos de dengue fora da capital do que aqui. Veja os números na Secretaria estadual de Saúde.
JB OmLine - 15/10/2008

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