quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Cabral: 178 faltas no Senado. Afinal, quem é o Vagabundo, Safado e Gazeteiro?





















Um comentário:

Anônimo disse...

Cabral faltou a 52% das votações no Senado

RAPHAEL GOMIDE
Folha de S. Paulo
14/8/2006

Os dois candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto no Estado do Rio de Janeiro, senadores Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ) e Marcelo Crivella (PRB-RJ), são faltosos no trabalho legislativo.
Cabral faltou a 52% das votações no Senado neste ano. Crivella teve ainda mais ausências: 86,4% -70 de 81 sessões. Em terceiro lugar nas enquetes da disputa ao governo do Estado, a deputada federal Denise Frossard (PPS-RJ) esteve ausente em 6,5% das deliberações da Câmara em 2006.
O senador do PMDB está fora da Casa desde 10 de julho, quando se licenciou sem vencimentos para fazer campanha eleitoral. As ausências a partir de então não foram contabilizadas pela Folha, apesar de constarem do site do Senado (www.senado.gov.br).
Somadas todas as faltas nesta legislatura, desde 2003, Sérgio Cabral não esteve no plenário em mais de um terço das votações (35,8%), o que corresponde a 178 faltas.
Marcelo Crivella participou menos: desde que foi eleito para este mandato, não compareceu a 286 votações, o que corresponde a 54% do total.
Líder na pesquisa Datafolha, com 42% das intenções de voto no Estado e possibilidade de vencer no primeiro turno -Crivella tem 19% e Denise Frossard, 9%-, Sérgio Cabral Filho não vota no Senado desde 22 de março.
Das 50 deliberações neste ano até sua licença eleitoral, faltou mais do que foi. Participou de 24; se ausentou em 26.
Neste ano, só fez um discurso, aquele para parabenizar a iniciativa de um senador de dar título de professor honoris causa da Universidade do Legislativo ao colega Ramez Tebet (PMDB-MS).
Eleitos em 2002 com 4,18 milhões e 3,24 milhões de votos, respectivamente, Cabral e Crivella recebem R$ 12.720 mensais para atuar na Casa.

Evolução
A ausência dos dois senadores ao trabalho no Senado é reincidente. Acontece desde o início da legislatura, em 2003, mas aumentou com os anos.
Em 2005, Sérgio Cabral faltou a quase a metade das deliberações da Casa (48%), o que corresponde a 77 ausências. Segundo a página do Senado, fez apenas sete discursos no ano.
Em 2004, não compareceu a 41 votações, mais de um terço (37%) das decisões dos seus pares. O ano em que esteve mais presente foi 2003, quando deixou de ir a 19% das votações, quase um quinto do total.
De acordo com o site do Senado, há mais de um mês, desde 4 de julho -dois dias antes do início da campanha eleitoral-, Crivella não vai ao Senado votar. Antes dessa ocasião, fazia quatro meses que não aparecia para deliberar com os pares.
A última vez havia sido em 22 de março. Depois disso, não houve sessões até 24 de maio, quando ele também faltou. Ele também não esteve presente nos dias 7 e 20 de junho.
Em 2005, faltou a 47,8% -77 das 161 sessões de votação. Em 2004, ele faltou a 47,7% das deliberações, e em 2003, se ausentou de 86 votações, 49%.
Em 2005 e 2006, a deputada Denise Frossard (PPS) teve presença em plenário de 83,1% e ausência justificada -maioria das vezes em missão oficial autorizada pela Casa- em 15,4%. Não justificou a falta quatro vezes, em 1,6%.

Candidato defende voto "qualitativo"

O secretário da Mesa Diretora do Senado, Raimundo Carrero, disse à Folha que não poderia passar informações sobre as ausências e abonos de faltas dos senadores sem autorização deles.
A assessoria do senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) inicialmente disse que os números da página do Senado não conferiam com os dele. Posteriormente, afirmou que o senador participa "qualitativamente" das votações, estando sempre presente nas "mais importantes".
O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) afirmou que foi presidente da CPI da Emigração Ilegal entre o fim de 2004 e julho deste ano. Disse que por isso viajou muito ao exterior, e todas as suas faltas foram justificadas. Sua assessoria, entretanto, confirmou os dados da Folha e detalhou as ausências. Desde 2005, 83 faltas não foram oficialmente justificadas.
A candidata Denise Frossard disse que faltou a nove votações em 2005 por licença médica -operou duas vezes um dos braços- e em outra ocasião estava na Casa, mas se distraiu e perdeu a votação. Ela criticou os rivais pelas ausências. "Quem tem de julgar isso são os eleitores", afirmou.